Capítulo 5 - New York

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POV JIN

New York estava muito fria em novembro. Entrei rapidamente na delegacia, já conhecia o caminho depois de tantas vezes indo ali.

— Bom dia, doutor Kim — me cumprimentou o oficial ao pedir que eu me sentasse na cadeira em sua frente — Confesso: achei que nunca mais abriria essa pasta.

— Bom dia, senhor Smith. Me desculpe pelo transtorno.

— Não é transtorno. Bom, o que eu consegui de relevante depois de sua vinda na semana passada foi isso aqui: Namjoon Kim trabalhava na empresa Thompson Oil, uma refinadora de petróleo. A empresa caiu na malha fina cinco meses depois que Namjoon foi internado, nós conseguimos prender dez pessoas envolvidas em lavagem de dinheiro e sonegação de impostos.

— O esquema que provavelmente queriam envolver Namjoon.

— Sim. A arma do crime foi encontrada e o homem que, na época, foi dado como culpado foi solto e o verdadeiro assassino de Monique Vandesk foi preso. Tentamos contato com o marido da falecida, mas nunca conseguimos.

— Ele está internado em uma clínica psiquiátrica pelo acontecido — esclareci.

— Bom... ele não foi atrás do filho, suponho.

Oi? Senti o chão sumir abaixo de mim.

— F-filho? O filho de Namjoon está vivo?

— Este é o único documento que temos, Vandesk deu entrada no hospital, o tiro não feriu a criança, mas ele era muito pequeno e ficou na incubadora por três meses.

— Sabem o hospital? Sabem onde ele está? — eu perguntei quase desesperado.

— Não, mas o hospital foi esse aqui.

— Obrigado, senhor Smith, obrigado.

O filho de Namjoon estava vivo e em algum lugar de New York.

POV JUNGKOOK

— Não acredito — disse para Jin por chamada de vídeo — Não pode ser... o filho está vivo?

— Eu liguei pro meu advogado antes de te ligar, ele vai comigo até o hospital, consegui um mandado pra ter informações sobre a criança, e a gente nem sabe se é menino ou menina.

— E-e... o que eu faço? Eu não posso contar pra ele! Jin, você tem que voltar e contar.

— Provavelmente a criança foi pra adoção, se ela foi adotada, teremos que entrar com um processo, mas se ela não foi... eu posso adotá-la.

Me levantei da cadeira, andando de um lado para o outro.

— É uma decisão arriscada, Jin.

— Pode demorar meses até que o juiz aceite o Namjoon como apto a cuidar da criança e ela pode ser adotada nesse meio tempo. Se eu entrar com a papelada de adoção...

— Você impede isso. Ah, Jinie... você o ama tanto assim?

Vi o rapaz rir fraco, se levantar da cama que estava deitado e me mostrar o lado de fora do hotel que estava, pela janela.

— Está nevando... eu odeio frio, Jungkook. Meu inglês estava muito enferrujado, eu viajei mesmo assim, pro outro lado do mundo, pra revirar um crime. Sim, amigo... eu o amo tanto assim.

Suspirei, eu sabia disso.

— Volta pra gente contar pra ele, Ok?

— Assim que possível.

Jin me perguntou sobre ele, era um processo complicado e ele mais chorava do que qualquer coisa, falava pouco, se culpava, mas eu estava confiante que aquele era apenas o seu último período de luto e que ia passar.

Clinical | Namjin knj+ksjOnde histórias criam vida. Descubra agora