Me Concede a Honra de Uma Dança?

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E começa a tocar "Eu sonhei que tu estavas tão linda" na voz de Carlos Galhardo > autora é vista chorando logo em seguida

Deixem-me apresentar uma das minhas histórias mais bem trabalhadas na vida KKKKKKKKKKKKKKKKKK aaaah a inspiração, esse foi um dos lugares mais lindos que eu já vi, sério 😔🙏 e sofram cmg, sabendo que esse lugar não existe mais 🥺

Se passa mais ou menos entre 1945-47 🤔 e pra estreiar, com o meu otp lindo cheiroso maravilhoso, SPcity e Santos 🥺🥺🥺


São Paulo: Paulo Júnior

Santos: João

Mogi das Cruzes: Márcio

Santa Isabel: Isabel

São Vicente: Vicente

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O baile era um sucesso. Dentro do salão de festas do Parque Balneário Hotel, o som animado de jazz e casais dançando em um ritmo rápido de foxtrote contagiaram a parte central, a decoração de lianas com flores frescas acima da pista refinando ainda mais o ar encantador. Os afrescos de ninfas e anjos, os detalhes em art noveau, os vitrais coloridos, o piso de madeira escura – tudo ali era marcante enquanto jovens e adultos conversavam em voz alta, taças de cristal nas mãos complementando a visão de uma noite santista agitada. Não era por acaso que aquele hotel era um dos favoritos da elite paulista quatrocentona (e a sul americana também).

Júnior tentava conter o riso com Isabel em seus braços, a mulher negra o acompanhando em uma dança e reclamando da velocidade dos passos do irmão, ambos sem nunca perder a pose. "Pose" essa que era um dos pontos fracos mais explorados das cidades nesses tipos de eventos e lugares: a sua elegância e etiqueta, que a todo momento eram observadas e avaliadas desde os simples garçons até chefes de estados que conheciam suas verdadeiras identidades. E obviamente, como capital, deveria ser o primeiro a dar o exemplo.

"Senhor Paulo, com vossa licença." Um dos empregados do hotel o chamou, terno de linho branco e cabelos bem aparados, feição jovem. Se desculpando com a irmã, se afastou por um momento, os sussurros que recebeu trazendo um sorriso ao seu rosto. Puxando uma gorjeta de dentro do terno do white-tie, estendeu-a ao homem antes de voltar.

"Negócios?" Perguntou Santa Isabel, segurando em seu cotovelo enquanto voltavam para a parte lateral, onde havia mais tranquilidade.

"Negócios." Seus olhos tinham um brilho diferente que a mais nova não deixou de notar. A sua frente, alguns de seus irmãos conversavam, todos em trajes glamourosos e finos. Imediatamente deu por falta de alguém. "Vicente? Onde está João?"

"João?" O primogênito paulista o olhou, bochechas já coradas do álcool. Cubatão tirou a taça quase vazia da sua mão e colocou outra cheia de vindo, rindo e conversando em tom alto com Guararema, o vestido de ambas em tons de esmeralda. "João... A última vez que o vi, estava paquerando por ai." A capital apertou os lábios, um pouco descontente.

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