🎀 — S/N pov's
Passei o resto da tarde em meu quarto. Felizmente, minha mãe entendeu meu lado e hora nenhuma me chamou. Era por volta das oito da noite quando resolvi finalmente sair do quarto para comer algo.
Assim que entro na cozinha, abro a geladeira e pego alguns ingredientes e começo a fazer um pudim de chocolate.
É o jeito feminino de resolver a tristeza e não surtar.Algum tempo depois, o pudim ficou pronto. O peguei e coloquei em um pote, lavando ele para a geladeira e escolho um filme na TV pra assistir.
Pelo horário, minha mãe deve ter ido trabalhar. Às vezes chamam ela no hospital, para ajudar pacientes com problemas cerebrais e outras vezes para combater vilões não tão agressivos, sendo assim ela só volta de madrugada.
Fiz minha rotina de cuidados depois de lavar a louça e ter terminado de assitir o filme, me preparando para dormir.
Bocejei me olhando no espelho e tirei a touca do cabelo assim que levantei da cama.
Mais um dia. Hoje temos muita coisa para fazer.
— Bom dia! — digo me aproximando de Midoriya assim que entro na sala.
— Bom dia, S/n. Como você está? Aconteceu alguma coisa?... Você saiu mais cedo ontem. — disse nervoso.
Sorri fraco. Ele me nota.
— Eu tive que resolver alguns problemas... — vi o professor entrar e me sentei.
Foi um dia longo, e ainda são duas da tarde. Estamos num intervalo, e eu com certeza vou aproveitar isso para ir de encontro ao meu adorável pai.
Caminhei pelos enormes corredores, ficando algumas vezes desnorteada por não saber onde era a sala dos professores. Eu deveria ter lido a planta da escola.
Assim que achei a sala, bati na porta e logo o professor Aizawa veio me receber com uma cara não tão boa.— O que está fazendo aqui? Você tem que esperar na sala...
— Desculpe-me, professor... Mas eu tenho que falar com o All Might. — sorri fraco.
O professor Aizawa entrou e foi pegar suas coisas, mas logo depois o All Might apareceu na porta me olhando nervoso. O seu sorriso não parecia tão agradável agora.
— Olá. O que você quer falar comigo, jovem moça? — perguntou, me olhando como se tivesse desviando de algo.
Olhei aos lados para ver se ninguém ouviria nossa conversa e me aproximei um pouco, susurrando:
— Eu sei que você é o meu pai. — sorri fraco o olhando atenta.
Sua reação não foi a que eu esperava. Ele apenas me encarou, como se estivesse pensando no que dizer, ou se até mesmo ia dizer alguma coisa.
— Não vai dizer nada? — o encarei séria, talvez até mesmo decepcionada.
Mamãe e papai com a mesma mania.
Ele me puxou para um lugar mais reservado, continuando em silêncio e eu sentia um pouco de desconforto pela força que ele estava usando para me puxar até o jardim, a parte nada legal do jardim.
Quando finalmente paramos, ele suspirou e me olhou, colocando as mãos na cintura enquanto olhava para baixo.
— Me desculpe, S/n. Nunca foi a minha intenção te machucar e...
— Não precisa dizer nada. Minha mãe me deixou ver suas memórias — o interrompi — Eu não estou brava — sorri fraco tentando engolir o choro.
É mais difícil do que parece. Agora eu estou cara-a-cara com ele.
— Pelo menos... Pelo menos eu descobri quem é o meu pai biológico. — tentei manter o sorriso sentindo meus olhos arderem e uma lágrima traidora rolar pelo meu olho, a limpando rapidamente.
Droga... Eu estou no meu limite.
De repente, senti seus braços me envolverem num abraço e eu o abracei de volta enquanto tentava segurar o choro a todo custo.
É quente. Um abraço perfeito. O abraço... Que eu sempre esperei.
Continuamos naquele abraço por alguns minutos, eu não conseguia falar, e acredito que ele está nervoso e não vai conseguir conversar com um sorriso no rosto o tempo todo.
— Você... É o meu pai. — falei quebrando o silêncio ensurdecedor, o olhando.
Vi seus olhos se iluminarem ao ouvir oque eu tinha acabado de dizer e sorri com os olhos.
— Eu sou o seu pai, pequena. — sorriu.
— É a primeira vez que eu digo isso... — a primeira vez que você escuta e não ignora meus vídeos — Eu te amo, pai.
— Eu também te amo, pequena. Sempre amei. — acariciou minha bochecha.
Ficamos o resto do intervalo conversando, ele me esclareceu algumas coisas também. Por sorte ele é alguém realmente legal e não finge o tempo todo.
Me sentei na minha cadeira e prestei atenção durante toda a aula e algumas vezes via Midoriya me encarando, sendo essas vezes as que eu ou ele acabava desviando o olhar.
Isso me deixa envergonhada.
No final, eu acabei o convidando para ir lá em casa e visitar a minha mãe, ela iria gostar de vê-lo. Quando eu contei sobre ele, ela adorou saber que nos encontramos e agora estamos na mesma turma.
🎀 — Notas autorais . . .
Olá! Peço desculpas pelo capítulo curto, e falando agora, recebi uma ajuda da byyagami para deixar ele um pouquinho maior.
Não esqueçam de deixar a ★ ! Bjs <3