Apenas Casos Contidianos de um Detetive

O Homem em frente a escola

- Keiji Shinogi -

O Dia estava radiante, os passarinhos cantavam no céu, as árvores balançavam com o vento e a cidade novamente estava agitada com as pessoas caminhando de um lado para o outro, teria descansado nos banquinhos perto da escola de ensino médio se não estivesse a trabalho. Naomi chegou um pouco atrasada, ela havia parado no caminho para comprar um pouco de café para mim e para ela, parei um pouco para saborear um pouco o gosto meio amargo da bebida quente, ela parecia mais animada do que no dia anterior, deixamos o primeiro caso para resolver aos poucos enquanto investigamos casos menores, eram mais bobinhos mas Megumi mesmo assim empurrou os arquivos para nós dois. Eu sequer sabia do que se tratava direito, a pasta ficou com Naomi e naquele momento ela estava ocupada limpando uma pequena mancha de café que caiu em sua camiseta, limpei a garganta enquanto a mesma rapidamente se recordava do que se tratava o caso.

- Aparentemente há um homem misterioso na porta da escola Sonobeno, as testemunhas relatam que ele costuma estacionar uma van azul clara em frente ao colégio -

Ela coçou a nuca e olhou ao redor, apontando para o local onde o suspeito costuma a estacionar, aproveitando para pegar um pirulito que estava no bolso do casaco, desfazendo a embalagem enquanto continuava a falar.

- Ele têm assustado os jovens no horário da saída, há relatos de desaparecimentos de alguns jovens, alguns pais e professores acreditam que ele possa estar relacionado -

- Sendo assim, acredito que teremos de esperar até o horário de saída? - Só de pensar em ter que esperar até o entardecer me sinto cansado.

- Tipo isso, mas ainda não conversamos com as testemunhas e eu já fiz questão de providenciar isso! Anime-se, não vamos simplesmente sentar e passar o dia inteiro sem fazer nada! Estamos a trabalho parceiro! -

Ela abriu um enorme sorriso e deu alguns tapinhas nas minhas costas, voltou a caminhar para dentro do colégio de maneira despreocupada. Ao chegar na portaria, mostramos os distintivos para o segurança que rapidamente nos deixou entrar, decidi fazer umas perguntas rápidas sobre o misterioso homem da van azul enquanto Naomi procurava os estudantes que nos serviram como testemunhas, pouco tempo depois observei dois jovens acompanhando a policial que caminhava em minha direção, a garota tinha o cabelo alaranjado mantido em uma cauda de cavalo com trança, possuindo olhos violetas que na primeira vista pareciam bastante profundos e brilhantes, o garoto ao seu lado tinha um estilo próprio, seu cabelo castanho era um pouco diferente o que o diferenciava do restante dos outros meninos da sua idade, visivelmente ele tinha uma postura mais animada ao lado da detetive enquanto sua amiga se mantinha mais reservada.

- Certo meninos! Este aqui é o meu parceiro da polícia também encarregado do caso, o nome dele é Keiji Shinogi e também irá investigar o desaparecimento daqueles jovens, vamos pegar o homem que está aterrorizando todos e tentar apaziguar toda essa situação. -

Naomi se aproximou ainda conversando com os garotos, eles pareciam bastante interessados no que ela dizia, assim que seus olhos miraram em minha direção pude perceber os mesmos julgamentos de sempre. Expressões como desconfiança e descrença eram comuns para mim, não tinha que me importar com aquilo agora, casualmente me aproximei dos dois enquanto a detetive se encarregava de nos apresentar formalmente.

- Keiji, estas são nossas duas principais testemunhas, eles quem fizeram o boletim de ocorrência, a polícia já conversou com a diretora e os professores, mas podemos sempre fazer mais perguntas! Esta é Sara Chidouin e ele é Jou Tazuna, ambos estudam por aqui e receberam permissão da diretora para nos ajudar um pouco com a investigação. -

- Não estão perdendo aula? - cocei levemente a nuca um tanto preocupado ao mesmo tempo que mantinha os olhos nos dois.

- Na verdade não, não tem muito de interessante por hoje e podemos sempre pegar as atividades com os colegas - Jou sorriu abertamente enquanto Sara segurava a própria mochila com um pouco de nervosismo.