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Sugar Daddy - Capítulo 09

G O V E R N A D O R

BOMMMM BOMMM BOMMMMM

Bato firme na mesa do escritório, vi quando meus funcionários se assustaram com o barulho e não era pra menos. Noticias falsas fora espalhas por ai a respeitos dos acontecimentos em minha vida na noite passada. Lembro-me de ter deixado o celular desligado desde então e com isso ninguém da minha equipe conseguiu entrar em contato comigo antes da bomba ser solta. Os repórteres que estavam do lado de fora após serem barrados com certeza tinham informantes dentro do evento, talvez isso com certeza explicasse as imagens tiradas por um celular amador minha e da Monique se esfregando na pista de dança. Mas as notícias falsas eram ainda piores, elas tinham imagens minha com a mia horas depois em um momento peculiarmente íntimo nosso.

" Governador é visto com uma funcionária no final da noite de ontem transando em seu gabinete, será que ela é paga por fazer hora extra?"
" Pois ser acompanhado pela ex-namorada Camila Brandão e ser pego dançando com uma assistente, o nosso Governador do estado da Bahia Gabriel Almeida é flagrado por repórteres transando com sua secretária contra a parede do escritório. Pessoas que passavam no local afirmavam que era frequente as cenas, eles escondiam o caso a alguns meses por causa dos holofotes"
"Ex-namorada de Gabriel Almeida nosso Governador se diz está decepcionada por descobrir o caso do ex-namorado e revela que na noite de ontem o próprio alegou sentir interesse em retornar a relação que tinham."
Desço ainda mais e vejo uma imagem, apesar de não ter uma boa resolução a foto mostrava claramente o que eu fazia com minha secretaria ontem a noite.
- Como essa merda foi acontecer? - aponto para notícia que estava diante de mim.
Ninguém falou nada, contratei essa gente toda para trabalhar para mim justamente para evitar que esse tipo de coisa acontecesse, agora meu rosto e o da minha secretária estavam estampados nos principais sites e revistas de fofoca.
- Não sabemos como isso aconteceu governador, apenas pessoas autorizadas pela segurança do senhor teriam acesso ao local. - olhei para minha parte da minha equipe.
- Então existe um traidor entre nós - engulo em seco olhando novamente para a manchete - Quero que essas notícias saiam do ar o quanto antes e isso não foi um pedido, entenderam?
Eles murmuram algo antes de catarem seus pertences e saírem do escritório do mesmo jeito que entraram. Estava fervilhando de raiva, fazia mais de uma hora em que tentava ligar para o infeliz do Samuel e nada, pra que tem celular se não usa? Antes não tivesse, caramba.
Disco o número da minha da Mia atordoado, ela era a ultima pessoa com quem eu queria falar agora. Ela atende no segundo toque e pude sentir sua aflição no telefone.
- Governador... - começa.
- Quero você no meu escritório agora! - exijo.
- Não posso, tem um monte de repórteres na minha porta e eu não sei mais o que fazer. - ouço seu soluço entre as palavras.
- Vem assim mesmo Mia, eu preciso de você aqui junto com minha equipe trabalhando em um ajeito para amenizar essa bomba.
Ela não responde mais ainda ouço os soluços do outro lado da linha. Digito as pressas uma mensagem para meus seguranças irem até ela correndo.
- Ainda está ai Mia? Preciso de você.
- O senhor tem certeza?
- Mas do que nunca. - digo confiante.
- Tudo bem, estou indo.
Suspiro aliviado, um trabalho a menos. Agora restava apenas esperar alguma ideia surgir para acabar com essas noticias e encontrar o desgraçado do meu irmão que deve está enterrado em alguma boceta por ai superando a ex.
- Até mais Mia, eu te espero. - encerro a ligação as pressas
Tento novamente ligar para o Samuel e nada, jogo o celular sobre o sofá frustrado e me sento na poltrona recostando a cabeça para trás digerindo tudo o que havia me acontecido nas últimas horas. Quem poderia ter feito uma coisa assim? Algum inimigo? Pessoas da minha equipe não fariam esse tipo de coisa, sujar minha imagem refletia no emprego deles.
Batidas na porta chamam minha atenção, olho pra cima e vejo a figura do meu tio parado nela de braços cruzados me encarando.
Desgraçado.
- O que quer aqui? - me sento as pressas.
- Gostava quando você era mais educado com a família. - responde e minha vontade é de revirar os olhos pelo tamanho do mimimi.
- A parte mais importante da minha família está em porto seguro até onde eu me lembre - me levanto - Vou repetir a pergunta. O que você quer?
Ele suspira e solta os braços ao redor do corpo antes de vim até mim.
- Supera cara. - se aproxima e senta no sofá ao meu lado - Você sabe que eu não tive culpa, a Camila foi parar na minha cama por que quis.- suspira - Mas eu não vim aqui pra isso, discutir o passado pode ficar para outra hora, vim mesmo por que vi as notícias e vim ajudar você, eu sei que você precisa de mim.
- Me ajudar como? - resolvo deixa o outro assunto de lado interessando no assunto atual.
- Sou advogado como sabe, um dos melhores desse país é resolvi me juntar a sua equipe e limpar sua imagem de "pegador".
Isso despertou total meu interesse.
- E tem alguma ideia? - ele arqueia uma sobrancelha e sorri ironicamente.
- Sim, mas preciso da moça que estava com você nas imagens, precisamos fazer com que ela fique do nosso lado, afinal ela é a peça chave da historia. Uma palavra dela e você pode ser acusado de assédio e perder seu posto.
- Ninguém me falou nada sobre perder meu posto.
- Por isso eu estou aqui para te ajudar. As imagens são claras, veja... - ele retira um envelope da pasta e me entrega - Essas são as provas que podem ser usadas contra você, veja bem... analise você mesmo e diga‐me o que acha.
Olho claramente para as imagens dentro do envelope, retiro algumas e olho chocado para a maioria delas. Nas fotos mostram claramente o momento em que eu agarro a ela pelos cabelos e forço a situação.
- Tive a mesma reação que você está tendo agora, também pensei em várias coisas nas quais poderíamos usar. Podemos afirmar um relacionamento secreto... não sei ainda, com certeza pensarei em algo.
Olho para ele surpreso.
Me sento na poltrona analisando as imagens novamente agora com uma qualidade melhor e me arrependo por não ter fechado as persianas antes de ter voltado.
- A Mia está a caminho - digo preocupado, completamente em choque.
Só em pensar que minha carreira dependia disso fez meu estômago embrulhar, de todas as coisas nas quais eu tinha imaginado... essa se quer passou pela minha cabeça.
- Ótimo, quanto antes resolvermos isto, melhor.
Jogo o envelope de volta a ele.
- Obrigado por vim.
- Estamos juntos nessa, família é para isso. - ele até mim batendo firmemente em meu ombro.
E apesar da nossa relação ter focado fria ao decorrer dos anos, eu estava contente por tê-lo de volta.

*

Duas horas depois estávamos os quatro sentados em diferentes lugares pelo escritório, o contrario do meu tio que tinha o rosto pacífico enquanto analisava a situação, do outro lado do escritório Samuel estava espumando em raiva. Afinal era sua obrigação cuidar que esse tipo de coisa não acontecesse.
- E agora? o que vamos fazer diante de uma coisa como essa? - gritou com raiva.
Me levanto as pressas.
- Relaxa... enquanto for apenas fofoca está tudo bem. - digo e vejo os olhos da Mia se arregalarem.
- Mas eu estou sendo chamada de putinha do governador. - diz revoltada - não sou patinha de ninguém! Eu nem se quer sou puta.
Os olhos do meu tio voaram até mim e senti um frio na espinha, eu sabia o que aquele olhar significava. Ele podia está certo, caminhei até a Mia e me sentei ao seu lado. Ela me olhou surpresa por alguns segundos e então relaxou quando segurei sua mão.
Era a primeira vez que tínhamos um contato assim, apesar do sexo animal que fazíamos de vez enquanto, eu sabia que ela era uma boa pessoa, talvez por saber disto que eu a tenha escolhido para ser meu brinquedo pessoal no escritório.
Segurei firme sua mão enquanto lhe olhava, ela precisava se sentir segura comigo ou eu estaria completamente fodido, muita coisa dependia disto e eu tinha que parecer sincero.
- Ei calma... tem muita gente trabalhando duro nisso, breve vamos esclarecer que toda essa historia foi apenas um mal entendido. - vi os olhos dela brilharem.
- Jura?
- Eu juro, estamos aqui justamente para que ninguém lhe perturbe ainda mais. Você ficará uns dias em algum lugar seguro, hotel-fazenda, Spa ... o que você preferir para que se sinta segura até que nós todos resolvêssemos essa bagunça.
Olhei de relance para meu tio que sorria orgulhoso do meu jogo, o contrario do Samuel que saiu batendo a porta atrás de si.
Ignorei a pequena demonstração de apoio do meu irmão caçula e voltei minha atenção a quem realmente importava nesse momento. Convencer a Mia era minha prioridade nível hard.
- E então, o que me diz?
Ela retribuiu o aperto em minha mão quando respondeu.
- Tudo bem, só quero que esse pesadelo acabe logo. - sorri aliviado.
Meu tio só faltou dá pulinhos e segurei a gargalhada imaginando.
- Vamos resolver isso agora mesmo. - volto para minha mesa providenciando tudo para que a Mia viajasse o quanto antes.
Com ela longe as coisas ficariam ainda mais fáceis de resolver. Meu tio passou parte da reunião digitando a nota que a mia assinaria e mandaria para a impressa, corri meus olhos através das persianas aberta que tinha como vista a garagem do escritório e duas sombras me intrigam. Me aproximo da janela com cuidado para que não fosse pego espiando. E a cena em minha frente me faz queimar de raiva.
- Isso já é demais!!!