Live Your Dream

II - doente

*nota da autora: eu fiz uma planta dos dois andares da casa, acho que assim é melhor pra entender! Não tá muito detalhado, afinal tem muito mais coisas na casa, porém vou deixar assim pra vocês usarem a imaginação.

As letras em vermelho são quem ocupa o quarto, no caso onde está escrito "vago" é porque não tem alguém lá, ou seja, um quarto de visitas! Se restarem dúvidas, falem comigo, ok?*

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- Quando você diz desse jeito escandaloso fica parecendo algo estranho... - aquilo me deixou sem jeito, fiquei meio confuso comigo mesmo e me perguntei o mesmo que Cora-san estava prestes a perguntar.

- Por quê?

- Eu não... sei a resposta, pelo menos não agora.

Ele só suspirou, cansado, e olhou novamente para a parede. Meu nariz coçou e senti uma necessidade de espirrar, depois que o fiz acabei assustando os dois presentes na sala.

- Você tá bem, Law?

- Eu tô- espirro novamente - ótimo..

Ainda sentia meu corpo suar, minha cabeça doer e o calor que aumentava cada vez mais dentro daquele local - ou pelo menos é o que eu pensava.
Cora-san foi rapidamente até a estante e pegou um termômetro, pedindo para que eu levantasse meu braço.

- Não estou com resfriado ou algo do tipo, pra quê o termômetro?

- Só fecha a matraca e deixa eu medir a sua temperatura - o mesmo olhou sério para mim - você ficou por mais de 5 horas exposto sob a chuva, é um milagre que não esteja desmaiado ou com uma pneumonia.

- Que seja... - ele mede e fica preocupado, colocando a mão em minha testa, tio Doffy apenas observava a situação enquanto bebericava seu chá.

- Céus, você tá fervendo!!!

Nego com a cabeça. Eu raramente fico doente, isso não podia estar acontecendo...

- Esse termômetro deve estar quebrado, temos ele faz mais de 1 ano, com toda a certeza é um engano.

- Doffy - Cora-san diz me ignorando completamente e chamando pelo outro, enquanto guarda o termômetro - preciso que vá em alguma farmácia que esteja aberta agora e compre alguns medicamentos que vou te passar. - o irmão responde prontamente acenando a cabeça - E você mocinho, vá imediatamente tomar um bom banho de água quente e depois se enfiar debaixo das cobertas, não quero que me cause mais problemas.

- Tem certeza de que isso é realmente necessário? Não tá exagerando não? - pergunto para ele enquanto me levantava.

- Certeza absoluta.

- Que é realmente necessário ou que está exagerando?

- Você entendeu Law, agora vá logo antes que acabe desmaiado, e posso garantir a você que a causa disso não será febre.

Depois dessa suposta ameaça, subi as escadas e fui para o meu quarto. Deixei um conjunto de roupas qualquer em cima da cama e segui imediatamente para o banheiro, onde pude me desligar do mundo real enquanto ensaboava meu corpo e a água escorria, me molhando ainda mais.
É um tanto estranho pensar nisso, mas o chuveiro foi praticamente baseado na chuva, por ser uma água que caí de cima como o próprio nome já diz. E se o nome realmente significa isso, então seria um banho de chuva, certo? Acho que estou imaginando coisas demais em minha cabeça..

Passaram-se alguns minutos e novamente imagino o garoto do guarda-chuva vermelho passando por mim, fazendo meu corpo começa a ficar mais quente.
Termino o meu banho rapidamente e desligo o chuveiro, tenho medo do que poderia acontecer em seguida. Apenas coloco uma toalha sobre minha cintura e outra em minha nuca, indo para meu quarto me trocar.

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Um tempo depois, ouço algumas batidas na porta do meu quarto. Tentei ignorar, mas o som não cessou.

- Laaaaw, levanta, você precisa abrir a porta pra mim entrar!

Fiquei em silêncio, talvez ele resolvesse ir embora e me deixar dormir.

- Ah, qualé, eu tenho o direito de cuidar do meu filho

- Droga, não enche... - minha voz estava falha e rouca, sentia a garganta queimar e a dor no meu corpo aumentando cada vez mais.

- Eu tô com os seus remédios aqui, abre logo a merda da porta.

Resmungo e com um pouco de esforço consigo me levantar. Abro a porta e o loiro entra no quarto, colocando alguns medicamentos sobre a escrivaninha enquanto me sento na cama.

- Nunca pensei que teria que cuidar de um peste igual você depois de adulto, o que raios deu na sua cabeça pra ficar assim?

- Há, como se eu soubesse a resposta.

- Sem sarcasmo comigo, Trafalgar D. Water Law. Você precisa se cuidar mais, tá me ouvindo? Deveria saber que não pode ficar muito tempo na chuva!

- Ok, ok... - faço uma pausa - Pode ir agora, o resto eu já sei o que fazer.

- Vou voltar caso você fique com problemas, e tenha juízo, pelo amor de Deus. - ele sai e fecha a porta, me deixando sozinho.

Olho para a escrivaninha e vejo um bilhete dizendo sobre como e quando deveria tomar os remédios. Apenas pego um deles e coloco em minha boca, sinto ele descer pela garganta seca.

Você talvez pode estar se perguntando o porquê de eu não ter ido atrás de água, mas é meio óbvio. Eu estava cansado demais pra descer as escadas e pegar um copo d'água, então apenas o ingeri e me enrolei nas cobertas novamente, deixando que cansaço tomasse conta de meu corpo até que minha mente apagasse por completo, me fazendo descansar com o barulho da chuva caindo.

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Abro os olhos lentamente, piscando algumas vezes. Me ajeito arrumando minha posição para que ficasse sentado na cama, já um pouco melhor da febre. Olho para a janela que estava quase toda escondida pela cortina, a chuva parou de cair pelo jeito. Provavelmente eram cinco e meia da manhã, mas não parei pra prestar muita atenção no horário.
Fico olhando ao redor e me assusto ao ver uma silhueta com a cara sobre a ponta da cama, esparramada sobre o puff que ficava alí. Espero meus olhos se ajustarem no escuro para poder ver e consigo perceber pelo físico que se tratava de Cora-san dormindo...

O que raios ele estava fazendo ali???

Me levanto devagar e coloco uma de minhas cobertas sobre o loiro, o clima era frio e úmido, e ele estava tremendo de frio. Fico pensando no porquê dele ter entrado no meu quarto enquanto dormia, mas, querendo ou não, eu estava com muito sono para conseguir pensar em algo do tipo, então apenas deitei e adormeci novamente, fazendo com que os sonhos me guiassem até algum lugar diferente ou mágico, talvez.