FAVORITE CRIME

7. sour candy

Billie's POV.

Ouvia tudo o que Jaden explicava atentamente. Minhas órbes azuis estavam fixas no slide que ele apresentava com todos os passos do plano que executaríamos dali há alguns minutos. Não era a primeira vez que entrávamos em contato com o plano, no entanto era crucial que prestassemos atenção na última explicação. Nada poderia dar errado.

— Você só precisa achar o Daniel. Quando o fizer, pode começar a considerar a missão como cumprida. — falou Jaden.

— Depois só precisa seduzí-lo e vai estar tudo certo, eu sei que você é boa nisso. — acrescentou Sofia, lançando-me uma piscadela.

— Eu ainda não sou de acordo com isso. — Finneas se manifestou pela primeira vez na reunião. Ele estava com uma expressão de irritação e preocupação, de braços cruzados.

— Eu também não. Acho isso muito perigoso. — Rosalía acrescentou. — Talvez possamos escolher outra pessoa para isso ou...

— Não vamos escolher ninguém, eu vou e já está decidido. — falei com voz firme. — Sei que estão preocupados mas não é a primeira vez que vou fazer isso. Vocês sabem que sou capaz.

— Claro que sabemos, mas não deixa de ser perigoso. — Claudia foi quem se pronunciou dessa vez.

— Vocês vão invadir o sistema de segurança e comprar alguns seguranças, não é?

— Sim, claro. — Jisoo respondeu.

— Então não vai ter problema. Eu estarei disfarçada e ele drogado demais para raciocinar alguma coisa.

E mesmo assim eles não ficaram tranquilos, por um lado eu até consigo entendê-los, principalmente o Finneas que se sente responsável por mim depois da morte dos nossos pais. Claudia e Rosalía também são a mesma coisa, elas cuidam de mim como se eu fosse o pequeno bebê delas, que elas sentem que têm que proteger de tudo de ruim. Não vejo muito sentido em querer me proteger dessa forma, mas sei que elas fazem isso apenas por me amarem muito, assim como os outros.

Depois de mais alguns minutos de reunião, todos nós saímos da sala de reuniões que temos em casa e fomos para a sala de jantar, onde o almoço já estava servido. Sentei-me em meu lugar na ponta da mesa e então começamos a comer.

Enquanto eles conversavam sobre assuntos aleatórios, minha mente viajou para a garota que ocupou minha cabeça e não quer sair de jeito nenhum.

Ela é como uma droga, apenas um pouquinho e eu fiquei completa e inteiramente viciada. Nunca a beijei ou tive um contato intimo, mas não precisou disso para que eu me visse completamente viciada.

— Então, Billie, como andam as coisas com a Maeve? — perguntou Rosalía.

Dei um sorriso ladino.

— Muito bem. Ela confia em mim agora.

— O que fez pra ela confiar em você? — indagou Sofia.

— Nada demais. Eu só conversei com ela e ela não pareceu se alarmar com o meu trabalho ou com a minha presença. Nós somos amigas agora. — respondi, para logo em seguida bebericar do meu vinho.

— E ela não disse nada? Não está assustada ou com medo?  — dessa vez foi Jaden a perguntar.

— Eu dei a minha palavra.

— A sua palavra vale menos do que merda, Billie. — disse Bradley, com um sorriso sarcástico no rosto.

No mesmo momento coloquei a taça de cristal na mesa e travando o maxilar, o olhei com os olhos semicerrados. O silêncio predominou a sala de jantar. Percebi que todos ficaram reticentes e Bradley não parava de sorrir daquele jeito cínico dele.