Leilão

65 5 6
                                    

Eu lembro...

O som do bater das taças despertava a atenção de todos que estavam ali, após a mesa estar repleta de sorrisos e agrados feitos pelo brinde, todos já estavam sentados, mas um continuou em pé, Lourrance Clarke, com sua taça levantada, fez pequenos toques com sua colher e iniciou um discurso, desejando que todos ali presentes o ouvissem, e parassem com seus afazeres. Ao seu lado, James Herbert, estava um pouco desconfortável, ao notar a embriaguez de Lourrance, custou-o parar, mas já era tarde demais, quando pudesse fazer algo, Lourrance já estava esbanjando seus pensamentos em meio as pessoas.

O violino parou ao discurso, a dama, que o conduzia, por outro lado, estava olhando fixamente ao homem que discursava, admirando sua beleza, seu charme, sua coragem. Ao longo da reunião, Lourrance lhe entregava sua personalidade paqueradora, em meio a piscar de olhos, e sorrisos. Ao outro lado da sala, a conduzindo por si mesmo, e ela, lhe dando pequenas mudanças de percursos, utilizando de seu violino. Suas luvas delicadas despertava-lhe a curiosidade em lhe pedir a mão para dançar, mas o seu senso, apenas o dava atenção a bebidas servidas em copos, por James Herbert. Lourrance estava cavando a própria cova.

Enquanto o discurso era dito, James levantou-se e se dirigiu a um canto com pouca movimentação da casa, tirando de seu bolso, seu telefone, e averiguando se pessoas enxeridas estavam presentes ali para escutar sua ligação.

— Sim, consegui deixar ele bêbado, mas prevejo cenas ruins por parte dele — James falou em um tom baixo, porém bravo no telefone.

— Acalme-se, não acredito que todos os copos que lhe ordenei a servir, podem o embebedar. — Falou na outra linha, uma voz desconhecida por parte de James.

— A minha dedução seja que ele bebeu antes de vir para cá! David, se esse plano ir para baixo, eu... — James foi interrompido pelo alto grito e palavras de baixo calão vindas de Lourrance, o mesmo já estava prevendo a desgraça. James voltou ao telefone, averiguando novamente se estava sendo vigiado.

— James, você me conhece, eu funciono por parte de contratos internos, caso esse plano dê errado, você está morto. Adeus. — James ouviu o telefone desligando.

Adentrando por trás, James logo pediu calma a Lourrance, que estava falando num tom louco, e que parecia estar sob efeito de alguma droga ilícita que aumentava sua ansiedade. Parando seu discurso, se desculpou aos que estavam presentes, e logo sentou-se diante a mesa novamente.

A dama, que conduzia o violino, que até então, mantinha sua expressão por admiração e apreensão, tornou-se nojo e repulsão, deixando todos os seus desejos por Lourrance, e decepcionando-se por si só. Walter Finlay, ao fim da mesa, estava segurando-lhe o riso, tampando sua boca com sua mão, e inclinando-se ao lado de Paul Salk, soltando pequenos comentários a respeito do que acabara de acontecer.

— Quais serão os direitos de contrato leiloados hoje... — Ao longe, presente ali, Leonard Warnes estava em pé, dando sua atenção exclusiva ao início do leilão, tais direitos leiloados ali eram de extrema importância a Leonard, pois planos de execução em países estrangeiros de sua empresa eram o foco. Goles e goles de vodka eram tomados por ele, mas não o suficiente para o embebedar. Sóbrio era o estado em queria estar e nada poderia atrapalhar-lo, a não ser, Rose.

Jannette Rubby era a sua acompanhante na noite, mas seu comportamento informava sua índole. Era uma prostituta que Leonard pagou para o acompanhar, mas aos olhos de Leonard, ela não era forte a álcool. Rose era seu nome nas ruas, um nome podre, que lhe dava dinheiro, mas lhe fazia perder a dignidade, Leonard a escolheu por ser a menos conhecida ali, e não ser descoberta, mas o comportamento de sua parceira entregava uma personalidade mal educada e sem vergonha, o arrependimento bateu na porta de Leonard naquele exato momento, mas algo despertou um novo cenário peculiar ali, a personalidade sedutora de Jannette, atraía vários olhares masculinos ali, mas também, femininos. Amy Hofstadter aproximou de Jannette com uma expressão sexy e sedutora, possuindo um lindo vestido vermelho que se destacava em meio a todas as outras mulheres ali presentes. A música do violino colocava por cima, um clima romântico as duas, enquanto acalmava os outros que estavam apenas aproveitando, e esperando o leilão começar. O batom vermelho de Amy, destaca ao resto do corpo, atraía a atenção de Jannette, que logo puxou assunto.

Going to The Village HellOnde histórias criam vida. Descubra agora