Perfect Harmony ( JK + LM )

Meias encharcadas e beijos escondidos

Perfect harmony

Capítulo 8: Meias encharcadas e beijos escondidos

O começo da Primavera é muito estimado por mim pois eu amo as Sakuras, apesar de amar-las em uma época ruim para as mesmas.

Eu amo passear pelos campos quando as folhas das cerejeiras estão caindo, é um momento tão lindo e esse momento está se tornando ainda mais belo com Jennie ao meu lado. Graças ao Gd e seus contatos, é a primeira vez em que posso degustar desse momento com ela ao meu lado. Minha mãe nos acompanha alguns passos atrás, eu sinto seu olhar queimar minha costa, mas nem isso pode me abalar agora.

Quando acordei nessa manhã, tinha em mente desfrutar da companhia de minha noiva enquanto observo um mar de rosas voando ao nosso redor, apreciar os redores era o plano inicial. Porém as coisas não estão indo da forma que eu planejava, o sorriso gracioso que Jennie dava sem esforço algum era o culpado disso.

Seu sorriso e suas bochechas rosadas me tomavam completamente a atenção, não me restava tempo para as cerejeiras e nem suas pétalas charmosas, o meu tempo estava voltado apenas ao calor dos dedos de Jennie entrelaçados aos meus e seu olhar amoroso. De vez em quando ela me olhava como se perguntasse o motivo de encarar ela por tanto tempo, nem uma resposta me saia pelos lábios pois eu não conseguia pensar em nada coerente, não conseguia pensar em nada que não fosse ela.

Minha mãe estava cansada, então resolvemos parar em uma bela e formosa ponte de madeira. Enquanto Chitthip descansava, Jennie e eu apreciamos a vista da água corrente que levava todas aquelas belas pétalas rosadas. As mãos de Jennie rodearam minha cintura vagarosamente e seu corpo se colava ao meu, o calor dela fora o suficiente para me preencher de uma felicidade que não parecia tão momentânea quantos as outras, me parecia muito mais duradoura do que qualquer outra coisa. Me sentia tão feliz ali com ela e as cerejeiras que nem me importei em dar um belo sorriso para minha mãe, sorri enterrando o rosto nos cabelos macios de Jennie enquanto minha mãe assistia tudo com um olhar nem tanto desgostoso.

Enquanto caminhava por todos aqueles paralelepípedos, eu cheguei a conclusão de que não importa o quanto minha mãe me machuque ou me rejeite, eu simplesmente não sou capaz de odia-la ou me ter magoada com ela durante muito tempo, eu a amava demais para isso e isso me deixava enfurecida. Sei que não sou ninguém pra dizer o que os outros merecem, mas eu posso muito bem dizer o que a minha mãe não merece. Ela não merecia um sorriso meu, não depois de tudo o que já me disse e o que me fez sentir, ela não merecia meu amor, mas aqui estou eu a amando a cada sorriso que dava para uma selfie.

- Lalisa? - Jennie me puxa para fora de meus pensamentos com sua voz aveludada e sorriso gentil

- Sim?

- Minha mãe nos convidou para almoçar lá em casa, ela quer que a sua mãe vá também - hm, juntar a minha mãe e a de Jennie nunca é uma boa ideia. Digamos que a mãe de Jennie tem certa aversão a pessoas com mente fechada - Nem dá pra recusar, amor. Ela já comprou comida de um restaurante e deixou tudo preparado para que não tenhamos que nos preocupar com nada

- Meu deus, ela é um amor de verdade.

- Ela é mesmo, ainda me pergunto para quem puxei ser essa bad bitch.

- Acho que ser uma bad bitch não é algo que você nasça com, é mais algo que adquire.

- Talvez você esteja certa.

Caminhamos por mais algum tempo e Jennie parecia tão alegre naquela manhã, seus sorrisos chegavam facilmente aos cantos dos olhos e nem minha mãe que carregava toda aquela áurea rabugenta conseguia dizer não a qualquer coisa que saísse daquela garota.

Oh, céus, eu daria tudo para poder beija-la agora. Dane-se, eu preciso beijar essa garota, aqui e agora. Eu preciso por isso nas minhas memórias.

Olhei ao redor e uma ideia travessa se acendeu em minha mente, ri com o canto dos lábios e Jennie me olhou como se soubesse que algo estava prestes a vir.

- Mãe? - Pela primeira vez no dia chamo Chitthip pelo o que ela realmente é, minha mãe.

- Sim. - Seus olhos pareciam minimamente esperançosos e eu quase senti pena por isso, quase.

- Você pode ir na frente? Tem algo que Jennie e eu precisamos fazer, logo alcançamos você. - Disse com o sorriso mais suave que me cabia no rosto.

- Ah, você tem certeza? Eu não me importo de...

- Não, está tudo bem. Tem algo que eu gostaria de mostrar a Jennie.

- Tudo bem, tomem cuidado e não demore muito. - ela disse e já caminhava em direção a trilha que a levaria para a entrada do parque.

- Lalisa, o que você está aprontando? - Ri e agarrei a mão de Jennie puxando a na direção oposta a que minha mãe tinha pego - Lalisa

- Eu quero mostrar uma coisa, relaxa.

Ainda desconfiada ela me seguiu pelo local vazio de onde viemos. Quando chegamos próximas a ponte, nós não subimos na mesma, eu nos guiei pelo lado. Nós descemos e eu tive que usar força para conseguir fazer Jennie entrar de baixo daquela ponte. Eu tinha a noiva mais mesquinha do mundo e eu amava isso.

- Lalisa, que inferno! Meus sapatos estão encharcados, a marca acabou de me dar---

Seja lá o que mais ela desejasse falar, eu impedi quando colei meus lábios nos seus. De início suas mãos em meus ombros tentavam me empurrar para longe, mas a partir do momento que colei seu corpo no meu, ela desistiu de tentar lutar contra aquilo. Suas mãos desceram até minha cintura e me prendia mais a si, enquanto sua língua se enrolava na minha e tentava cada vez mais domar o beijo.

Eu sentia a água correr por meus pés e adentrar meus sapatos e eu sabia que várias pétalas rosas se grudariam por ali, e estava tudo bem. Eu amava saber que aquilo tudo ficaria para sempre na minha memória, cada pequeno detalhe, desde a água nas minhas meias aos lábios de Jennie beijando cada parte do meu rosto.