Obsessão por liberdade

Me chame pelo meu nome

Anime: Kakegurui

Amanda sentia sua cabeça doer muito, ela abriu os olhos lentamente, tentando se acostumar com o pouco de claridade que vinha ao seu encontro.

Ao acostumar seus olhos com o ambiente, ela notou que não estava mais em casa, aquele lugar era imenso, como se fosse uma sala enorme sem mobília. Amanda podia enxergar uma janela de vidro toda suja, de onde vinha a luz fraca.

A morena tentou se mexer, mas foi impedida pelos braços e pernas que estavam amarrados na cadeira onde ela estava sentada.

Ela começou a espernear, tentando de alguma maneira se soltar, mas não estava adiantando. De repente algo estalou e não demorou para que Amanda caísse contra o chão, sentindo o seu corpo bater com força, ainda amarrada contra a cadeira.

— Merda… — Ela gemeu de dor.

Agora não conseguiria levantar nem se quisesse.

— O que você fez? — A garota ouviu uma voz que a deixou em alerta. Ela tentava procurar de onde vinha, mas sua visão limitada ao estar deitada no chão não a ajudava. — Poxa, eu esqueci de te avisar que a perna da cadeira era frouxa…

Amanda olhou na direção de onde vinha a voz, vendo que a garota loira havia parado de pé ao seu lado, lhe olhando de cima.

— Não! — A morena gritou quando a outra se agachou do seu lado.

— Eu só vou levantar você do chão. — Ela lhe encarou. Logo a cadeira foi erguida, deixando Amanda sentada novamente. — Vê se não fica se mexendo ou vai acabar caindo de novo. — A loira falou ficando de pé novamente, logo depois de colocar a perna da cadeira no lugar.

— Onde estamos? — Amanda olhou ao redor, tentando não demonstrar o pavor que sentia ao ficar perto da mulher.

— Esse é um lugar interessante que eu encontrei especialmente para você. — Ela riu. — Sei que não é nenhum hotel cinco estrelas, mas dá pro gasto. 

— Você… poderia me soltar? — A mais nova perguntou com receio.

— Eu poderia, mas eu sei que não posso confiar em você, então não vai dar.

— Mas…

— Amanda, querida, é melhor você ficar quietinha para eu não precisar usar uma fita na sua boca. — A loira suspirou. 

— Como sabe o meu nome?

— Eu sei muitas coisas sobre você. — Ela riu. — Até coisas que você nem imagina. — Disse se aproximando. — Só fiquei muito chateada que você não se lembra nem mesmo do meu nome…

— Eu sint- Ai! — Amanda gritou de dor quando a loira tocou na sua cabeça.

— Você está machucada, deve ter sido por causa da pancada que eu tive que dar em você. — Ela falou se afastando novamente. — Vou precisar fazer um curativo. — Disse puxando uma bolsa grande que estava escondida em um buraco na parede.

— Não seria melhor ir ao hospital? — A mais nova disse rapidamente. 

Ela tentava achar uma desculpa que fizesse aquela mulher lhe tirar dali para que pudesse fugir.

— Claro que não. — A outra lhe encarou com os olhos castanhos furiosos. — Você vai querer fugir e eu não posso deixar isso acontecer.

— Eu prometo que não!

— Lembre-se que eu não posso confiar em você. — Ela jogou a bolsa no chão, nos pés da morena. — Além do mais, eu consigo fazer um curativo melhor que muito médico, então fica de boa.