𝐈𝐈.

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─ Brasil

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─ Brasil... Não sei se isso vai dar certo ─ o alemão caminhava atrás de seu amigo com um certo receio, ou melhor dizendo, muito receio da ideia que o outro havia tido.

─ Confia no pai, Ale. O pai sempre tem razão ─ o brasileiro respondeu de forma irônica, ele também estava um pouco inquieto, mas fazer o que, é como ditado: quem não arrisca, não petisca.

─ Hm, tou' sabendo ─ revirou os olhos.

Bom, afinal que tal ideia era essa? Caros leitores, se lembram que no capítulo anterior eles precisariam decidir quem seriam seus "acompanhantes" para o acampamento? Brasil teve uma ideia, quando estava prestes a dormir. Quem melhor para os acompanhar do que o casal mais gay da escola? Canadá e México, é deles mesmo que estamos falando.

"Casal mais gay da escola?" desse jeito parece até que foi algum idiota que os apelidou dessa maneira, né? Mas não, eles só são melosos até demais. Diferente de outros casais lgbtq+ ─ e héteros também ─ que estavam espalhados pela escola, Canadá e México faziam questão de demonstarem que estavam juntos, era mão dada pra lá, beijinho pra cá, carinho pra tudo que é canto.

Eles eram um casal que realmente deixavam sua vida amorosa bem exposta, sempre no instagram postando fotos de encontros e até surpresas (cheias de coraçõezinhos).

Canadá e México chegavam a dar inveja em qualquer outro país, principalmente naqueles que eram reprimidos por seus pais, como por exemplo, a turminha do Oriente Médio.

Mas a vida do casal também não era lá as mil maravilhas, eles possuíam vários haters na cola deles. Seus posts eram repletos de comentários desagradáveis como "certeza que Canadá é a mulher da relação" ou "vão pro inferno gays de merda", dentre vários outros.

O pior era quando alguém da escola vinha e gritava isso na cara deles. Em um episódio terrível, México acabou com o nariz quebrado e Canadá com um olho roxo, mas incrivelmente isso não fez o casal desistir de encorajar o resto dos garotos, garotas e garotes que ainda estavam no armário.

Bom, voltando ao assunto, Alemanha e Brasil estavam no recreio, então aproveitaram para procurar o casalzinho.

Provavelmente eles estariam em alguma escada da escola dando carinho um para o outro, senão estariam em algum canto escondido se agarrando. Por sorte, os dois estavam na escada do pátio, dividindo um pacote de biscoito.

México era um ótimo contador de histórias e Canadá filho de uma família rica, que consequentemente o levava para a trabalhar como guarda florestal em horas vagas, já que eram donos de várias terras.

Os quatro seriam o quarteto perfeito, pelo conhecimento de animais de Brasil, conhecimento de enfermaria básica de Alemanha, Canadá em se localizar nas florestas e México com história locais, ou seja, se os quatro se juntassem ninguém morreria! Ao menos esse havia sido o pensamento de Brasil.

𝖼𝖺𝗆𝗉 𝖼𝖺𝗆𝗉 | 𝗰𝗵Donde viven las historias. Descúbrelo ahora