𝒎𝒚 𝒃𝒓𝒐𝒕𝒉𝒆𝒓'𝒔 𝒇𝒓𝒊𝒆𝒏𝒅 / 𝒗𝒊𝒏𝒏𝒊𝒆 𝒉𝒂𝒄𝒌𝒆𝒓

~eighteen~

-Cassie Hall-
            ~Sexta-feira, 19:54

— Cara eu vou te matar, eu juro. — digo após o carro quebrar no meio do caminho para a lanchonete.

— Calma amor, ele só morreu, tá de boa. — diz e eu o olho séria.

— Então liga. — digo sorrindo sarcástica e ele bate a chave, e o carro não liga. — Liga, Vinnie.

— Tá, tá. Talvez, ele tenha quebrado. — diz evitando contato visual comigo.

— Eu vou te matar. — digo cruzando meus braços e olhando pela janela do carro.

— Calma, eu vou consertar ele. — diz saindo do carro.

— Eu só queria comer cara, só isso. — digo saindo e pegando meu celular.

Me sentei na calçada e fiquei mexendo no celular, enquanto Vinnie fuçava no motor.

— Cassie perfeita, amor da minha vida... — Vinnie diz chegando até mim.

— O que você quer? — pergunto.

— Preciso de ajuda pra empurrar o carro. — diz e eu o encaro boquiaberta. — Por favor.

— Eu vou embora depois de amanhã, e o que eu ganho é ajudar a empurrar uma lata velha. Que ótimo. — digo me levantando e guardando meu celular.

— Lata velha nada, respeita meu bebê. — diz e eu mostro meu dedo do meio.

Quase 21 horas da noite, e eu ajudando Vinnie a empurrar a porra do carro. Que lindo.

O pior de tudo, é que é numa rua longe e deserta. Sem ninguém pra ajudar.

Resultado: o carro não pegou e nós tivemos que chamar um Uber pra nos levar na lanchonete, e eu tô puta, sem trocar nenhuma palavra com o Vinnie.

Eu avisei que essa lata velha ia quebrar com a gente, mas ele não me escutou.

E agora, ele vai ter que voltar no mesmo lugar amanhã pra tentar consertar o carro.

— Vocês formam um casal muito bonito. — o motorista do Uber diz e Vinnie me olha.

— Obrigado... — Vinnie responde, sabendo que eu estava sem paciência pra responder.

Não sei o que está dando em mim, eu tô perdendo a paciência e ficando com raiva fácil ultimamente.

— Eu tinha a idade de vocês quando conheci minha esposa... Todos diziam que nós formávamos um lindo casal. — diz, por ser um homem mais velho.

— Não somos um casal. — respondo e Vinnie me olha franzindo as sobrancelhas.

— Ah, me desculpem. — o homem diz.

— Não, tudo bem. — Vinnie diz sorrindo de lado, evitando o contato visual comigo.

Eh, eu sei que eu fiz merda. Eu falei sem pensar...

Eu não sei qual é o meu problema, eu estou literalmente surtando e ficando com raiva por qualquer coisa. Não consigo entender...

Eu realmente disse aquilo sem pensar.

Assim que o motorista nos deixou na lanchonete, nós agradecemos e pagamos, depois saímos do carro.

Depois que o cara foi embora, Vinnie parou em minha frente com os braços cruzados e me encarou sério.

— Desculpa... — digo o olhando.

— O que porra nós somos? — quando eu ia responder, ele me cortou. — Não me fala que a gente é só amigo, porque isso não faz muito sentido...