capítulo 19

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Narrador pov:
Já se imaginou em paz? Em um lugar que havia tudo o que te trazia paz e todas as pessoas que você ama?

Paz pode ser definida como na relação entre pessoas que não estão em conflito ou um relação tranquila entre cidadãos. Pode também ser definida como estado de espírito de uma pessoa que não é perturbada por conflitos ou inquietação. Muitos relacionam a paz a um lugar, sendo a paz um estado característico de um lugar ou momento em que não há barulho ou agitação.

A paz que Hope acreditava que ia encontrar era quando finalmente todo o problema com os monstros e malivore fosse resolvido. Felizmente, esse problema acabou, mas sua vida estava longe de ter paz.

A primeira vez que Hope sentiu paz foi quando sua família inteira estava reunida, contando com Caroline e as gêmeas. Durou pouco tempo, pois logo após esse momento de sossego veio a Hollow, para destruir a vida de qualquer um que cruzasse seu caminho. Mas como todo início tem um fim, a Hollow teve o seu desfecho, e assim como em tempos atrás, Hope se permitiu sentir paz por apenas um momento. A historia se repetiu não só uma, mas duas, três e quatro vezes. Sempre acaba da mesma maneira, Hope abaixa sua guarda e no fim sempre se machuca.

O tipo de paz que Hope está sentindo agora é mais como um sentimento de familiaridade, como se já estivera nesse local antes. O cheiro amadeirado, a brisa de ar gélida envolvendo seu corpo em um dia que parecera ensolarado. Era uma sensação de formigamento, quando você está tão alheio ao mundo real que se sente adormecido diante dos acontecimentos externos. Vozes familiares no fundo do ambiente. Ela se forçava para tentar escutar mais nitidamente, era quase impossível dado que a ruiva ainda tinha seu corpo inconsciente. Ela contou as vozes, uma, duas, uma mais grave e marcante, outra mais calma e levemente acentuada. Ela reconhecera de algum lugar, mas não se lembrava de onde.

— Hope... — o dono da voz mais grave soa no fundo dos sons do ambiente. — Vamos lobinha, faz muito tempo desde a última vez que nos vimos...

Demora alguns minutos até a ruiva recobrar sua consciência.

— Pai? — Hope diz assim que abre os olhos. — Pai! Como... Como estou conseguindo te ver?

— Lobinha... você está... — ele começa, mas é interrompido.

— Morta. — ela fiz em realização. — Como eu morri?

— Não de lembra? — ele pergunta aparentando estar confuso.

— Deveria? — ela pergunta com um meio sorriso. — Poderia me contar como eu morri?

— Bem, se lembra de estar no mundo prisão com Kai?

— Sim, bem, lembro-me até a parte de entrar na escola Salvatore e salvar Lizzie...

———
5 horas antes...
Assim que Hope entrou na escola Salvatore ela não viu absolutamente nada. Era estranho, dado ao fato de que o local sempre havia algum estudante circulando entre os cômodos da mansão. Então, depois de se familiarizar com a quietude, ela escutou um barulho, mais como gritos, mas não gritos de medo ou felicidade, e sim gritos de surpresa. Era difícil reconhecer a intonação de algo a metros de distância. Hope escutava bem, mas não tanto quanto vampiros.

Kai sorriu levemente para ela, provavelmente imaginando o que estava acontecendo.

— É melhor irmos, não queremos perder o show. — O homem diz após se virar em direção aos gritos e burburinhos.

— Kai, me diz que você estava blefando esse tempo todo. Me diz que se eu atravessar essa porta eu não vou encontrar a minha namorada lutando contra a minha melhor amiga...

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