Cap 1: Encontro Com A Morte. narrador (a) Dan

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  Era um dia comum apesar de ser meu aniversário de 19 anos, pois na minha aldeia não é costume comemorar o nascimento de metamorfos.
  Ajudei minha mãe a arrumar a casa, fiz as compras da semana, matei tempo na casa dos meus primos, que é do lado da minha, andei pela aldeia, fazendo a volta dela toda pelas estradas de terra que a circula, fazendo zig zag pelas casas de barro e madeira que compunham a paisagem, todas enfeitadas com pinturas de animais variados. Comprimentei os moradores, mesmo sabendo que a maioria tinha medo de mim, alguns metamorfos não são bons em controlar sua transformação e acabam atacando sem querer seus familiares, mas eu nunca tive esse problema. Fiz minha ronda pra verificar se não havia nada anormal, mas os outros também estavam de olho, a aldeia estava bem protegida. Depois fui para a floresta, treinar minha transformação. No caminho alguns companheiros me desejaram feliz aniversário e eu agradeçi, nada mais, nada menos, afinal nenhum deles era realmente meu amigo. Ok, você deve estar se perguntando o que raios eu sou, né? Bom, eu sou um metamorfo, um humano com a capacidade de se transformar em outros animais. O único animal que eu tinha facilidade em me converter era o puma, e estava melhorando na forma de lobo, mas não gostava muito dela, pois era meio que a transformação mais utilizada (obrigada crepúsculo). Fiquei na floresta treinando até anoitecer, e ai que começa nossa história.

  Ouvi um som de galhos quebrando atrás de mim, me virei e vi um vulto vermelho se mover depressa.

- Quem está aí? - Gritei, me preparando para me transformar se precisasse.
- Desculpa, eu te assustei? - Uma garota, não mais que 17 anos, apareceu. Era linda, usava um vestido carmim que chegava aos pés, cabelos longos que chegavam á cintura, tinha um rosto tão simétrico que chegava a parecer um sonho.
- Quem é você? O que faz aqui? - a beleza dela era desconcertante, mas eu estava ciente do meu instinto gritando "INIMIGO".

Tudo aconteceu em segundos. A garota soltou um grito horrivel e se curvou como se fosse me atacar, meus instintos sobrepujaram minha mente assim que entendi que ela era um vampiro, me transformei em puma e corri o mais rapido possível, mas ela me seguiu de perto.

- Não corra querido - Ela gritou - Você sabe que eu te alcanço!

  Eu não podia deixar que isso acontecesse, por mais que eu conseguisse derrota-la, a chance de ser mordido era alta. Forcei meu corpo ao máximo, correndo o mais longe possível e em direção contrária à vila, não podia deixar que ela entrasse lá, mas ela gargalhou e correu ainda mais rápido do que eu conseguia, não havia jeito, ela ia me alcançar.

  E alcançou.

Me puxou pelo rabo e mordeu minha cintura. Eu rosnei e bati a pata na cara dela e consegui arrancar um dos olhos.  Isso a atordoou e ela afrouxou o aperto que estava me dando, aproveitei a chance pra ir pra cima dela. Mordi seu pescoço e ombro e os arranquei, o gosto de sangue envenenado e carne podre invadiu minha boca, mas eu não podia parar, demorei apenas alguns minutos para despedaça-la, mas mesmo com cabeça arrancada do corpo ela gritava de um modo terrivel, então tive que despedaçar seu crânio. Depois disso me transformei de novo em humano, coloquei fogo nos restos do corpo, assim ela não voltaria a vida.

  Quando o fogo a consumiu por completo, eu voltei a forma de puma e corri para voltar a minha aldeia. Minha cintura ardia como o inferno e eu sabia que isso me causaria problemas, mas tinha que chegar em casa. A cada minimo barulho da floresta eu forçava ainda mais meu corpo a correr, estava verdadeiramente em pânico e só me acalmei um pouco depois de ver as luzes de casas, cheguei mais perto e confirmei que era minha aldeia.

  Desmaiei assim que cheguei perto da casa em que minha mãe e eu morávamos.

  Quando acordei, estava na minha cama, tentei levantar mas minha cabeça começou a girar, então fiquei quieto e fechei os olhos, percebi que minha mãe brigava com alguém na cozinha, falando baixo, provavelmente para não me acordar.

O Verdadeiro DemonioOnde histórias criam vida. Descubra agora