› get out of here, asshole

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A dor era quase insuportável, como uma maldita cãibra em seu pau duro e por todo o ventre e abdômen. Doía como o inferno e não importava a intensidade em que ele movia ambas suas mãos porque nada parecia aliviar. Harry odiava o cio e naquele momento se lembrou perfeitamente bem do porquê. A primeira vez foi aos quatorze anos em um dia na primavera, estava almoçando com sua família no jardim quando começou. Havia um jardineiro alfa velho o suficiente para ser seu avô e... bem, o primeiro cio sempre é o mais intenso. Harry teve que ser trancado em seu quarto por vários dias inteiros enquanto gritava alto e suplicava por algo que ainda nem mesmo compreendia. Seu pai vinha visitá-lo regulamente, o único com permissão para entrar no cômodo. Ele lhe ensinou a usar alguns dildos e as próprias mãos, mas ao fim do quarto dia apenas pílulas supressoras foram capazes que parar os gritos. Desde então elas sempre estavam lá e ele nunca mais teve um cio tão difícil. Não até aquele momento.

Com a respiração ofegante e suor cobrindo todo o seu corpo, Harry se arrastou até a pia. As mãos tetando em busca de algo melhor que seus dedos porque aquela merda definitivamente não estava funcionando. A primeira coisa que seus dedos alcançaram foi um tubo de pasta de dente meio vazio, o ômega rugiu em frustração jogando o objeto longe contra a parede. Um vidro de perfume caro foi atirado contra o box e logo depois um hidratante teve o mesmo destino. Harry podia sentir o cheiro de um alfa muito próximo, um cheiro deliciosamente tentador que em qualquer outra ocasião ele teria parado para apreciar mas não naquele momento. Não quando todos os músculos do seu copo pareciam estar em combustão enquanto o incitava a abrir a porra da porta. Mas ele não iria. Não iria nem fodendo.

A próxima coisa que alcançou foi um desodorante meio vazio que fez seus olhos faíscarem em antecipação. Ele não tinha dildos há muito tempo (os desprezava completamente e nunca tinha um cio forte o suficiente para fazê-lo recorrer a eles), então aquilo teria que servir. Por deus, qualquer coisa meramente fálica serviria àquela altura do campeonato. Ainda encostado no armário do banheiro viu-se arreganhando as pernas o máximo que conseguiu para então enterrar a porra do desodorante no cu. Literalmente. E sim, ele tinha plena consciência de que não era um situação agradável e que aquele negócio deveria estar acompanhado de três dezenas diferentes de bactérias mas, bem, ele estava realmente pouco se fodendo para qualquer coisa no momento porque tudo o que conseguia pensar era em fazer aquela merda parar.

Gritou quando sentiu o objeto metálico em contato com sua próstata, enfiando-o mais fundo possível. Amassando o lugar vezes repetidas até que sua visão não passasse de borrões escurecidos e seus feromônios estivessem em todo lugar sufocando-o com seu próprio cheiro. Em algum lugar no fundo da sua cabeça, Harry sabia que qualquer alfa no perímetro o sentiria e sabe-se lá o que seria capaz de fazer. Essa parte do seu cérebro realmente gostaria de se preocupar com isso, queria realmente pensar em alguma solução pragmática e efetiva. Mas, porra, seu animal estava tão necessitado enquanto grunhia alto com a violência em que sua mão fazia o desodorante ir e vir dentro de si, amassando a próstata uma vez seguida de outra e outra e outra conforme seu pau vazava uma mistura de gozo e pré gozo que seria realmente difícil de reconhecer naquele momento. Quer dizer, estava bom o suficiente para que seu corpo escorregasse pela madeira até que seu quadril estivesse para cima e seus pés apoiados na parede oposta conforme fazia o objeto entrar mais fundo e sair e entrar ainda mais fundo, o quadril girando praticamente no ar e o corpo coberto de suor e desespero porque aquilo era a porra de um desodorante spray meio vazio e não um pau. E Harry precisava de um pau, um pau de um alfa. Um alfa com cheiro bom que estava próximo o suficiente para fazer seu ômega arreganhar-se como uma puta.

Uma batida forte se fez presente juntamente com um rosnado baixo, a porra do alpha delivery estava ali e parecia disposto a fazer seu trabalho. Para ser bem realista, qualquer alfa estaria mais do que disposto a fodê-lo naquele momento porque Harry sabia perfeitamente bem como seu cheiro podia ser viciante e convidativo, era exatamente por esse motivo que o odiava. Da última vez que um alfa além de sua mãe e irmã tinha sentido seus feromônios, bem, as coisas tinham se tornado desagradáveis demais em um espaço de tempo muito curto e ele realmente detestaria que isso se repetisse por, tipo, o resto da sua maldita vida.

ALPHA DELIVERY // larry stylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora