Cap. 21 - Mamãe.

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A L L Y

— Isso é sério? — Toni perguntou.

Eu havia criado uma confusão sem tamanho envolvendo Taylor no meu jogo sujo. Só esperava que Deus me perdoasse por usar uma menina e quase provocar o assassinato de um jovem que nem havia iniciado sua vida adulta.

— Sim, é sério. — me sentei na espreguiçadeira de Cheryl, sendo acompanhada pelas meninas. — Não era dessa forma que eu pretendia dar a notícia, mas, vocês chegaram antes do que eu esperei. Toni, eu sinto muito mesmo por meter sua irmã nisso, eu juro que não queria causar nenhuma confusão.

— Ally, não se preocupe. — Ela alisou meu ombro de forma gentil.

Estava mais calma, pelo menos parecia estar.

— Não, Toni. Isso foi muito errado da minha parte... eu andava tão estressada ultimamente, achei que era apenas TPM e essas coisas. Chorava por nada quando Troy e eu brigávamos por uma coisinha boba... De repente vieram os enjoos, a menstruação não descia e eu cabeça de vento como sou tive a "brilhante" ideia de pedir a sua irmã que me comprasse um teste de farmácia para mim... e aqui está. Positivo. — Eu olhava o pequeno objeto em minha mão.

— Ally grávida... — Betty falava consigo mesma. — Não consigo imaginar como isso aconteceu.

— Um dia Troy e eu-

— Sabemos como aconteceu, Ally. — as três mulheres falaram juntas.

— Oh, me desculpe. — Mordi os lábios e abracei minhas próprias pernas. Eu não era muito boa para entender ironias. — Sério, eu não quis que nada disso tivesse acontecido. — Olhei para Toni. — Você ia acabar com o menino.

— Certo, eu errei e não pensei na hora. — Toni cruzou os braços soltando uma respiração pesada. Parecia realmente arrependida. — É horrível ter uma irmã adolescente com tanta menina ficando grávida, e-eu... não pensei direito.

— Que bom que tudo se esclareceu ao menos, não é? — Foi a vez de Betty falar. — Lucas, peça a benção ao padre que você nasceu de novo, meu garoto. — Bagunçou o cabelo do menino, que nos olhou com seu olhar tímido de sempre.

— Eu posso ir lá dentro tomar um chá? — suas bochechas do mesmo coraram.

— Claro, fica à vontade. — Cheryl lhe deu permissão e os mais novos seguiram para a cozinha.

Os minutos seguintes foram de puro amor. É como dizem, depois da chuva sempre vem o arco-íris. Recebi uma enxurrada de carinho e parabéns das meninas que já alisavam minha barriga mesmo não tendo sequer volume algum ali. Minha vida mudaria daqui em diante. E pra melhor.

Eu estava grávida.

Tinha a carreira dos meus sonhos, a vida dos meus sonhos, saúde, o homem dos meus sonhos. Não havia o que melhorar, pois estava tudo perfeito. Óbvio, eu não me sentia ainda totalmente preparada, no entanto um lado de mim só pedia calma e eu me tranquilizava sabendo que tudo ia se ajeitar e se encaixar com o passar dos meses. Troy e eu teríamos um lindo bebê fruto do nosso amor e eu não podia me sentir mais completa e realizada. Ter uma criança sempre fora meu sonho desde pequena e só de saber que daqui a alguns meses isso se tornaria realidade, era motivo o suficiente para meu coração só transbordar de amor e gratidão.

— Você vai ser uma mãe linda. — Toni alisava minha mão. — Essa criança já tem sorte de ser seu filho. Não poderia ter ganhado uma mãe melhor.

— Você acha? — A insegurança veio à tona na minha pergunta.

— Tenho certeza, Ally. — Sorriu com sinceridade.

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