Meu relato

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Não creio que hajam palavras
Suficientes em nosso alfabeto,
Para expressar,
Para contar
E para explicar
Tudo o que penso,
Tudo o que sinto.

Mesmo que o mar se transformasse em tinta
E o céu em papel,
Eu seria capaz de contar o tamanho do meu cosmos.

Pois, ou o mar se acabaria,
Ou o céu findaria,
Sem minha descrição completa ter sido escrita.

Mas tudo bem,
Pois creio que não hajam palavras
Na minha ou em outra língua
Para exprimir
O que há dentro de mim.

Me sinto especial,
Diferente.

Não daquele jeito arrogante e prepotente,
Mas de modo que eu possa me orgulhar de ser quem sou.

Há dias que me sinto como Ícaro,
Uma vontade inigualável de voar em direção ao Sol
Como uma mariposa é atraida pelas chamas de uma vela.

E há dias que me sinto como Orfeu,
Tendo que ir até o inferno
Para buscar o que é meu.

Não me confunda,
Eu sou única.

Você veio até mim
E eu vou até você
Para poder dizer:
Aonde vou, não cabe a você saber.

Este é meu relato,
Meu conto,
Talvez até minha canção.
Sobre meu mundo,
Meu cosmos,
Meu coração.

Poesias de uma adolescenteOnde histórias criam vida. Descubra agora