A Profecia de Kumandra - Raya e Namaari

Capítulo 11 - O Lago

NOTAS DA AUTORA:

HI MEUS GOXTOSOOOOOS!!!!

Postando hoje por motivos de: No final de semana vai ser impossível!!! APJSAOSKPAOKPOSKAO

Esse capítulo acabou de sair do forno, então está PELANDO!!!!

Dessa vez não vou falar nada, apenas...

ENJOY!!!

================================================================================

Retomava a consciência aos poucos sentindo o chão gelado em meu rosto e a visão turva. Meu corpo não parecia possuir quaisquer ferimentos pois, agora não doía... Por quanto tempo eu dormi? Respirei fundo me certificando que definitivamente eu estava "novinha em folha", mas ainda sim, sonolenta. Contudo logo acordei de vez, completamente assustada ao sentir uma respiração exorbitantemente quente em meu pescoço, pisquei duas ou três vezes respirando fundo, cocei os olhos mais uma vez acreditando estar sonhando, não, não era possível, eu com certeza estava sonhando, recuei com o coração acelerado me prensando contra a parede atrás de meu corpo, tentava não fazer movimentos bruscos ou gritar, estava completamente em pânico observando a criatura à minha frente, seu focinho estava a milímetros de meu nariz e farejava meu rosto, minha espada estava muito longe para que eu pudesse alcançar, mas que MERDA!!!

Respirei fundo encarando seus olhos verdes quase fluorescentes que pareciam estar tão confusos quanto os meus, daria tudo pra registrar esse momento em algum pergaminho antes de morrer, eu juro! Estava fascinada, mas quase me borrava de medo ao mesmo tempo. Não era bem assim que sempre imaginei um dragão, mas não deixava de ser gracioso, seu corpo ocupava toda a extensão da caverna, e o ar se tornava extremamente quente com cada respiração sua, quase me sufocando. Mentira que ele estava aqui o tempo todo? Passamos duas décadas procurando a jóia do dragão para invocá-lo e ele simplesmente aparece à milímetros de meu nariz... Literalmente.

Mantive meus olhos aos seus sem fazer nenhum movimento brusco, procurando não demonstrar medo, ou fazer barulho, um passo em falso e eu com certeza seria devorada. Afinal, todas as coisas que eu sabia sobre eles até então eram consideradas lendas, e mesmo que muitas pessoas pudessem ter tido contato com eles antes, o assunto era proibido. Após algum tempo farejando sem desviar seus olhos, apenas permaneceu ali, imóvel, aparentemente esperando algum movimento meu.

- Eu devo ter enlouquecido... - Sussurrei vendo-o recuar por um momento.

E em um piscar de olhos ele não estava mais lá, agora tenho certeza, eu havia enlouquecido de vez, tá atestado, suspirei retomando a força nos joelhos me apoiando em uma rocha dali. Senti algo perambulando em meus dedos e lá estava ele novamente em sua versão miniatura, do tamanhozinho de uma lagartixa, inclusive movimentava-se rápido como uma. Da coisa mais assustadora que vi em toda minha vida, tornou-se agora a mais fofa! Pensei colocando ambas as mãos em frente ao rosto, segurando a pequena criatura. Ele agora parecia tão inofensivo e puro que aqueceu meu coração por um instante, rodopiava em minha mão e a cheirava, quase como um cachorrinho quando filhote.

- Você... É fascinante! - Falei acariciando o topo de sua cabeça - Jamais deveria ter sido encontrado, somos pessoas ruins, deveria se esconder, mocinho! - Fingi lhe dar uma bronca com a voz em uma tonalidade serena, eu com certeza não faria isso se ele continuasse em seu tamanho "normal".

- Foi ele quem te encontrou, não o contrário - A voz do homem ecoou por entre as paredes da caverna - Ele atendeu ao seu chamado.

- O quê? - Perguntei incrédula e confusa.

- Essa parte da história você já conhece - Falou a voz do homem novamente, mas agora eu não podia enxergá-lo - Está na hora.

- Hora do quê? Mas e a jóia do dragão? Não era ela que tinha o poder de invocá-lo? - Perguntei sem obter respostas - O que faço agora? Não posso voltar, não posso levá-lo... Só os Deuses sabem o que aconteceria se... Não, não, não...