Capítulo 02

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Não é sempre que Chu Wanning acorda com uma ressaca. Não é sempre que ele fica bêbado para começar. Mas esta viagem foi preenchida com uma série de novas experiências para ele, e isso é apenas mais um ponto na postagem.

Conforme ele lentamente acorda, sua boca parece algodão. Seu corpo inteiro parece que foi mergulhado na gordura do dia anterior. Seus ossos parecem chumbo e, embora sua cabeça não esteja se partindo, parece que pesa o mesmo que um saco de tijolos.

Chu Wanning solta um gemido estridente enquanto seu cérebro lentamente fica online. Mesmo quando ele fica bêbado, a memória de Chu Wanning permanece parcialmente intacta. Ele sente seu rosto começar a esquentar ao se lembrar da noite anterior e de como ele se comportou perto de Mo Ran. Ele não se lembra de muito mais, lembra de Mo Ran sussurrando algo vago no calor de seu pescoço, lembra com mais clareza a maneira patética como ele respondia aos seus toques.

Droga. Ele choramingou?

Chu Wanning está muito grogue e exausto para chafurdar apropriadamente nele. Ele rola na cama e procura seu telefone na mesa de cabeceira. Ele o pega e olha para a tela com os olhos turvos de sono.

De alguma forma, ele ainda conseguiu ainda acordar cinco minutos antes de seu alarme.

Chu Wanning, com os olhos turvos, cai da cama em direção ao chuveiro, a cabeça girando ao fazê-lo. Escovar os dentes o ajuda a acordar ainda mais, e ele entra na água do chuveiro sem esperar que esquente. A água fria o faz estremecer, mas também o traz de volta aos seus sentidos.

E o faz se lembrar de Mo Ran. Espere, ele ainda estava na cama? Há neblina onde deveria estar sua memória imediata de curto prazo, então Chu Wanning veste um roupão de banho e vai acordar Mo Ran. A cama está vazia e, quando Chu Wanning dá um tapinha do outro lado, está frio.

Ouve-se um som metálico vindo da sala de jantar, e Chu Wanning o segue para ver Mo Ran já sentado na mesa de jantar, em seu telefone, enquanto come. Há um prato de pães doces, pudim e salgados, além de uma cafeteira quente. O cheiro é bom o suficiente para que Chu Wanning sinta que está acordando ainda mais.

"Você acordou cedo", Mo Ran o avista, os olhos baixando brevemente. Chu Wanning aperta mais o manto em torno de si e olha para a comida. "Eu pensei que você estava fora de combate."

Chu Wanning não tem como se dignar com uma resposta. Não é para tentar - ele abre a boca, com toda a intenção de se explicar. Ele não sabe por onde começar, mas percebe que a certa altura as palavras deveriam sair.

No entanto, elas não querem. Seu estômago ronca, porém, mais alto quando ele vê uma tigela cheia de bombons de leite na mesa.

"Pedi ao serviço de quarto que os trouxesse", diz Mo Ran quando pega Chu Wanning olhando. "Eles são sua marca favorita, certo?"

Eles são de fato. Chu Wanning pedira o doce no início de sua estada, mas acabou ficando sem ele na primeira noite, para sua consternação. Ele está surpreso que Mo Ran conheça sua afinidade com os doces.

"Você costumava manter uma grande tigela deles em seu escritório, lembra?" Mo Ran responde quando Chu Wanning diz isso, e Chu Wanning pisca.

É ainda mais surpreendente que Mo Ran se lembre de um pequeno detalhe sobre Chu Wanning, especialmente quando Chu Wanning sabe que ele é a última pessoa em quem Mo Ran gostaria de prestar atenção naquela época.

Silenciosamente, ele cambaleia até a mesa e puxa a cadeira ao lado de Mo Ran. Parcialmente mortificado com o que fez na noite passada, Chu Wanning quer se sentar em uma das cadeiras do outro lado da mesa. Infelizmente, todos os pratos estão agrupados no canto de Mo Ran.

Casually Acquainted (trad-pt)[capa temporária]Onde histórias criam vida. Descubra agora