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((agradeço à playlist que me deu imaginação))

Era noite, quase madrugada, e ainda nenhuma delas tinha adormecido. Pensamentos correspondentes, esperanças revividas e sentimentos à flor da pele. A frase "Também te amo" ainda discada na tela, hesitante em ser enviada.

"Amo-te" foi a última mensagem recebida por Carla, esta que estava receosa em responder, mas do outro lado da tela, Carolina encontrava-se desesperada à espera da sua resposta. 

Resposta esta que não tardou receber, com um sorriso de orelha a orelha, similar ao estado em que a dona da mensagem se encontrava. Ainda não entendendo o porquê da demora em ser correspondida, Carolina finalmente adormeceu. Carla, por sua vez, não conseguiu pregar olho a noite inteira, mesmo sabendo que tinha que acordar cedo para o primeiro dia de aulas.

~Quebra de Tempo~

Finalmente o primeiro dia de aulas tinha chegado, e quem olhasse para elas pensaria que haviam morrido e voltado à vida, deixando bem aparente que nenhuma delas tinha vontade de estar ali.

Independentemente da sua vontade ser estar em casa, deitada na cama sem fazer absolutamente nada, Carolina tinha um sorriso no rosto, que demonstrava a felicidade que a havia atingido horas atrás.

Por outro lado, Carla encontrava-se cabisbaixa, nervosa e com imensa vontade de correr dali para fora, tanto pela pouca vontade de ter aulas como pela vergonha que sentia de encarar os olhos da melhor amiga por quem nutria sentimentos. Mil e um pensamentos invadiam a sua mente, um pior que o outro.

Notando o estado em que Carla estava, Carolina optou por deixar a sua insegurança de lado e reconfortar a melhor amiga afinal, apesar de todos os sentimentos envolvidos, elas eram acima de tudo ótimas amigas.

Sentindo a mão de Carolina na sua, finalmente acordou do seu transe, ouvindo por fim o toque de entrada, indicando o inicio de um cansativo dia de aulas.

~Quebra de Tempo~

As aulas desenrolaram-se normalmente, como ambas já se haviam habituado em nove anos de estudo. 

Enfim encontravam-se já casa, Carolina estava radiante por finalmente, depois de 3 meses, poder conviver cara a cara com a pessoa responsável por seus fortes sentimentos. 

Em contrapartida, Carla continuava angustiada, quase sufocada pelos próprios pensamentos, e assim adormeceu, na esperança de que o dia mais rapidamente acabasse.  

Friends to Lovers, Or NotOnde histórias criam vida. Descubra agora