Hernandez & Drago - OC's One Shots

Head Over Heels

Aviso: nessa história Angel será tratade pelos pronomes ele/dele pela autora

TW// BDSM

Era por volta de 9 da noite, Angel já estava em casa há algum tempo. Observava sem prestar muita atenção as imagens que passavam na televisão enquanto lixava suas unhas pontiagudas, afinando seu comprimento e espessura. Em sua boca, havia um pirulito de morango que jogava de um lado para o outro com a língua, brincando com esse de forma distraída enquanto fazia as unhas. Mesmo que Bruce ainda não estivesse em casa, Angel estava pensando nele. Havia algo deixado no ar naquele dia, um olhar mais intenso, um sussurro ao pé do ouvido aqui e ali, a temperatura do moreno estava mais alta que o normal. Angel sabia bem o que significava e isso lhe deixava ansioso para a chegada do namorado.
Ao terminar de aparar suas unhas, ele guardou a lixa na caixa e alcançou um esmalte vermelho, batendo o frasco contra a mão algumas vezes para agitá-lo bem. Enquanto começava a distribuir a cor por seus dedos, lembranças de outras noites com Bruce vieram à sua mente. Angel cruzou as pernas. Não devia estar pensando nisso tão cedo, faltava mais de uma hora para Bruce chegar. Ele retirou o doce da boca ao terminar de pintar a primeira mão e voltou a atenção para a tv, tentando se distrair um pouco.
Não demorou para um arrepio correr pelas pernas de Angel. As lembranças voltaram. Ele apertou suas coxas cruzadas e suspirou baixo, esfregando o peito de seu pé contra sua panturrilha, não sabia mais se devia evitar aquilo ou não, o ponto de seu cérebro que tomava boas decisões já havia desaparecido. Resolveu adiar as sensações que seu corpo trazia à tona e se concentrou em pintar as unhas, devolvendo o pirulito à boca para isso.
Angel pensou que o fato de estar vestindo apenas um short curto e uma camisa de Bruce, que ficava enorme nele, piorava a situação, mas ele sabia que só estava procurando uma desculpa pelo tesão acima da média que estava sentindo aquele dia. Talvez fosse a época do ano, talvez as ações do moreno o atiçaram mais, a única coisa que tinha certeza era que precisava de Bruce em casa logo.
Para a surpresa de Angel, isso não demorou a acontecer. Ele mal tinha terminado de fazer as unhas e guardar as coisas quando ouviu a chave ser colocada na maçaneta. Sua atenção se voltou rapidamente para a porta e ele se arrumou no sofá, ignorando toda a necessidade que estava sentindo pelo toque do namorado. Não gostava de parecer desesperado por algo, sem estar na cama, e ele queria jogar o jogo de Bruce, por quanto tempo conseguisse.
Bruce entrou em casa em silêncio, observou seu parceiro no sofá e pendurou seu sobretudo atrás da porta antes de ir até ele, deixando um beijo em sua bochecha e lhe dando boa noite em tom baixo, o que lhe foi respondido do mesmo modo. O moreno caminhou pela casa até a cozinha e comeu qualquer coisa que estava por lá, logo voltando para a sala. Angel acompanhou todas suas ações com um olhar discreto de soslaio. Ao chegar ao sofá novamente, Bruce largou seu corpo contra o estofado e apoiou a cabeça no encosto, estava cansado do trabalho, era verdade, mas não cansado o bastante para o que esteve pensando o dia todo.
Então, ele ajeitou sua postura e fitou para seu parceiro calmamente, correndo os olhos por todo corpo dele com um sorriso leve. Angel permaneceu em sua posição, retirando o doce de sua boca um leve barulho e o envolveu com a língua distraidamente, então mordeu seu lábio inferior devagar ao sentir o calor da proximidade de Bruce.

- Estive pensando em você o dia todo, baby... - o moreno finalmente disse após os momentos de silêncio

- Hm bom saber que tenho um lugarzinho especial nos seus pensamentos - Angel assentiu em tom baixo enquanto observava suas unhas - E talvez, eu também estivesse pensando sobre você

- Só talvez? - Bruce indagou em um sussurro ao ouvido de seu namorado e afastou algumas das mechas coloridas do cabelo dele de frente seu pescoço, respirando próximo a esse, o que causou arrepios na pele do outro

Angel sabia bem os efeitos que a voz profunda e rouca de seu parceiro causava em si, um calor familiar correu por seu corpo e ele apertou as coxas cruzadas com mais força, sentindo seu membro pulsar pela antecipação. Bruce observou os movimentos sutis do outro com um sorriso malicioso e pousou uma mão direita sob a base da coxa dele, segurando-a quase por inteiro e apertando-a com certa intensidade entre seus dedos longos, fazendo Angel ofegar baixo.