18* The truth untold

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Sem revisão

Nina tinha uma hora até os sete garotos desembarcarem e usaria bem esse tempo.

Em primeiro lugar comprou um milkshake de morango, esse é o primeiro passo para se enfrentar qualquer coisa, e depois ligou para a tia.

_ Você está bem? Aconteceu algo com você ou com seu pai? - A voz feminina disparou as perguntas ao atender, Nina suspirou já imaginava que seria assim, ela nunca fez questão de ligar ou dizer a verdade sobre o que estava acontecendo, não que a mulher fosse ruim... Muito pelo contrário ela era boa até de mais, e por esse motivo Nina nunca quis ser um peso morto para ela.

_ Oi, quanto tempo - Sua voz soou desanimada até mesmo para ela, tomou outro gole do sorvete a sua frente.

_ Fazem anos que não escuto sua voz - Respondeu com a voz levemente embargada.

_ Eu não fui uma boa sobrinha - Assumiu rindo da ironia do momento, ela não teria ligado se não tivesse se metido em problemas. - Tia, eu preciso te contar algumas coisas - Falou depois de respirar fundo, sentindo que poderia vomitar a qualquer instante de tão ansiosa que estava.

_ Primeiro me diga se está bem - Exigiu fazendo a culpa se alojar no peito da morena.

_ Eu estou bem, muito bem de verdade - Suspirou e esperou uma confirmação antes de começar a contar a história. - A Coréia é linda e morar lá agora é muito bom, eu tenho um bom emprego, amigos e uma espécie de família. - Ela pretendia continuar se não fosse pelo grito vindo do outro lado da linha.

_ Coréia? - Perguntou ainda gritando.

_ É tia, eu moro aqui a cinco anos - Nina explicou pacientemente.

_ Cinco anos?! Mentiu para mim por cinco anos, Nina Holly Castro! - Nina franziu o nariz a anos não escutava seu ultimo nome era estranho, como se não a pertencesse mais.

_ Tia - Tentou chegar logo na parte mais importante mais foi impedida novamente.

_ Carlos, sua sobrinha mora no exterior a cinco anos - Gritou, Nina bateu a mão na testa extremamente frustrada tomando mais um gole do milkshake.

_ Carol você ficou louca de vez, a anos ela não liga não passe o numero dos seus documentos de novo! - A voz masculina falou a fundo, a morena revirou os olhos se sentindo uma criança novamente, sendo ignorada quando era o assunto central da conversa.

_ Dessa vez é ela, eu não sou louca! - Gritou irritada com o marido. - Nina dê oi para o seu tio, coloquei no viva voz.

_ Oi tio Carlos - Falou começando a se sentir frustrada.

_ Puta merda é ela mesmo - A voz masculina ficou mais alta.

_ Aigo - Murmurou cansada, antes de xingar baixinho em coreano.

_ Você deve ter crescido tanto - Falou e Nina pode imaginar a cara do homem alto de cabelos negros e uma barriga redondinha como a de uma gravida.

_ Pois é tio, eu cresci... Eu juro que se me deixarem falar eu explico tudinho e se por um milagre eu conseguir concertar a merda que eu fiz eu vou visitar vocês daqui dois meses - Contou mantendo a voz estável.

_ Merda? - Perguntaram juntos, fazendo a menina suspirar.

_ Eu vou chegar lá, agora me escutem eu tenho trinta minutos agora para falarmos sobre isso e depois eu volto ao trabalho. - Avisou arrumando a postura. - Vou resumir, eu me cansei do meu pai sempre bêbado gritando para todo lado, me formei e graças a um dos caras do intercâmbio e faculdade consegui o contato de uma empresa que precisava de alguém que soubesse coreano, então eu fui era uma editora que trabalhava com uma plataforma digital e queria abrir uma área em português no aplicativo, eu fui para a coreia resolver isso, e acabou que não deu certo fiquei perdida aqui por um tempo, e encontrei um cara que me ajudou eu comecei a trabalhar e estudar novamente, depois eu consegui um emprego e depois outro e cheguei onde estou hoje.

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