O rapto de uma ladra

Capitulo 1

Angélica

- Esta será a ultima vez - digo

Continuo andando pela casa, que está num silêncio sepulcral vou andando cuidadosamente pelo corredor em direção ao escritório.

- pode seguir em frente Anja- diz Cass.

- Ok!

Vocês devem estar se perguntando o que passa, para eu andar cuidadosamente assim?! Simples! Vou resumir brevemente a minha vida e a quem me cerca.

Somos cincos garotas ou mulheres se preferirem assim, somos diferentes umas das outras. Moramos em um rancho no interior de Minas Gerais, fomos criadas pelo meu avô, um velho safado e malandro que fez a vida em Vegas. Somos eu, Inocência, Catarina, Castidade e a caçula do grupo Cruella, isso mesmo que você leu minha irmã caçula se chama Cruella ao longo da nossa jornada irão entender o porquê dos nomes e como cada representa a personalidade de cada uma. Nós trabalhamos com o perigo somos "ladras".

Olhando para nós não dá para acreditar que moças tão formosas e bonitas sejam criminosas, mas essa é a mais pura verdade não temos traumas que explique ou defina o nosso modo de vida escolhemos ser assim por opção gostamos de infligir as regras, não estamos nem aí para a lei exceto que ela não nos pegue. Eu sou como se diz a cabeça do grupo, faço os planos e o restante ajuda na execução dele.

Sendo objetiva eu recebo os pacotes com as encomendas Inocência faz a parte tecnológica, Catarina com a segurança e armamento não que precisemos matar, mas ela tem uma certa fissura em dopar as pessoas ou acerta dardos tranquilizantes digamos que a pontaria dela é certeira, castidade é a nossa distração ela adora ser o centro das atenções e a Cruella é a nossa mestre em fugas não sei como aquela tampinha consegue mas ela é versão do Jack Sparrow* mulher, ela é terrível.

Mas voltando a nossa missão, paro em frente à porta que dá acesso ao escritório .

- Cass como você está se saindo?- digo

- Estou arrasando gata!- diz a maluca

- Só espero que ela não tire a roupa dessa vez!- resmunga Catarina que me dá cobertura na entrada do corredor

- O quê você tem contra eu tentar sensualizar Cat?

- Sensualizar é uma coisa diferente de atentado ao pudor!

- eu não atentei ao pudor megera!- retruca cass

- Não?! Então aquela safadeza você chama de quê ou aspirante a Dita Von Teese!*

- Ah fica quieta megera você não entende o que é ser desejada!

- Eu já disse pra não me chamar de megera!- resmungou Cat

- Vocês duas podem parar e foco na missão ou vamos ser pegas e aí vocês poderão discutir no presídio de Brumadinho!- adverti as duas

- Ok!- disse Cat

- Ino como está o perímetro?

- Tudo certo Anjo

- Ok!

Entro no escritório vou logo em direção ao quadro que esconde o cofre digito a senha hackeada por Ino e o abro tiro os documentos que se encontra na pasta azul e o pendrive , pego tam algumas obras dearte que estão incluso no pedido.

- Ande logo Anjo que não vou conseguir distrai los por muito tempo!- me alerta Cass

- Uai cadê a "sensualização"?!- debocha Cat

- Isso não é hora para criticas Cat!- advirto

- Não está mais aqui quem disse

- Terminei!- exclamo guardando as encomendas

- Então vamos logo que essa budega já deu o que tinha que dar!- esbraveja Cruella impaciente como sempre

- Ok vamos! - dito isso saímos à francesa da festa

Dito isso voltamos cada uma para o salão de festas onde acontece o baile anual do banco que pertence ao senhor Cavalcanti que é um senhor podre de rico dono de um dos maiores bancos do vale do rio doce e região com sede em Belo Horizonte .Quando retorno ao salão Cass vem ao meu encontro seguida por Cruella.

- Eh aí podemos ir embora esses calçados estão me matando!- reclama a caçula do grupo

- Só mais um pouco e poderemos ir, não podemos levantar suspeita

- Tá bom mas seja breve meus pés estão sendo massacrados nesses saltos e fora que não suporto as investidas do seu Jovenino Junqueira, velho asqueroso!

- Deixa de implicância Ella e só está sendo gentil com você o que custa ser gentil com o pobre velhinho?!- disse Inocência calmamente

- Implicância uma ova ele é um tarado que adora moça nova, a todo momento quer dançar comigo

- Uai! Que mal há em dançar com ele?- pergunto

-O problema é que ele fica me apertando e olhando para o decote do meu vestido- reclama ela

- Agora tá explicado a razão dele não permitir que nenhum homem te chamasse para dançar!- diz Cass

- Que seja! Não suporto velho os únicos que ainda aturo são nossos avós...e meu tacho de pelar macaco tá furado e vamos logo tô com muito sono e fome não vejo a hora de voltar logo pro rancho minhas vaquinhas devem está sentindo a minha falta- resmunga como sempre

- Vamos vaqueira, acho que seu namorado será um boi- Cat faz graça com Ella e todas nós gargalhamos

- Não vi graça megera!

- Gente vamos amanhã temos que entregar a encomenda- digo já nos encaminhando em direção ao anfitrião da festa

- Senhor Wan Deer Maars! vinhemos nos despedir, já está na nossa hora e amanhã retornamos para o rancho- digo olhando para o senhor de postura austera e cabelos branco, barba por fazer bem aparada alto por volta dos seus 70 anos, tenho a impressão de que ele foi muito bonito quando jovem.

- Mas já?! Ainda não é nem meia noite e as mais belas damas já estão de partida?- reclama ele

- Senhor compreenda só viemos mesmo representar os nossos avós que não puderam deixar o rancho- disse Ino de forma complacente

- Ok! Eu compreendo, mas parem de chamar de senhor chame - me Pedro por favor!- salienta ele mais uma vez que encontra a gente

- Tá bom mas realmente estamos indo, mas não deixe de nos visitar lá no rancho!

- Pode deixar e também levarei o meu neto para que vocês possam conhecer, então até logo garotas e vão com cuidado qualquer coisa peço ao meu motorista para levarem as damas.- oferece ele gentilmente, mal sabe ele que acabamos de rouba - lo descaradamente

- Não precisa viemos de carro então muito obrigado por sua gentileza- disse Catarina

- Ok até então- disse beijando cada uma de nos

- Até senhor Caval... quer dizer Pedro- disse e fomos embora

Missão quase cumprida agora só nos resta a entrega e finalizamos nosso ultimo roubo para podermos desfrutar dos anos que restam aos nossos avós.

- Vamos meninas amanhã quero finalizar a entrega e voltar pro rancho - digo entrando no carro e indo para o hotel amanhã será a entrega da encomenda e tenho a impressão de que não será nada fácil.