NA "SALA DE AULA"

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— Victor, para! — Bárbara ri quando o moreno a prensa contra uma das prateleiras de madeira da biblioteca da escola.

— Estou com saudades, amor. — ele tenta beijá-la mas é impedido quando ela desvia do seu corpo.

Faltavam apenas 10 minutos para o sinal tocar e os dois estavam ali, escondidos na parte mais afastada da biblioteca se agarrando.

O moreno estava morrendo de saudades da amada, havia ficado fora da cidade por quase uma semana inteira visitando os avós que moravam em Liverpool, há duas horas de Londres.

Apesar das chamadas de vídeo constantes o moreno sentia falta de algo mais íntimo com a garota, haviam tentado fazer o tão comentado sexo por telefone, mas quando estavam prestes a começar, a avó de Victor entrou em seu quarto quebrando todo o clima pedindo para o neto ir ao mercado comprar café e leite. Babi se acabou de rir da cara decepcionada que ele ficou.

— Eu sei, eu também senti a sua, mas estamos no colégio. Por que não espera até a noite, hum? — acaricia a face do garoto emburrado que não se conformava com a rejeição.

Victor é aquele típico playboy rebelde que adora quebrar regras, já Bárbara é aquela garota misteriosa que sentava sempre próxima a janela, pouco conversava e poucos sabiam sobre sua vida. Um verdadeiro mistério. Isso até Victor se interessar, ele não a conseguiu tirar da cabeça desde que a viu pela primeira vez pelos corredores.

— Tenho uma ideia melhor. — ele a puxa pela cintura, colando novamente seus corpos — Por que não vamos para minha casa e ficamos o restante da merda desse dia todo fazendo o que fazemos de melhor? — planta um beijo em seu queixo descendo pelo pescoço a arrepiando com beijos quentes e molhados.

— E o que é que fazemos de melhor? — perguntou com um sorrisinho sentindo os lábios macios provocando sua pele.

— Fodemos até a porra das camisinhas acabarem, querida. E eu tenho muitas. — sussurra a última frase próximo ao ouvido da garota, dando uma mordida em seguida.

Passos sente seu ventre se apertar em desejo, ela o queria muito, nem sabia que era capaz de sentir tanta vontade de algo como estava sentindo de tê-lo, mas, seu bom senso de sempre fazer o certo não a permitiria sucumbir a esse desejo. E por isso, juntando todo seu auto controle ela se afasta recusando o convite depravado do namorado.

— É uma ideia tentadora, amor. Mas não vai rolar. — o sinal toca no mesmo instante fazendo Augusto revirar os olhos em tédio, Bárbara segura seu rosto entre as mãos deixando um selinho rápido em seus lábios — À noite eu serei toda sua, tá legal? — dá uma piscadela e saí do canto escondido arrumando a saia do uniforme, seguindo para sua primeira aula.

O que Passos não sabia era que essa sua frase só havia deixado o moreno com mais desejo ainda e sua imaginação fértil criando momentos que o estavam deixando duro facilmente.

As horas pareciam levar uma eternidade para passar, os ponteiros do relógio sobre o quadro branco demoravam uma década para girar. As duas primeiras aulas foram um tédio para o moreno que não se concentrava em nada que os professores explicavam à frente.

Quando o sinal toca para o terceiro horário, Victor se anima um pouco por ter a mesma aula que a garota, ao menos não seria tão entediante os próximos 40 minutos e quem sabe a convenceria de irem embora...

Nos corredores agitados pela troca de aulas, ele a encontra próxima de seu armário trocando o material. Ela ficava perfeita dentro daquela saia vermelha do uniforme que revelava muito das suas coxas grossas, ele não se incomodava com os olhares que a via receber, sabia que ninguém ali seria capaz de mexer com sua garota, o último que tentou não saiu com menos do que um olho roxo e nariz quebrado.

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