Love & War - dorlene (cap.1)
Marlene adorava quartas-feiras, realmente adorava, nesses dias ela tinha sua aula favorita da escola - história, ainda mais quando se trata sobre guerras - e no final do dia sempre passava na lanchonete com seus amigos Sirius, James e Alice, que ficava perto do local onde estuda. Contudo, apesar de apreciar esse dia da semana, ela nunca fica contente. Tendo seu irmão em casa - Rick - ela nunca tinha paz suficiente para acordar em harmonia, por isso, ela sempre coloca sua playlist de música pop e esquecia que todos existiam, era só ela e o mundo, e o mundo e ela.
Ainda eram sete e trinta e quatro da manhã, a adolescente havia acabado de acordar, quando sua mãe invade seu quarto, sem ao menos bater.- Nós iremos nos mudar. - disse em prontidão.
- Quê? - Marlene ainda estava sonolenta, não escutou sua mãe direito.
- Nós iremos se mudar, Marlene. Os papéis do divórcio com seu pai chegaram e, bem, a pensão que ele paga à você e seus irmãos, junto com o meu trabalho, não é suficiente para pagar o aluguel daqui. Iremos pra casa casa da sua vó. - a mãe da menina falou tão rápido que nem deu tempo de se protestar, já que rápidos cinco segundos de silêncio ela volta a falar - Nós vamos sexta, logo, assim que chegar da escola comece a arrumar suas coisas. - e simplesmente se retirou do cômodo.
Inacreditável.
INACREDITÁVEL!
Marlene não podia se sentir mais frustada. Sua vida estava dando tão certo, quase superando a saída de seu pai de sua vida, seus amigos pararam se tratar ela como uma pobre criança indefesa, e finalmente conseguindo se sair bem na escola, logo agora sua mãe tinha que destruir a única coisa que deixava a jovem feliz, de novo.
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Já Dorcas, bem, Dorcas gostava de todos os dias, literalmente. Ela poderia ser vista como a adolescente que tem tudo do melhor e não existe razões para se sentir mal, e ela quase assim. Amanhecia junto com o nascer do sol, alimentava os animais da fazenda onde vivia, e depois colhia frutos para seu café da manhã. Quem a vê, pensa que é uma genuína caipira do interior, que não enxerga o lado ruim da vida, sendo que não é nada disso. Vivendo ao lado de seus avós desde os 11 anos, a jovem já tinha passado por muita coisa. Seus pais morreram quando um tempo após quando a criança havia completado 11 anos. Morreram no trânsito, quando um caminhão bateu no carro onde estavam. Felizmente, ela não estava com eles. Além disso, ela também sofreu racismo nas últimas escola em que esteve, e isso ainda mexe com ela, suas cicratizes, podendo levar como algo literal, ainda não foram completamente cicatrizadas, e talvez nunca sejam.
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- Oh querida, que notícia boa! Não irá ficar mais sozinha nesse casarão, né? - risadas - Não, claro que não. Vai fazer bem para as crianças, a cidade está muito perigosa e tóxica, na nossa época nao era assim. Não vejo a hora de vê-las! Já fazem tantos anos....Ah, sim claro, claro, pode ir! Te ligo mais tarde, beijinhos! - fim da chamada - Bom dia querida Doe, como dormiu esta noite?- Bom dia vovô, dormi bem, apesar de ter demorado um pouco com o barulho da chuva. Com quem estava falando?
- Hm, sim claro! Uma notícia maravilhosa, minha filha! Estava falando com Aurora, e ela me contou que sua filha virá passar um tempo morando com ela, e trará seus filhos. Pelo o que ela me contou, uma é da sua idade, inclusive. Viu como não é ótimo? Finalmente terá uma amiga de sua idade morando perto de você!
- Vovó!
- Desculpe querida, mas não entendi essa repreensão, você sabe que é verdade, não vejo motivo para reclamações.
- Não, você está certa. É só que... você sabe como sou péssima para fazer amizades.
- Claro que sei, mas Aurora é uma boa pessoa e tenho certeza que criou os filhos muito bem, com eles também não. Então não se preocupe, tudo dará certo.
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- Como!? ‐ se fosse para descrever as feições de Sirius Black ao falar essa simples palavra como engraçada, seria eufemismo, então, podemos dizer que ele teve a sua feição mais expressiva possível ‐ Você não pode estar falando sério, não, sua mãe não pode estar falando sério, você não pode se mudar! Quem vai me ajudar nas aulas de história? Ou então a fazer meu delineado no olho direito? Me diz Marlene, quem!
- Sirius, relaxa. Tenho tudo sob controle, eu vou morar com minha vó, mas vai ser por pouco tempo, eu vou procurar um emprego, e com o dinheiro eu uso pra conseguir algum apartamento pequeno, ou nem que seja um trailer! Mas se acalma, não é como se eu estivesse indo pro México.- Não chame a praga, Marls. Tudo é possível nessa vida, Deus me livre você ir pra outro país. Quando falei que te queria longe era brincando - e esse, era James. - Bom já sabe como viver como uma garota da roça?
- Não venha com piadas, Potter. Não é desse jeito que funciona, além de que, já fui várias vezes lá antes. Bem, eu era pequena, mas não importa. Lá não é uma caverna, o mundo tá atualizado, se liga.
- Ok, ok. Só queria tirar o climão, militante - disse se rendendo, em meio a risadas.
- James Potter seu... - Que má sorte Marlene estava tendo naquele dia - Meu Deus, me desculpa me desculpa, não te vi. Oh, deixa eu ajudar você aí, vai.
Nota mental: Nunca corra atrás de James Potter, sujeito à esbarrar em alunos do corredor.
- Não precisa, relaxa. Tá tudo bem.
Marlene nunca tinha a visto. Era um pouco mais baixa que ela, mas seus cabelos sedosos e volumosos a davam um pouco de altura. Ela era linda.
- Preciso sim, ora essa! Te deixei cair no chão, no meio do corredor enorme, na frente de todo mundo. Pra mim isso seria um pouco humilhante.
- Mas pra mim não. Já disse que está tudo bem. Normal acontecer isso com garotas que correm feito malucas no meio de um corredor. Já passei por coisa pior.
- Como? Eu só estava tentando ser legal, ok? Mas tudo bem, entendi que você é uma mulher que acha que não precisa de ajuda. ‐ Marlene havia começado a se estressar.
- E sou mesmo, passar bem Mckinnon. ‐ e se retirou do cômodo.
A garota não entendia. Ela não tinha feito nada de errado, tinha? Só havia sido educada - e paciente -, não entrava na sua cabeça como alguém podia ser tão amarga. E ela ainda sabia seu sobrenome (provavelmente nome também), como? Ela nunca tinha visto aquela garota na escola. Ela estava curiosa, muito mesmo, porque de um jeito, ou de outro, algo na misteriosa garota chamou atenção de Marlene. E ela queria saber quem ela era. Só não imagina que está mais perto do que imagina
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Love & War | dorlene
FantasyOnde Marlene Mckinnon vai ter que se deslocar do único lugar que a faz se sentir ela mesma, a cidade, e morar com sua avó Ou Onde Dorcas Meadowes tem sua paz interrompida após a mudança da filha e netos da sua vizinha.