|CAPÍTULO 34|

545 67 7
                                    

Acordei em uma cama diferente com uma pessoa diferente, normal para mim. Assim que me levanto escuto Stefan falar.

- Se eu soubesse que você era tão boa de cama assim, teria desligado antes - ele diz nos fazendo rir.

- Ninguém nunca reclamou, e não é hoje que vão - digo me vestindo e saindo do quarto e acabo esbarrando em alguém.

- A noite foi boa Kylie? - Rebekah me olha como um leão olha para a caça antes de comê-la.

- Não posso descrever em palavras - ela me encara desacreditada - Mas não tão quanto a nossa noite - passo a mão pelos cabelos louros dela, antes que eu pudesse falar qualquer outra coisa ela bate em minha mão.

- Não foi o que pareceu enquanto você gemia - desviou o olhar para a porta e logo olhou pra mim - gemia o nome dele... depois de tudo Kylie...

- Oh por favor Bekah, não é como se estivéssemos casadas ou algo parecido - disse e fui para o meu quarto a deixando para trás.

Tomei um banho, me arrumei e desci para o café da manhã. Klaus estava sentado lendo um jornal e Rebekah... bom, ela parecia que mataria qualquer um que falasse ou até mesmo olhasse pra ela. Stefan desceu depois de mim, Klaus como sempre aproveitou para fazer daquilo uma discussão maior.

- Kylie, confesso que achei que ficaria com a minha irmã - ele dá o típico sorriso Mikaelson, a outra original o olhou, apenas um olhar para fazer daquilo um alvoroço - Qual é Rebekah, ela que transa e é comigo que você fica bravinha? - disse debochado

- Isso é culpa sua, tudo é culpa sua - ela se levantou e o original parou de frente pra ela

- O que exatamente é culpa minha? - Klaus disse a olhando nos olhos

- Tudo, não ficou claro pra você? - ela deu um sorriso com escárnio - Minha vida é uma bagunça Nick, nunca sei se posso me divertir por que a qualquer momento o "híbrido mal" pode vir a tona e me enfiar em um caixão - os olhos da mesma lacrimejam - Eu perdi o meu direito de viver, por que a qualquer momento eu vou ser apagada e acordarei em décadas ou até mesmo séculos depois sem saber como me comportar ou agir! - Klaus está sem nenhuma expressão

- Tá sério aqui né? - Stefan cochicha pra mim

- Fica quieto eu quero escutar - cochicho de volta

- Não verei pessoas que amo por uma última vez por que elas morreram enquanto eu estava presa na porcaria de um caixão! - ela empurra Klaus - E depois de toda essa merda, quando acho alguém que finalmente me ama, você vem e tira ela de mim, de novo - Klaus está paralisado - parece que o "sempre e para sempre" foi só uma invenção para o tonto do Elijah ficar e ajudar você a reunir a porra da "família" - ela sai da sala assim que termina de falar e Klaus ficou parado lá , olhando pro nada, digerindo todas as palavras ditas por Bekah, que não eram nenhuma mentira. Klaus a prendeu muitas vezes, ele não é nenhum Deus pra decidir quando as pessoas podem ou não viver "em alguns século talvez.." as palavras ditas por ele no dia em que fiz o acordo ressoam em minha cabeça.

- Saiam. - Ele diz calmo, eu me viro pra sair mas Stefan fica parado. Eu o puxo pelo braço lhe dando um olhar de repreensão.

Alguns dias se passaram desde a briga dos originais, eu não tinha feito quase nada ultimamente. Estava tudo" bem", exceto por alguns pesadelos que vinham me acordando de madrugada. Toda noite eu acordava suada com cabelos molhados e um calor sem igual. Quando isso começou a acontecer e eu não percebi?

Era quase cinco da manhã quando novamente o pesadelo me acordou. Não me lembro com o que sonho, só sei que é agonizante, talvez pior.

Me levantei da cama e fui até a cozinha para tomar um copo de água, mas antes que eu pudesse chegar lá, escutei um barulho de vidro quebrar. Em um vulto fui até o barulho, Klaus, bêbado como quase sempre.

- O que acha que está fazendo? - olhei para o chão, uma foto da família dele, cacos de vidro e uma moldura quebrada rodeavam a pequena imagem.

- Destruindo tudo como sempre - ele diz e se senta no sofá, nos encaramos por um tempo.

- Bom, eu vou beber águ...

- Você acha que eu sou uma pessoa ruim? - ele me interrompeu - Sabe, eu sei que sou ruim mas eu falo em questões de afeto.. - ele me olhou esperando por uma resposta sincera

- Klaus você tem o seu jeito, não sabe demonstrar carinho ou afeto de fato - ele me olha como se aquilo fosse óbvio - Você me fez desligar a humanidade por que sabe que assim eu sou "mais forte" - fiz aspas com as mãos - Mas só pensou em você quando fez isso - me sentei ao lado dele - Eu era a pessoa dela, e ela a minha, mas agora não importa mais. - não dei muita atenção para o assunto, me levantei para ir até a cozinha.

- Como antes você conseguia sentir alguma coisa, e agora não? - pergunta confuso.

- Eu tive a minha humanidade trazida de volta aos poucos, se isso é possível. - ele acenou com a cabeça em sinal de concordância e me voltei para o meu caminho mas parei e olhei por cima do ombro - Nem sempre estar com a humanidade ligada e amar alguém quer dizer que você é fraco, pelo contrário, o amor te faz forte...

Voltei para o meu quarto e deitei na cama, pensando em tudo o que eu tinha falado.

Algumas noites se passaram, ainda acordava suada de madrugada por causa dos pesadelos que nunca paravam. Klaus e eu conversávamos todas as noites nas quais eu ia beber água para me acalmar dos pesadelos.

Amor & Ódio ↳CONCLUÍDA↲Onde histórias criam vida. Descubra agora