Através do Tempo - SUPERCORP

Capítulo I

Oi pessoas, essa fic é uma ideia que tive, louca como todas as outras. Espero que gostem.

POV. Kara Zor-El

FLASHBACK ON - Era Pré-histórica milhares de anos A.C

Não há muito o que dizer sobre esse período da minha vida, não falávamos, na verdade grunhíamos e rosnávamos uns para os outros. Tomávamos tudo através da força e violência, foi num desses confrontos que perdemos nosso abrigo para um grupo maior, então eu, meu pai e mãe partimos em busca de um abrigo seguro e quente, nós vagamos e não achamos um local, não tínhamos comida e nem água, o frio glacial nos impedia de achar qualquer coisa ou ser vivo. Paramos numa pequena encosta para nos proteger do vento, mas isso mal fazia diferença, apesar de não saber na época estávamos enfrentando um inverno rigoroso. Seria o nosso fim, morreríamos congelados a qualquer momento, pois mal conseguíamos nos mover, o céu escureceu mais uma vez e eu fechei meus olhos sem saber se iria abri-los novamente, de repente uma luz ofuscante iluminou os céus, que ganhou um brilho vermelho, há alguns metros de onde estávamos um estrondo nos despertou e o pico de adrenalina nos fez levantar para nos protegermos. Guiados pela curiosidade nos locomovemos até a cratera brilhante que iluminava a noite, no centro do buraco havia uma rocha vermelha vibrante. Acuados meus pais correram e tentaram me levar junto, mas perto da pedra estava quente, da nossa forma tentei levá-los mais próximo da pedra para nos aquecermos, foi inútil com medo e achando que eu havia enlouquecido meu pai me jogou na cratera e se afastou junto com a minha mãe. Agíamos por instinto nessa época, e o instinto do meu pai dizia que era perigoso, o meu dizia que era a nossa salvação.

Aceitando meu destino eu me aproximei da rocha, tentei tocá-la e queimei a mão, sentei ao seu lado de uma distancia segura e adormeci me sentindo aquecida, não sei quanto tempo passei ali inconsciente, mas quando acordei me senti revigorada, minha mão já nem tinha mais a marca da queimadura, levantei e fui em busca dos meus pais na esperança de convencê-los a se aquecer junto a pedra misteriosa. Infelizmente só encontrei morte, eles haviam congelado, chorando eu fiz o que me foi ensinado, procurei pedras e fiz dois montes cobrindo seus corpos, demorou muito tempo, pois tinha que cavar na neve. Estranhamente o frio não estava me afetando e não sentia fome ou sede, voltei pra perto da rocha e me sentei ao seu lado novamente, depois de um tempo um jovem lobo muito machucado se aproximou atraído pelo calor, me levantei assustada, mas ele estava tão fraco que não se importou comigo, resolvi ajudá-lo e peguei um pouco de gelo numa terrina de barro que estavam com meus pais, ao me aproximar do calor da pedra o gelo derreteu, lavei seus ferimentos e rasguei um pedaço da pele que cobria o meu corpo e amarrei no maior ferimento, ele tomou um pouco da agua e deitou a cabeça no meu colo, me agarrei ao lobo gigante e adormeci novamente. Ficamos próximos a rocha até ela perder seu calor, nem eu nem o lobo sentíamos fome, sede ou frio.

Os anos foram se passando e chegou a grande noite, uma rocha caiu dos céus e diferente da que encontrei, essa só trouxe destruição e demorou muito tempo para que a luz do sol voltasse a brilhar, as vezes eu tinha o pensamento de que só eu e o lobo estávamos vivos, mas quando a luz do sol voltou a brilhar a terra ganhou vida novamente, era diferente do que estávamos acostumados, mas mais uma vez nos adaptamos.

Vimos as primeiras civilizações nascerem e eu aprendi a falar e me portar de forma menos selvagem, mesmo assim eu e Leoch, o lobo que havia se tornado meu companheiro e amigo, preferíamos a floresta. Percebemos que diferente de todos os seres vivos, que nasciam, cresciam e morriam, eu e Leoch continuávamos os mesmos imutáveis através do tempo. Então os monstros que no futuro se tornariam mitológicos nos acharam, eles tinham a aparência humana, mas estavam longe de serem humanos, houve uma luta e eu fui subjugada e o líder deles me mordeu, estranhamente ao beber meu sangue ele morreu e eu me tornei uma vampira.