POV. Sam Árias
Deixei Lena resolvendo as coisas com a Laurel e fui atrás da minha amiga, Kara ficou chateada e não gosto de vê-la assim. Entrei na pequena floresta que ela tinha planos de transformar pelo que havia me falado, a propriedade era grande e muito mal aproveitada.
Vi primeiro Leoch em toda sua gloria gigantesca, aquele lobo parecia cada vez maior. A loira estava sentada numa arvore olhando pra o céu, subi e me sentei ao seu lado.
- Você ficou chateada.
- E como não ficaria, eu disse que estava apaixonada por ela. – Kara disse ainda irritada.
- Lena é orgulhosa Kah, ela não quis lhe ofender. É difícil pra ela aceitar todo esse cuidado e proteção, pra ela carinho sempre veio acompanhado de ódio e chantagens.
- Eu não tenho essa intenção Sam, faz um mês que a conheço e deixei bem claro que não sou uma pessoa má. – a loira estava desolada. – E agora tem o nome dela. Sam ela não pode ser a filha perdida da Louise.
- Eu nunca soube do nome do meio dela, e nem me toquei quando fiz os contratos da LCorp. – disse sincera. – O que você vai fazer?
- Eu vou investigar os Luthors e depois entrar em contato com a Louise, ela seria capaz de reconhecer a própria filha. – Kara disse. – Vou precisar viajar pra cancelar alguns contratos pessoalmente com minha mãe e irmã.
- Você vai fazer isso mesmo? Na ultima vez não chegou a tanto.
- Na ultima vez os Olsen não estavam controlando elas e não quero eles controlando um centavo meu. – ela me disse. – você falou com a Laurel?
- Sim ela vai me representar, eu gostaria de ir buscar minhas coisas você pode me acompanhar?
- Agora? – ela questionou.
- Sim, não quero prolongar mais isso.
- Sam a Alex ta sendo manipulada...
- Você sabe muito bem que a pessoa pode resistir, esse já devia ser um pensamento delas.
- Sim eu entendo, mas mesmo assim não é o natural delas.
- Kara Zor-El não seja condescendente, se ela pudesse Eliza tinha te prendido com magia.
- Eu fiz um feitiço de proteção que me torna imune a magia, a Louise me ajudou com isso.
- Se ela lhe ajudou ninguém é capaz a não ser ela mesma de quebrar essa proteção.
- Sim, ela é incrível. – Kara sorriu. – Mesmo com a perda da filha ela se manteve sã.
- Sim, ela me ajudou muito por causa da Ruby. – olhei a loira séria, pois passou um pensamento na minha cabeça. – Vocês já?
- Não Samantha! Ela é só uma amiga.
- É que você passou tanto tempo na Irlanda com ela. – Justifiquei.
- Eu ajudei com a busca da filha dela e a ajudei com as coisas da Morgana e ela estava recém transformada.
- Será que não é melhor você ligar pra ela vir verificar a Lena?
- Não! Ela já sofreu demais por conta disso, não quero machuca-la.
- Você é um anjo Kara. – ela sorriu triste. – Se ela for a filha da Louise, além de ser descendente direta da sua amiga fada, ela estava destinada a reinar ao seu lado sobre todos os imortais.
- Eu nunca quis ser parte do conselho supremo, Louise faz isso muito bem no meu lugar.
- Sim ela colocou ordem nas coisas, mas se a Lena for filha dela...
- Eu não vou transformar a Lena contra a vontade dela e muito menos me unir em um casamento arranjado. – Kara disse séria.
- Querendo ou não você é a única vampira suprema que existe e se a Lena for quem achamos que é, ela é a única que se igualará a você.
- Vamos buscar suas coisas Samantha. – ela disse e pulou da arvore.
- Kara...
- Não Sam! Vamos logo. – ela disse sem paciência.
*********************************
Entrei no meu apartamento e fui até o escritório, peguei uma das mochilas e coloquei meus documentos e contratos pessoais. Deixei na sala e fui com algumas malas até meu quarto, quando abro a porta me deparo com a ultima pessoa que achei que estaria aqui.
- Alex você já... – Ela se calou quando me viu.
Ignorei a dor no meu peito e fui até o closet com as malas, coloquei minhas roupas e pertences pessoais e a caixa com as lembranças da minha filha, peguei minhas joias no cofre junto com alguns documentos e voltei pra pegar no meu criado mudo meu notebook e tablet.
- Você não pode pegar as coisas daqui. – Kelly disse.
- Eu posso sim, só peguei o que era meu e pelo que me consta ainda sou casada com a Alex. – disse séria. – Então como você deve saber eu ainda tenho direito.
- Não por muito tempo. – ela disse.
- Sabe Kelly, a diferença entre eu e você é que eu não vivo de ilusões, eu fui amada. – ela ia se levantar e eu a parei. – Faça bom proveito e nem ouse vir me atacar.
Kara estava na sala e me ajudou a levar tudo para o carro, ela passou no apartamento da Nia e avisou que iam viajar amanhã. Não demorou muito ela voltou pra o carro.
- Você está bem? – Kara questionou.
- Vou ficar. – ela assentiu e dirigiu em direção a mansão. – Você volta quando?
- Quando eu romper todos os contratos, Alex entrou em contato para eu vender minhas ações no hospital e disse que manteria a parte dela no acordo... – a cortei.
- Eu não quero que você perca dinheiro por minha causa.
- Não vou, aquele hospital é um sonho da Eliza não meu. – ela disse. – E você é como se fosse uma irmã pra mim Sam, eu daria essas ações pra que você não fosse prejudicada.
- Você vai falar com a Lena? – mudei de assunto.
- Não! Acho melhor assim. – ela disse. – Quando chegar eu vou arrumar uma mala e vir pra o apartamento da Nia. Tenho muita coisa pra fazer, vou só avisar a Laurel.
- Você tem certeza?
- Sim tenho, cuide dela pra mim.
- Eu vou.
Como ela disse assim que chegamos na mansão Kara fez uma mala pequena, pegou sua mochila com os documentos e computador, se despediu do Leoch e foi pra casa da Nia.
****************************************
POV. Lena Luthor
Depois que voltou com a Sam, Kara fez uma mala pequena e viajou, sem nem se despedi. Sam disse que ela ficou chateada e que precisava resolver uns problemas e que seria perfeito pra Nia ir se habituando.
Achei que ela estaria aqui para a audiência de guarda da Lori, Laurel montou uma defesa perfeita em dois dias, desconfio que a Kelly Olsen seja a melhor porque usa os poderes mentais.
Estava ansiosa, daqui a pouco saberia se ia conseguir minha filha de volta ou não, mas tudo o que eu queria era um abraço da loira, que eu chateei por orgulho. Creio que duvidar do que ela sente por mim, foi demais. Peguei meu celular pela milésima vez nesses dois dias, pensei em mandar uma mensagem, mas o que eu iria mandar. “Desculpa Kara eu sou uma covarde orgulhosa!”, talvez deva mandar isso mesmo, ou “ Você poderia ter se despedido”. Eram muitas coisas que eu queria dizer a ela e o que venceu foi a saudade.
*Chat Kara On*
L: Sinto sua falta!
K: Eu também.
*Chat Kara Off*
Foi a única resposta que obtive e não tive coragem de mandar outra, espero que não demore pra ela voltar.
- Lena? – Laurel me chamou. – Está na hora.
Assenti e entrei na sala do juiz para audiência, meu irmão estava lá ao lado do Jack e seu advogado. Me sentei ao lado da Laurel e senti medo, a presença do Lex só significava que ele comprou o juiz.
Quando o nome do juiz foi anunciado, Lex ficou vermelho de raiva e trocou olhares com o advogado e o Jack.
A juíza Megan se sentou e nós fizemos o mesmo.
- Bom dia! Damos inicio a audiência de guarda da menor Lorelai Luthor Spheer. Advogados há acordo?
- Não meritíssima. – Laurel disse e o advogado do Jack também.
- Com a palavra o advogado do sr. Spheer.
- Meritíssima, meu cliente tem provas de que pode criar e dá um futuro melhor para menina. O que a mãe não poderia, ela vive de favor na casa de um affair. Como pode ver temos até o apoio do tio da menor que apoia que a guarda seja mantida, pois conhece bem o caráter volúvel da mãe.
- Protesto! – Laurel disse firme. – O meu colega está denegrindo a imagem da minha cliente por meras suposições, sem prova alguma.
- Aceito. – A juíza disse. – Retire dos altos.
- A criança mal tem contato com a mãe, sempre foi assim. – o advogado continuou. – Mesmo quando a requerente tinha a guarda compartilhada, ela mal ficava com a filha.
Eu ia retrucar, mas a Laurel fez um gesto pra que eu ficasse calada.
- Eu peço encarecidamente que vossa excelência mantenha a guarda da menina com o pai, que a ama e pode lhe dar um futuro melhor. – Terminou o advogado.
- Com a palavra a Advogada da requerente.
- Seria lindo o discurso do meu colega se ele valesse na pratica. – Laurel disse. – Aqui está o inventario dos bens da minha cliente e a escritura da mansão em que ela vive. – Lex arregalou os olhos. – Como podem ver minha cliente tem total condições de criar e dar um futuro próspero a filha. – A juíza fez sinal pra que ela continuasse. – A Srta Luthor sempre foi uma mãe dedicada e esteve presente na vida da filha, diferente do que o meu colega disse. A criança foi arrancada dela de forma cruel, uma decisão duvidosa devo acrescentar. Mas o mais importante é que minha cliente nunca teve a chance de depor ou se defender.
- Vá direto ao ponto doutora. – A juíza pediu.
- Aqui estão os testes de paternidade, a criança Lorelai Luthor nunca foi filha do Sr. Spheer. – Laurel entregou as provas e Lex se pronunciou.
- ISSO É UM ABSURDO! – ele gritou. – Eu exijo que essa audiência seja cancelada.
- E quem é o senhor pra exigir coisa alguma no meu tribunal?! – a juíza disse.
- Eu sou um tio muito preocupado com o futuro da minha sobrinha.
- Vejo que o senhor se preocupa mais que o suposto pai. – ela disse e se dirigiu a Laurel. – E quem é o pai?
- Minha cliente foi vitima de uma abuso e dessa violência nasceu a menina. – Laurel explicou. – Ela não mencionou antes pois só conseguiu as provas recentemente.
- E onde estão as provas? – A juíza questionou, Laurel pegou um tablet e entregou na mão da juíza junto com um pen drive com a cópia.
A juíza viu a gravação que começava com o Lex me drogando e depois entrando no meu quarto, junto com o Jack e me inseminando. Depois ela viu o próprio Jack me estuprando enquanto eu estava desacordada.
- Como pode ver, minha cliente sofreu uma violência vinda da própria família e noivo. Como ela não se lembra do ocorrido, deu seguimento ao relacionamento e posteriormente a gravidez. – Laurel disse. – Peço meritíssima que devolva a filha sua mãe e puna os culpados por estupro.
O advogado deles não tinha mais o que fazer, meu irmão e Jack estavam surpresos, eles nunca acharam que eu ia conseguir essa gravação.
-Não tem mais o que considerar nesse caso. – A juíza disse. – Decreto que seja devolvida a guarda pra mãe imediatamente e que o nome do progenitor seja tirado do registro da criança. – eu respirei aliviada. – E os senhores estão presos.
Ela bateu o martelo e a policia do tribunal entrou e levou meu irmão e o Jack.
- A Assistente social junto com sua advogada e a policia vão buscar a sua filha srta Luthor. – ela informou e eu assenti. – Essa audiência está encerrada.
Eu abracei a Laurel e agradeci chorando, finalmente eu ia ter minha filha de volta.
Na saída Laurel foi com a assistente social e um policial buscar minha filha e eu fui pra mansão, Deus como eu queria abraçar minha pequena.
Quando entrei na mansão dou de cara com um anjo, que achei que não ia ver tão cedo. Corri e pulei nos seus braços, Kara me segurou firme e eu chorei de felicidade e por incrível que pareça de saudade.
- Eu consegui Kara! Minha filha!
- Cadê ela? – a loira questionou.
- A Laurel foi buscar. – ela me abraçou mais forte e me levou até a sala.
- Eu sabia que ela ia conseguir. Você merece Lee e sua filha mais ainda.
- Graças a você. – eu disse e sai do seu colo. Então lembrei do motivo que ela foi embora. – Kara me perdoa! Eu te magoei, não devia ter falado daquele jeito e nem duvidado de você. Me perdoa! E não vai mais embora por favor! Eu senti tanto sua falta e você nem se despediu. Tudo culpa do meu orgulho bobo e meus traumas... Me perdoa Kah!
- Lena calma! – ela me puxou pra os seus braços de novo. – Eu também agi por impulso e sai sem conversar com você. Não há o que perdoar princesa. – eu enrijeci com o apelido.
- Por favor não me chama assim. – implorei e ela me olhou sem entender. – Lex me chamava de princesa perdida e isso me causa uma dor tremenda.
- Eu não sabia. – ela disse sincera e me deu um beijo na testa. – Não chamo mais.
- Obrigada por está aqui Kara! Obrigada por tudo! Sem você eu não teria conseguido ela de volta.
- Claro que teria. – Kara sorriu. – Você é Lena Luthor...
- Kieran Luthor. – eu a corrigi. – Graças a deus eu puxei a minha mãe e não ao meu pai.
- Você conheceu sua mãe?
- Não, me disseram que ela morreu quando eu tinha quatro anos.
- Disseram o nome dela? – A loira questionou.
- Sim, era Louise Kieran. – eu respondi e a loira me encarou surpresa. – Lilian me mostrou a matéria do acidente que ela morreu e o atestado de óbito. Eu fui parar num orfanato e eles me adotaram, descobri na gala que eu era realmente filha do Lionel, ele até chegou me falar, mas não levei a sério, quando o Lex falou eu soube então que era verdade e não mais um truque.
- Lee... – Kara ia falar alguma coisa, mas a campainha tocou e eu levantei correndo pra atender.
- Mamãeeeee! – Lori gritou e saiu correndo até mim.
- Minha pequena gênia! - disse ao abraçar minha filha. – Eu estava morrendo de saudade!
- Eu também mamãe! Mas o Jack disse que eu não podia mais te ver. – ela disse triste. Lori nunca chamou o Jack de pai, ele nunca deixou agora eu entendo o porque.
- Agora você vai ficar com a mamãe pra sempre pequena. – ela me olhou sorrindo e eu emocionada.
- Duas Luthors contra o mundo! – Lori disse animada.
- Isso mesmo pequena. – abracei ela mais forte ainda.
Antes que pudesse entrar com minha filha, Laurel pediu pra eu assinar a papelada coisa que eu fiz sem ler confiando na advogada. O policial e a assistente foram embora e Laurel entrou comigo e minha filha.
A advogada cumprimentou a loira que estava emocionada vendo a cena comigo e minha filha.
- Kara! Eu achei que ia demorar mais. – ela disse. – Conseguiu resolver tudo?
- Sim foi mais tranquilo do que eu pensei, o problema maior está aqui. – ela falou pra amiga.
- Mamãe quem é? – Laurel sussurrou no meu ouvido.
- É uma amiga da mamãe. – eu respondi.
- Ela parece uma princesa mamãe! – Mais uma Luthor rendida pela Kara. – É tão bonita.
- Ela é... -parei de falar, pois minha filha me olhou interessada. – Quer conhecer ela? – minha pequena assentiu.
- Kara? – a loira sorriu pra mim e pra minha filha. – Essa é a Lorelai, minha pequena gênia.
- Oi Lorelai é um prazer conhecê-la. – minha filha deu um sorriso gigante para a loira e pulou do meu colo e foi até a Kara.
- Oi, você parece uma princesa tia Kara. – ela disse sincera e Kara a pegou no colo. – Me chama de Lori.
- Tudo bem Lori e você também parece uma princesa. – Kara disse a ela que corou. – A mais linda de todo o mundo.
- Todo o mundo? – Lori questionou.
- Sim do mundo todo! – ela tinha jeito com criança.
- Mas eu seria princesa de onde tia Kara?
- Que tal princesa da floresta? – Kara perguntou.
- Mas eu não tenho um castelo, como posso ser uma princesa. – a fala da minha filha me assustou, pois conhecendo a Kara ela era capaz de construir um castelo pra ela.
- Mas as princesas da floresta não tem castelo. – Kara disse pra o meu alivio.
- E onde elas moram? – a pequena questionou.
- Elas vivem numa casa, construída na arvore mais forte no meio da floresta. – os olhos da minha filha brilharam. – Você nunca viu? É como as fadas.
- Como as fadas? – Kara assentiu. – Uau!
- Um dia eu lhe mostro o lugar. – a loira disse pra minha filha.
- A mamãe pode ir também?
- Claro que pode, se você é a princesa da floresta. Sua mãe é a rainha, a rainha das fadas. – Kara disse séria, como se fosse verdade.
- Mamãe você é uma rainha! – Lori disse animada e eu sorri e a peguei no colo.
- Claro minha pequena.
Laurel olhava séria pra Kara e eu sem entender.
- Você já comeu filha? - a questionei.
- Não mamãe. – ela sorriu. – Tô com fominha.
- Então vamos guardar suas coisas e depois a gente vai comer fora o que você acha?
- A tia Kara pode ir com a gente? – ela falou no meu ouvido.
- Porque você não pergunta pra ela? – a coloquei no chão e ela foi até a Kara.
- Tia Kara? – a loira se abaixou até a altura dela e fez um gesto pra ela continuar. – Você quer almoçar comigo e com a mamãe?
- Eu adoraria pequena. – minha filha sorriu e voltou até mim.
- Vamos nos arrumar e já voltamos. – disse as mulheres e sai com minha filha.
****************************
POV. Kara Zor-El.
Quando Lena saiu do alcance da minha voz eu me sentei de vez no sofá e falei com a Laurel.
- Preciso de um investigação completa! – ela me olhou séria. – Se eu não estiver enganada Lena é filha da Louise.
- Pelos deuses! Kara precisamos comunicar o conselho... – a cortei.
- Não! Vamos ter certeza primeiro e isso está sob o maior sigilo Laurel. – falei. – Eu mesma vou dar a noticia pra Louise.
- Eu entendo. – Laurel disse. – Vou ligar pra Sara, ela vai conseguir achar as informações que você quer.
- Afinal só uma fada pode rastrear outra. – disse amarga.
- Como eles conseguiram esconder a Lena, se ela for quem imaginamos os poderes dela já deviam ter despertado. – minha amiga disse o óbvio.
- Eu não sei, mas os Luthors eram poderosos, devem ter contratado alguém pra bloquear os poderes dela.
- Kara pra isso tinham que fazer ela esquecer quem é. – Laurel me lembrou. – E só conheço uma pessoa capaz de fazer isso com perfeição.
- Claire Olsen. – disse com raiva.
- Ela sabe que o filho tentou atacar a Lena?
- Não! Ela acha que é só uma humana. – disse aliviada.
- Então isso muda de figura, precisaremos dos serviços do meu ex. – Laurel disse. – O Oliver é um dos melhores detetives do mundo e tenho que admitir sua esposa só perde pra você na área da informática.
- Felicity é muito boa mesmo, mas isso não vai ser demais pra você minha amiga?
- Que nada, eu e ele somos amigos hoje. – Laurel disse tranquila. – Não nascemos um para o outro.
- Entendo, peça essa investigação em caráter de urgência. – disse a ela. – Diga que a Suprema solicitou.
- Então é sério, desde que ganhou o título você nunca usou. – minha amiga me lembrou.
- É muito sério Laurel.
Lena e Lori desceram nos calando.
- Vamos? – Lena chamou. – Laurel você também.
- Eu agradeço Lena, mas preciso resolver umas coisas muito importantes e urgentes. – minha amiga disse. – Eu volto amanhã pra audiência da Nia e fico até a da Sam.
- Você vai viajar hoje?
- Não, eu vou pra um hotel...
- De jeito nenhum. – eu falei pra ela. – Escolha um quarto da mansão e pronto.
- Sim senhora! – Laurel bateu continência. – Mas eu tenho que resolver algumas coisas, bom almoço pra vocês.
Agradecemos e saímos no meu carro, pois era o único lacrado.
- Vamos para o shopping ou algum restaurante? – questionei.
- Pra o shopping, tenho que comprar uma cadeirinha e algumas roupas. – Lena disse. – E ver os móveis pra o quarto dela.
- Você gostou do papel de parede Lori? – eu perguntei.
- Eu adorei! Parece o paraíso. – ela sorriu. – Eu amei muito e as estrelas parecem o céu. É liinnndoo!
- Então vamos comprar uma caminha e uma estante para os seus brinquedos...
- E pros meus livros? – eu assenti. – E eu vou ter um lugar pra fazer minha lição de casa?
- A gente compra uma escrivaninha pequena gênia. – Lena disse. – Eu não vi seu notebook, tablet e celular que eu te dei. – Lori baixou a cabeça e ficou calada. – Filha?
- O Jack disse que não era coisa de criança.
- Mas o tablet é pra você usar na escola... – a pequena cortou ela.
- Eu não vou mais pra escolinha mamãe. – Lena ficou vermelha.
- E onde você esta estudando?
- Em casa mamãe! Eu fiquei com os livros e eu li...
- Você está estudando sozinha! – Lena exclamou. – Sem escola, sem ao menos um tutor?
- Mamãe me desculpa! Eu continuei lendo e estudando. – A pequena disse achando que a reação era com ela, Lena estava tão irritada que não percebeu.
Olhei para ela através do espelho, seu rosto estava vermelho, mas quando olhei nos seus olhos vi um brilho dourado no lugar do verde. Os olhos da Lori também mostraram o mesmo brilho, como uma resposta aos da Lena. Vendo a morena se preparar pra ligar pra o ex, resolvi intervir.
- Lena! – ela me olhou. – A gente coloca ela na escolinha de novo e compramos novos eletrônicos.
- A gente? – ela questionou.
- Sim! A gente. – disse séria. – Eu já me apaixonei pela sua filha e ela é a princesa da floresta e eu sou sua guerreira protetora.
- Uau! Viu mamãe eu tenho um súdito e ela é linda. – Lori disse feliz, o que fez Lena rir.
- Luthors amam o poder. – ela disse o que me fez rir. – Pelo jeito você tem um grande poder nas Luthors.
- São meus genes Zor-El. Sou irresistível! – elas riram animadas.
Chegamos no shopping e Lena levou a Lori no restaurante preferido dela, corri na loja da Apple e comprei um notebook, tablet e celular novo pra pequena. Me entregaram tudo rapidamente e vários adesivos e capas personalizados para a pequena.
Procurei pelas duas na praça de alimentação e vi a Lori sentada com sua comida, Lena estava de olho nela na fila de um restaurante de comida saudável.
- Linda princesa, eu posso me sentar aqui com você? – Lori abriu um sorriso lindo ao me responder.
- Claro que pode tia Kara. – ela sorriu. - Você não vai comer?
- Vou sim meu anjo.
- Vai comer salada que nem a mamãe?
- Não meu amor, acho que vou comer o mesmo que você. – ela sorriu.
- Você pode escolher um brinquedo diferente do meu tia Kara? – Deus eu estou rendida por essa menina.
- Qual você quer pequena? – Deus! Eu daria minha fortuna só pra ver ela sorrir assim sempre.
- O unicórnio. Ele é tão lindo.
- Eu já volto. – levantei e fui comprar meu lanche.
Pedi o mesmo que a Lori e escolhi o unicórnio que ela disse e um suco grande. Olhei para a mesa e a pequena estava sentada lá quietinha, procurei pela Lena e encontrei seu olhar. Ela me olhava tão intensamente que senti meu coração parar, Deus! Essa mulher é minha fraqueza. Sorri de volta e ela corou.
Nesse minuto um homem tentou bater numa mulher e eu intervir, pois estava perto da Lori, acompanhei com os seguranças até a policia chegar e resolver o problema. Voltei pra minhas meninas e me sentei com elas na mesa.
- Tia Kara! Você foi levar o homem mal embora? – olhei interrogativa pra Lena e ela assentiu.
- Eu sou sua guerreira, princesa. Vou sempre lhe proteger! – ela sorriu.
- Falei pra mamãe que eu não falei com o homem mal, mas ele tava aqui perto. – ela se explicou.
- Quando for assim, você corre até a mamãe. – falei pra ela.
- Ou pra tia Kara, se ela estiver aqui. – Lena disse.
-Sim mamãe!
- Agora olha só. – entreguei o unicórnio a ela que sorriu.
- Obrigada Sir Zor-El. – Lori fez um floreio pra minha surpresa.
- Disponha alteza! – Lena sorriu e voltou a comer sua salada.
Comemos entre brincadeiras e sorrisos, mal parecia que quase aconteceu uma tragédia. Deus, nossas mulheres e crianças nunca estão seguras.
- Então Sir Zor-El, nos acompanha até a loja de móveis? – Lena disse e eu corei. Vindo dela era tão sexy.
- Claro milady.
Levei as bandejas que estavam nossas comidas para área destinada a elas e voltei até elas, peguei minha sacola e Lena me olhou com a sobrancelha levantada.
A olhei com um olhar provocador e ela abriu um sorriso lindo, Deus essas Luthors são minha ruina, entreguei minha sacola pra ela e coloquei a pequena na minhas costas.
- Uau! Aqui é alto. – Lena gargalhou.
Fomos na loja de móveis primeiro, Lena escolheu uma cama, escrivaninha e estante para os brinquedos e livros da pequena. Pelo que vimos deram fim as coisas dela, seja lá o tratamento que ela tinha era ruim, dali fomos numa loja de cama mesa e banho, compramos tudo o que a pequena ia precisar, numa loja de brinquedos, Lori escolheu livros, pelúcias e um jogo de xadrez pra o meu espanto.
- Quantos anos você tem Lori? – a questionei.
- Cinco anos Sir Zor-El. - eu ri e ela voltou a se distrair com os brinquedos.
- Ela é superdotada, está na primeira série. – Lena me disse. – Pelo menos ela estava.
- Vou pedir pra Nia fazer uma lista das melhores escolas daqui, ela precisa que desenvolvam todo o seu potencial. – disse séria.
- Kara, você não precisa. – Lena disse meio envergonhada.
- Eu sei, mas mesmo assim eu quero. – respondi. – Só conheço a pequena a horas, mas ela conquistou meu pobre coração imortal.
- Só ela? – a olhei intrigada. – Estou com ciúmes agora.
- Sinto muito milady, mas eu tenho um juramento com a princesa.
- Entendo Sir Zor-El, mas lembre-se que eu sou a rainha, mãe da princesa. – ela disse e passou o dedo no meu queixo. – Eu posso solicitar seus serviços.
- Mamãe? – Lori chamou nossa atenção. - Eu posso levar mais um urso, esse é um lobinho.
Olhamos para a pelúcia e lembramos do Leoch. Ela foi com a Lori e eu mandei mensagem pra Laurel receber os entregadores dos móveis da pequena que a Lena comprou.
Levei as compras até meu carro, incluindo as duas cadeirinhas que compramos, uma pra o carro da Lena e outra pra o meu. Lena ia comprar algumas roupas pra filha, o closet dela estava vazio, senti raiva, pois a pequena era um amorzinho. Seja lá o tratamento que ela teve foi péssimo, mesmo assim ela sorria a todo instante. Voltei e não foi difícil achar elas perdidas nas compras, Lori era uma cópia da Lena.
- Sir Zor-El! – a pequena gritou e toda a loja olhou pra mim interessados. Homens e mulheres, Lena sorriu e veio até o meu lado e enlaçou nossas mãos.
- Milady? – disse sugestiva.
- Vamos Sir Zor-El, os inimigos estão lhe rondando. – Lena disse possessiva.
- Sir Zor-El, mamãe é ciumenta! – Lori disse rindo.
- LORELAI! – Lena gritou corada, eu peguei a pequena no colo e gargalhamos.
Lena era uma compradora implacável e logo a pequena gênia tinha um guarda roupa completo. Voltamos pra mansão e graças a fortuna que a Lena gastou, os móveis já foram entregues.
- Meninas os móveis da Lori chegaram e estão no quarto dela. – Laurel disse e assentimos. – Eu adoraria ajudar, mas sua irmã ligou e já está com os papeis do divorcio. Vou até a LCorp pois sou advogada da Sam.
- Okay, Alex vai está com os papéis da venda das minhas ações do hospital. – eu falei. – Se o acordo da Sam for justo, ligue pra minha assistente que ela tem acesso a minha assinatura eletrônica para essa transação.
- Você está certa disso? – Laurel questionou.
- Sim e se tiver documentos que me deserdam, ou retire a filiação e o nome das Danvers. Nia tem uma procuração para resolver isso.
- Eu vou buscar a Nia na casa dela e nós vamos para essa reunião. – Laurel disse.
- Só se não for atrapalhar a aula da Nia, caso contrario minha irmã espera. – Disse firme.
Laurel assentiu e foi para essa maldita reunião, enquanto conversávamos Lena colocou as coisas da Lori na sala.
- Tia Kara... – Lori me chamou, mas parou e arregalou os olhos de medo.
Olhei na direção que ela olhou sorri, Leoch estava vindo pra casa.
- MAMÃEEE! – Lori gritou e Lena entrou em alerta vindo correndo até ela.
- O que foi filha? – ela perguntou desesperada. Lori apontou pra o lobo e Lena respirou aliviada. – Aquele é o Leoch o melhor amigo da Kara, e ele também é meu amigo. – a pequena olhou pra mãe séria.
- Ele é bonzinho? Não vai me comer igual na história da chapeuzinho? – ela questionou.
- Não meu amor, Leoch não é o lobo mal. – Lena informou.
Fui até o lobo e expliquei quem era Lori e o quanto ela era importante. Ele assentiu e se sentou próximo a porta, longe da pequena.
- Lori? – eu a chamei. – Lembra que eu falei que você é a princesa da floresta. – a pequena assentiu. – Leoch é um guardião, ele vai ser seu melhor amigo e lhe proteger quando eu e sua mãe não estiver.
- Mesmo Tia Kara? – eu assenti, ela olhou pra Lena que também assentiu.
Nos surpreendendo Lori se aproximou do lobo com cautela, e ele ficou quieto esperando por ela.
- Você vai ser meu amigo Leoch? – ela perguntou e o lobo assentiu, fazendo Lori sorriu. – Tia Kara me chama de princesa da Floresta, você quer ser meu guardião e super amigo?
Leoch assentiu de novo e bem devagar se aproximou da pequena, quando ela não recuou assustada roçou o focinho nela, fazendo ela rir. Ela abraçou o lobo que levantou levando a Lori pendurada, peguei a pequena e a coloquei em cima do lobo.
- Você é quentinho Leoch. – Lori sorriu feliz.
- Eu sempre digo isso. – Lena sorriu.
***********************
POV. Lena Luthor.
Depois da minha filha conhecer o lobo, foi impossível separá-la dele. Ela subiu pra me ajudar a arrumar suas coisas no closet montada no lobo. Deus!
- Eu posso montar os móveis se você quiser. – Kara disse assim que deixou todas as coisas no closet.
- Você consegue mesmo?
- Claro que sim. – a loira sorriu grande. – Vou pegar minhas ferramentas e já volto.
Tirei Lori de cima do lobo que deitou no chão do closet.
- Vamos arrumar suas coisas princesa?
- Sim mamãe! – ela sorriu e foi impossível não corresponder.
Começamos a tirar tudo das sacolas e Lori me olhava séria.
- Mamãe você gosta do Sir Zor-El? – ela questionou.
- Por que você diz isso filha?
- Porque você sorri mais agora e tem estrelinhas nos seus olhos. – ela disse. – E na loja você ficou com ciúmes mamãe.
- Você é bem observadora pequena gênia! – ela sorriu. – É complicado pequena...
- Mamãe você gosta dela?
- Gosto filha. – respondi sincera, eu nunca menti pra ela.
- Ela gosta de você mamãe?
- Ela disse que sim filha. – ela sorriu.
- Mamãe você disse que quando duas pessoas se gostam de verdade, elas devem ficar juntas e serem felizes e multiplicar a felicidade.
- Mas tem você pequena, eu devo pensar bem antes de qualquer coisa. – ela arqueou a sobrancelha como uma adulta e não uma criança de cinco anos.
- Mamãe, Sir Zor-El me tratou melhor em pouquinhas horas do que o Jack. – ela analisou. – E os olhinhos dela tem estrelinhas também, é tão bonito.
- Você é uma vendida pequena gênia. – e fiz cosquinhas nela.
- Igual você mamãe! – e eu gargalhei alto.
- Então tudo bem pra você?
- Se sempre sorrir assim, tudo bem mamãe. – Lori disse. – E se a tia Kara partir seu coração eu peço pra o Leoch comer ela, né Leoch? – o lobo uivou em resposta nos fazendo rir.
Começamos a separar as roupas por cores, quando a Kara entrou vestindo uma calça de moletom preto, chinelo e uma regata branca colada. Ela estava gostosa e senti meu corpo reagir, olhei pra minha filha que arqueou a sobrancelha rindo.
Kara colocou um cinto cheio de ferramentas dando um toque mais sexy ainda. Deus!
- Vou montar rapidinho e já ajudo vocês a organizar as coisas. – a loira disse.
- Claro Sir Zor-El. – Lori disse, essa menina não parecia criança.
A loira abriu as caixas, separou os parafusos e as peças, pegou o manual e o analisou por uns segundos antes de começar, ela realmente era boa naquilo.
- Mamãe? – Lori cochichou. – Tá babando!
- Lorelai Luthor! – ela sorriu.
Voltei a ajudar ela a arrumar as roupas, mas não tirei os olhos da loira nem um momento. Ela estava séria e focada, isso estava destruindo minha calma interior.
- Bom eu terminei tudo. – Kara disse juntando as caixas. – Vou levar tudo e já volto. -Assentimos e ela saiu.
- É mamãe ta gostando da Sir Zor-El. – olhei minha filha e sorri corada.
*************************
POV. Samantha Árias
Recebi um email da Alex informado a hora que viria aqui para eu assinar os papéis do divórcio. Avisei a Laurel e ela já estava a caminho, estava sentindo falta dela, mas chega, não vou permitir ser magoada de novo.
- Srta. Árias? – minha secretária chamou. – A srta. Danvers e Olsen estão aqui junto com a advogada para a reunião.
- Leve- as pra minha sala de reuniões. – ela assentiu e saiu.
Eu não acredito que ela trouxe aquela mulher, Deus me dê paciência. Mal me levantei da minha cadeira e Laurel entrou na minha sala.
- Eu já ia te ligar Dinah. – ela sorriu.
- Estou aqui Sam e pelo cheiro sua ex chegou... – ela farejou o ar e ficou vermelha. – Ela trouxe aquela mulher?
- Infelizmente, acho que ela vai tentar te manipular...
- Eu tenho o mesmo bloqueio que a Kara, só a Louise pode fazer isso. – Laurel estava nitidamente irritada. – Vamos bela dama, vamos arrancar uma fortuna da sua ex.
Entramos na sala de reuniões e a Kelly estava agarrada na Alex.
- Boa tarde! – Laurel disse. – Vamos acabar logo com isso.
- Oi Lau... – Kelly começou a falar e foi cortada.
- Você não foi convidada a essa reunião Dra. Olsen, então por favor, se limite a ficar calada. – Laurel disse séria.
- Você não pode falar com minha noiva assim! – Alex disse indignada.
- Posso sim, só a presença dela nessa empresa vai contra os desejos das minhas clientes. – Dinah rebateu e se dirigiu a advogada da Alex. – Então doutora onde estão os papéis?
A mulher que parecia um zumbi entregou os documentos pra Laurel, enquanto ela lia, eu me foquei no meu celular e em responder alguns emails, alguns minutos depois Laurel se pronunciou.
- Isso é um absurdo! A srta Árias tem direito a metade de tudo!
- Eu não vou dar meu dinheiro pra ela! – Alex respondeu irritada.
- Pensasse nisso antes de assinar um contrato com comunhão total de bens! – disse firme. – Eu tenho os documentos com os valores corretos, e se você não assinar, vamos para o tribunal e arranco o dobro de você.
- Você está louca... -Kelly tentou dizer de novo.
- CALADA! – Laurel disse alto e exalando um poder absurdo. – Eu disse pra ficar quieta! E ai qual vai ser Alexandra?
Alex a fuzilou com o olhar e leu os documentos, era o justo, não queria nada mais que isso. Ela respirou com raiva e respondeu.
- Eu vou transferir os valores de todos os bens e comprar todas as ações que estão no nome dela das nossas empresas, além de dar a parte dela em dinheiro. – Laurel olhou pra mim e eu assenti.
- Perfeito! – pegou os documentos de compra e venda para a Alex assinar. – Transfira os valores imediatamente que minha cliente assina.
Alex acessou sua conta no seu computador, e mandou tudo pra uma conta que a Laurel abriu, até metade do que estava em todas as nossas contas conjuntas e em troca eu dei o documento que tirava meu nome dessas contas.
- Enviei o comprovante. – Alex disse.
Laurel verificou duas vezes para ter certeza que os valores estavam corretos.
- Ótimo. Aqui estão os papéis do divórcio assinados pela minha cliente. – a advogada passou os papéis para ela. – O apartamento em que estão é da minha cliente, peço que saiam de lá.
- Já saímos. – Alex respondeu e assinou os papéis. – Agora podemos casar meu amor. – disse para a Kelly.
Laurel respirou fundo e me indicou quais papéis eu deveria assinar, depois de tudo assinado e transferências feitas, tirei minha aliança e entreguei para a Alex que me olhou confusa.
- É da sua avó, não faz sentido ficar comigo. – ela pegou sem nem me olhar.
- Agora vamos ao outro assunto Laurel – minha ex disse.
- Sim, estou ciente. – respondeu fria. – A minha suprema disse que você já iria resolver isso.
- Ela não é a Suprema, não pode assumir porque a filha da suprema Kieran morreu. – Kelly disse.
- Eu já disse que você não tem voz aqui. – Laurel respondeu séria. – E só porque ela não assumiu, não vai deixar de ser a suprema de todos nós, humanos e vampiros.
- Minha irmã não tem comprometimento pra isso, mesmo se a filha perdida da Lady Kieran estivesse viva. – Alex disse.
- Ex irmã! Ela deixou claro que não que nem um vinculo com vocês. – Laurel respondeu. – E eu sei muito bem que você já deve ter um documento a deserdando e excluindo do clã Danvers.
- Eu tenho. – Alex disse. – Mas ela precisa assinar e não a vejo em lugar nenhum.
- Aqui está a procuração que ela me deu pra resolver esse problema. – Laurel passou para Alex analisar.
- Eu vou comprar as ações dela no Danvers’s Hospital e nada mais que isso.
- Eu sei Alexandra. Transfira o valor logo que eu tenho um jantar com uma mulher linda. – Laurel disse.
Alex transferiu e Laurel assinou os documentos, e a deserção da família. Kara não era mais uma Danvers. Depois de tudo assinado e documentos trocados Laurel disse.
- Agora saiam daqui e devo dizer que se uma de vocês, ou o clã de vocês se aproximar dessa empresa serão punidos com a morte conforme ordens da Srta. Zor-El. – a advogada estava brincando com fogo.
Elas saíram junto com a advogada zumbi que não disse uma palavra. Baixei minha cabeça na mesa, enquanto Laurel ligava pra Kara informando tudo o que foi resolvido. Acabou! Um casamento de quase meio século acabou, Alex nem lutou contra o controle mental dos Olsen, era triste e revoltante. Laurel voltou, se sentou ao meu lado e me abraçou. Chorei toda minha decepção e magoa, até mesmo a perda da minha filha, quando me acalmei ela disse.
- Vamos jantar srta. Árias. – fiquei confusa.
- Mas e seu encontro/compromisso com uma linda mulher? – questionei.
- Era você Sam. – ela sorriu. – Vamos, eu reservei o melhor restaurante daqui pra gente.
- Não precisava Dinah. – ela sorriu.
- Só você me chama de Dinah! E sim eu precisava sim!
- Dinah é seu nome, pelo menos um deles. – respondi levantando e indo pra minha sala. – E eu prefiro Dinah do que Laurel.
- Anotado Samantha. – ela disse sorrindo.
**********************************
POV. Kara Zor-El
Estava voltando pra o quarto da Lori quando Laurel me ligou pra informar o que aconteceu, ela não soube dizer se a Kelly estava controlando a Alex ou as duas estavam sendo manipuladas, mas Alex estava noiva da Olsen mais nova, Sam estava magoada e segundo a Laurel, o Oliver e a Sara começaram a investigação, na próxima semana teríamos a resposta sobre a Lena. Ela também me informou que fui deserdada pelas Danvers, Eliza teve a decência de comprar a minha parte em alguns empreendimentos e bens, e Alex comprou minha parte no hospital. Meus novos documentos sairiam nos próximos dias, pelo menos isso.
Voltei para o quarto e elas tinha terminado o closet, estavam arrumando os brinquedos e livros na estante, peguei a sacola da Apple e entrei no quarto.
- Sir Zor-El! – Lori disse feliz. – Você demorou.
- Eu tive que atender um telefonema, mas agora estou aqui princesa. – sorri pra menina. – Eu ouvi que você estava sem seus aparelhos eletrônicos e tomei a liberdade de comprar de presente pra você.
Entreguei a sacola pra ela e Lena me olhou séria assentindo de leve para o meu alivio. Nos assustamos quando a pequena gritou empolgada e veio correndo na minha direção e pulou no meu colo.
- Obrigada Sir Zor-El! Eu adorei tudo, mas eu não estudo mais. – ela disse meio triste e eu a abracei mais forte.
- A Nia é uma amiga da tia Kara que vai nos ajudar a achar uma escola nova pra você pequena gênia. – Lena disse. – Dessa vez vai ser uma escolinha de gênios igual a você.
- Uau! Obrigada de novo Sir Zor-El! – ela sorriu e me abraçou mais forte.
Terminamos de arrumar o quarto e Lori reclamou de fome, Lena disse que ia comprar uma pizza e saiu pra fazer o pedido, enquanto eu levava a Lori para o banho.
- Você toma banho sozinha ou precisa de ajuda princesa? – questionei.
- Eu tomo sozinha, mas não consigo abrir o chuveiro sozinha.
- Posso abrir pra você ou prefere esperar sua mãe?
- Pode abrir e quando eu acabar eu te chamo. – ela disse e eu assenti.
Lori separou um pijama e eu entrei no banheiro do quarto dela, abri o chuveiro e a deixei lá. Sentei no sofá que havia no quarto dela e nem vi quando Lena se sentou ao meu lado.
- Está tudo bem Kah?
- Está sim, mas estou preocupada com a Sam. A Alex está noiva da Kelly e a levou na assinatura do divórcio. – a informei.
- Eu liguei pra ela, Sam disse que está bem, já estava esperando isso. – Lena disse. – Ela saiu pra jantar com a Laurel.
- A Laurel sempre gostou da Sam, mas ela estava com minha irmã e a Dinah sempre respeitou. – falei pra ela.
- A Sam nem ta pensando nisso agora, mas espero que a Laurel ou Dinah seja uma boa pessoa pra minha amiga. – eu ri, pois Lena era humana e não podia fazer nada contra a Laurel.
- Laurel e Dinah são as mesmas pessoas e ela é uma excelente pessoa. – disse e ela me olhou intrigada pelo nome da minha amiga. – O nome dela é Princesa Marie Laurel Dinah Simmons Lance Queen, agora ela não tem mais o Queen que era o nome do ex marido, o príncipe Robert Oliver Queen. Mas nunca a chame de Marie, ela odeia.
- Ela é uma princesa? – Lena estava chocada.
- Na verdade ela é uma rainha, mas abriu mão de tudo. – eu fale. – Ela deixou tudo pra o Oliver que transformou o reino no clã Queen.
- E ela ficou sem nada?
- De forma alguma, Oliver é um fofo e providenciou para que ela pudesse se manter pela eternidade, Laurel se mudou para o clã da irmã e viveu lá por muito tempo.
- Nossa a irmã dela também é uma vampira? – eu sorri pela curiosidade dela.
- Sim e não. – Lena me olhou intrigada.- Sara é uma fada, mas quando o vampiro que atacou a família dela a mordeu ele matou a parte humana somente. Como muitos Fae que passaram por isso ela ganhou a eternidade, mas como nós vampiros que apesar de sermos chamados de imortais podemos ser mortos, mas é quase impossível.
- Fae são fadas? Tipos fadas que voam? Como a Sininho? – eu gargalhei e Lena corou.
- As fadas ou Fae como nós imortais chamamos tem o sangue magico, pra vocês humanos são como bruxas ou feiticeiras. – eu disse ainda rindo, pois a Sara é loira e comparar ela com a sininho era engraçado.
- Entendo, elas são como sua Morgana. – Lena abaixou a cabeça.
- Lena ela era minha amiga somente, mas não vou mentir que gostei dela por muito tempo. – optei pela sinceridade. – Já lhe disse que sou apaixonada por você e o que sinto por ela não se compara ao que sinto por você, são amores diferentes. – Lena arregalou os olhos.
- Você me ama? – ela disse num sussurro.
- Claro! Eu sou apaixonada por você Lena Luthor! – disse sincera.
- Mesmo eu sendo orgulhosa, traumatizada e humana?
- Você esqueceu de linda, bondosa, excelente mãe e... – fui interrompida pelos lábios da morena nos meus.
Demorou um segundo para eu reagir, mas quando fiz a beijei com carinho demonstrando tudo o que eu estava sentindo. Nos afastamos e encarávamos com intensidade, dessa vez foi eu que tomei a atitude, puxei Lena para um outro beijo, se o primeiro foi carinhoso esse foi regado de luxuria e vontade, ela passou a língua nos meus lábios e eu cedi passagem, quando nossas línguas se encontraram a vontade aumentou e a CEO veio para o meu colo, intensificando ainda mais o beijo.
- SIR ZOR-EEEL! – Lori gritou e nos afastamos bruscamente. – EU ACABEI!
- JÁ VOU! – respondi para a pequena.
Lena sorriu e encostou a testa no meu ombro, ela suspirou e saiu do meu colo.
- Vá! – ela disse. – Vou pegar um vinho para nós jantarmos.
- Lena... – ela me calou com um selinho.
- Depois conversamos Sir Zor-El. – eu sorri.
Fui desligar o chuveiro e levar a toalha pra pequena que me esperava debaixo da agua.
- Pronto. – disse entregando a toalha e desligando o chuveiro. – Vá se trocar que daqui a pouco a pizza chega.
- Ebaaa! – Lori comemorou.
Deixei Lori na sala e antes de subir para tomar um banho avisei a Lena, tomei um banho e quando desci a própria Lena já havia tomado banho e estava com uma calça de moletom cinza e uma camisa do MIT, seu cabelo negro estava preso num coque meio solto que a deixava mais linda ainda.
- Sir Zor-El! – Lori disse assim que me viu. – A gente estava esperando você. – ela apontou para a pizza.
Lena me serviu uma taça de vinho e me sentei ao lado da pequena. Comemos entre brincadeiras e histórias engraçadas, Lori tem um jeito particular de ver o mundo e nunca vi uma criança como ela. Depois nos sentamos na sala para vermos um filme, a pequena escolheu Frozen e Leoch se juntou a nós se aninhando no chão com a pequena deitada em cima dele. Lena se espantou quando cantei todas as músicas junto com a sua filha e quando cai no choro na parte que a Elsa foi presa, o filme acabou e a morena subiu para colocar uma Lori sonolenta na cama e Leoch a acompanhou.
Arrumei a bagunça que fizemos e desliguei a televisão. Peguei uma garrafa de vinho da minha reserva especial, duas taças e fui até o jardim de inverno que construí na mansão quando fiz a reforma, era coberto e tinha um deque com sofás grandes e confortáveis. Por está frio o teto que se abria estava fechado, mas a iluminação dava um ar mágico para o lugar.
Coloquei a garrafa de vinho na mesa de centro junto com as taças, me sentei e olhei para o céu estrelado através do vidro.
- Imaginei que você estava aqui. – Lena disse ao se sentar ao meu lado colocando uma babá eletrônica na mesa de centro.
- Eu gosto da paz que o lugar transmite. – Servi o vinho dei uma taça pra Lena. – É da minha reserva especial, tem meio século e as uvas foram encantadas pelos Fae, dando um gosto especial para o vinho.
- Uau! Estamos comemorando algo? – Lena disse dando um gole no vinho. – Deus! É DIVINO!
- Estamos comemorando a sua vitória no tribunal. – sorri. – E fico muito feliz que gostou do vinho.
- E só estamos comemorando a minha vitória? – Lena questionou sugestiva.
- Se for adequado, podemos comemorar o beijo que eu ganhei da mulher que eu estou perdidamente apaixonada.
- E como foi? – ela questionou.
- Foi o paraíso, ela é a mulher mais incrível e linda que eu já vi. – Lena corou. – Espero que ela tenha gostado tanto quanto eu.
- Ah ela gostou, mas antes de repetir decidiu conversar a respeito.
- Então vamos conversar Lee. – eu disse. – Qual o seu receio?
- Eu tenho medo de me machucar Kara. – ela disse com sinceridade. – Nunca conheci alguém como você e tem toda a confusão com sua família.
- Também tenho medo Lee, ninguém nunca mexeu comigo como você mexe e antes que questione, nem mesmo a Morgana. – ela me olhou corada. – Quanto a minha família, desde muito tempo já não estávamos bem, Eliza se tornou ambiciosa e fria com os humanos. O hospital é referencia, mas ela mal participa dele, só delega.
- Eu entendo, as vezes o poder faz isso com as pessoas. – Lena disse. – Mas agora ela está sendo controlada.
- Lena, Eliza escolheu ouvir e Alex também. – disse séria. – Ela é de uma linhagem druida, poderia se libertar eu acredito, mas preferiu acreditar.
- Sinto muito Kara. – ela segurou minha mão.
- Não sinta, não é sua culpa. – disse séria. – E mesmo que eles fossem próximos ainda não me impediria de namorar com você.
- Você sempre sabe o que dizer, mas tem mais uma coisa. – ela tomou coragem e continuou. – Somos de espécie diferentes, eventualmente eu vou envelhecer e morrer. Ou você vai me transformar?
- Lee. – Me sentei mais próximo a ela e toque seu rosto. – Se me quiser estarei ao seu lado até o fim da sua vida e darei um jeito de me juntar você depois da sua partida, quanto a te transformar, nunca faria se você não quisesse.
- Mesmo eu velhinha e enrugada? – eu assenti. – Kara...
- Eu falo sério Lena!
- Você me ama mesmo né! – eu sorri pra ela. – Então eu aceito Kara! Seja lá o que o futuro nos reserva eu aceito!
Lena colou nossas testas e passou os braços pelo meu pescoço, fechei os olhos e a beijei, ela correspondeu a intensidade com a qual a beijei, tínhamos o encaixe perfeito. Como dizia a profecia feitas uma pra outra!
- Lee? – eu disse cortando beijo, precisava ser sincera.
- O que foi? – ela perguntou preocupada.
- Eu preciso lhe contar uma coisa muito importante. – ela me olhou séria. – Eu acho que você não é humana? – não tinha como eu começar essa conversa.
- Como assim? É claro que sou humana!
- Não totalmente, a muito tempo uma profecia dizia que o ser supremo reinaria ao lado de uma Fae de sangue Le Fay e uniriam vampiros e fadas... – ela me cortou.
- Você é a vampira suprema! Laurel te chama assim. – ela disse parecendo que estava com dor. – Você é prometida a uma fada! Porquê me beijou... – interrompi antes que ela entendesse errado.
- Me escuta primeiro, por favor. – eu implorei e ela assentiu. – A muito tempo minha prometida foi sequestrada e sua mãe transformada, como a Sara ela se transformou num Fae imortal. Ela nunca achou a filha novamente e muitos acham que ela esteja morta. – Lena me olhou confusa. – Ela assumiu o conselho supremo até que sua filha seja encontrada e reine ao meu lado.
- E ela já foi encontrada? – Lena perguntou com a voz embargada.
- Eu era um dos que acharam que ela estava morta, até eu ouvir seu nome completo. – ela me olhou confusa. – A minha amiga e atual suprema se chama Louise Kieran e sua filha desaparecida se chamava Lutessa Lena Kieran.
- Eu sou humana Kara e minha mãe morreu num acidente. – ela disse mais confusa ainda. – Tem o atestado de óbito.
- Lena eu acredito que você seja a filha perdida da Louise, uma princesa perdida! – Lena arregalou os olhos com medo.
- Lex me chamava assim. – ela disse tão baixo. – Não! Não é possível! Eu sou filha do Lionel.
- Lee eu sei que é demais, mas eu acredito que seja você. – disse com paciência. – Pedi pra Sara e o Oliver investigarem e quando tivermos certeza falaremos com a suprema.
- Mas Kara! Eu não tenho poderes...
- Lee acho que bloquearam seus dons e isso explica sua aparência. – precisava falar toda a verdade. – Os Kieran são descendentes da Morgana Le Fay, isso explica sua aparência Lee, mesmo que não seja a filha da suprema, você é Kieran e tem o sangue magico.
- Mas e se eu não for a filha da suprema?
- Acho difícil não ser, mas caso não seja, abdicarei mais uma vez e nada nem ninguém me separaria de você. – disse com toda a sinceridade que possuo. – Eu precisava lhe contar a verdade antes de termos algo mais sério e deixar claro que eu te amo e não vou a canto nenhum.
- Eu também te amo. – Lena respondeu. – E obrigada pela sinceridade, mas se eu não for a filha dessa suprema você me conta?
- Sim eu conto! – peguei sua mão. – Se você não quiser ficar mais comigo eu entendo e partirei se quiser também.
- Esse é o problema eu quero, mas não assumo nada sério até resolvermos isso. – eu assenti.
- Não posso mais te beijar? – ela sorriu.
- Pode, me beijar e fazer o que quiser, mas agora você estragou o clima. – sorriu e pegou sua taça de volta.
Voltamos a conversar e mais uma vez perdemos a hora, conhecendo uma a outra.
.
.
.
Me digam se estão gostando!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Através do Tempo - SUPERCORP
FanfictionAU SUPERCORP + Vampiros + Fae e uma pitada de Lobos. "Com sede eu matei todo aquele grupo, mas a sede não passou e descontrolada, eu vaguei de aldeia e aldeia me alimentando, Leoch nunca me abandonou me seguindo a distância e me observando. Então u...