Olá meu povo! Acho que dois anos depois revisito esta história com um capítulo extra. Foi uma encomenda da Geminni_66 !! OBRIGADA xuxu por todo o apoio de sempre.
Já queria avisar que TALVEZ as "coisas" que acontecem nesse extra gere dúvidas em quem está lendo, então, por favor, PERGUNTEM. Pode ser nos comentários e/ou diretamente pra mim, estou totalmente a disposição. Não quero ninguém indo embora daqui sem ter entendido alguma coisa.
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- A verdade é que... eu nunca fiz isso. Com esse objetivo, eu quero dizer.
Kuroo estava sentado na beirada da cama o olhando admirado e ao mesmo tempo confuso. Kozume Kenma, fotógrafo e artista de renome mundial na cena do Shibari artístico, nunca tinha... amarrado alguém na cama?
- Ahm... Nós não precisamos fazer se você não quiser, óbvio! - Kuroo se adiantou. - Eu sugeri porque achei que seria legal e... e...
Kenma estava segurando uma longa corda branca que escorria até seus pés. Ele dava um nó na própria mão, movia ela um pouco e rapidamente o nó se soltava e ele repetia.
- E o quê? - ele questionou, arrancando um arrepio de Tetsurou.
- ... e ...desde aquela sessão eu penso muito nessa possibilidade.
Kenma não esboçou nenhuma expressão no rosto, mas segurou a corda e começou a enrolá-la no antebraço, como se fosse guardá-la.
- E o que exatamente você pensou?
Tetsurou não sabia ao certo se ele estava genuinamente querendo saber, ou se aquelas perguntas já vinham carregadas de outras intenções. Fazia muito tempo, mas ele lembrava bem como o artista o tinha conduzido por toda a sessão de Shibari o comandando e incitando a responder suas perguntas.
Se alguém tivesse assistido talvez não entendesse o impacto daquelas ações, mas para Tetsurou estar num estado tão vulnerável e ainda precisar entregar sua mente foi algo extremamente marcante. E agora, anos depois e num contexto bem diferente, ele se lembrava e não conseguia não desejar viver aquilo de novo.
Ele e Kenma acabaram se reencontrando por acaso dois anos depois da sessão e instantaneamente todas aquelas memórias e desejos voltaram mais vivos como nunca para a cabeça de Kuroo. Dizer que ele se interessava pelo artista era um eufemismo sem tamanho.
Kuroo queria conhecer de fato quem era Kenma. Quem era aquele que ele só tinha ouvido, sentido e visto muito de relance. Queria saber como ele era fora do estúdio, quais eram seus hobbies, seus gostos, porque mantinha sua identidade em sigilo e, é claro, queria muito ter aquela experiência de novo. Não foram poucas as vezes que aquelas memórias voltaram à sua mente enquanto buscava o próprio prazer.
Naquele primeiro encontro por acaso, justamente em uma das exposições de Shibari, Kenma se demonstrou interessado por ele também. Eles trocaram experiências, histórias, partilharam o gosto por café de qualidade e Kuroo o acompanhou até a frente do hotel onde estava hospedado. Depois de trocarem contatos e firmarem um compromisso de se encontrarem novamente quando voltassem para Los Angeles, onde ambos residiam de fato, Tetsurou se inclinou e o beijou.
Kenma não pareceu surpreso nem incomodado, mas também não o agarrou desesperadamente como faria se aquele fosse um dos sonhos de Kuroo. Depois dos breves instantes da carícia, o artista sorriu e se afastou entrando pela porta giratória do hotel.
De volta aos Estados Unidos, não foi difícil se encontrarem. A agenda de trabalhos e castings de Kuroo continuava sempre esparsa (para não dizer meramente o sustentando), enquanto Kenma não parecia ter nada agendado nunca. Ou ao menos se fazia livre quando Kuroo sugeria.
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A Arte do Shibari [KuroKen]
FanfictionA pessoa na fotografia parecia uma obra de arte. Passava a mesma sensação de uma linda escultura em um museu, daquelas que você só pode admirar, sem tocar ou nem chegar perto. Ao mesmo tempo, diferente de uma escultura, ela estava viva, parecia eman...