10° Chapter

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Senti um frio, não de vento das árvores balançando, mas de uma brisa que vem de lugares úmidos e fechados como uma caverna. Mas espera, eu conheço esse lugar? é já estive aqui uma vez.

Era a mesma sala enorme, nunca estive em um lugar com um cômodo do tamanho de duas casas minhas.

Apesar do lugar ser amplo não via muitas janelas para ventilação ou iluminação, o que fazia o lugar ficar ainda mais frio pelo seu aspecto escuro.

Para falar a verdade me lembrava o salão comunal da sonserina, sem cor, brilho, calor, iluminação e com cada detalhe sendo o mais luxuoso possível onde até um tijolo valeria o preço de uma casa comum inteira.

Me sinto sozinho mas com uma horrível sensação de que alguém está me observando ou que sabe que estou aqui.

Até que algo me tira atenção que eu dava a cada detalhe da sala; Gritos, gritos de dor. Gritos que só aumentavam a cada segundo, os mesmos gritos de mulher que ouvi da última vez que estive aqui.

Me viro e noto que os gritos estão vindo de um outro cômodo, vou andando devagar tentando fazer o mínimo de barulho e me escondo atrás da porta, mas dessa vez a porta está totalmente aberta. Assim que chego dou um pulo de susto, reação involuntária do meu cérebro para me fazer fugir, mas resolvo ficar.

Notei que era Voldemort, era ele mesmo, do mesmo jeito que o vi no 4° ano, ele estava olhando em direção a algo ou alguém no chão com a varinha apontada para ela.

- Não é um pedido. - Ele disse e fez um movimento com a varinha apontando para pessoa que fez com que os gritos dela surgirem novamente, imaginei que poderia estar usando crucio em alguém. - É uma ordem, ouviu bem?

Tentei chegar mais perto pra ver quem era a pessoa que estava lá, mas qualquer centímetros que me mexesse seria motivo para que Voldemort conseguisse me ver ali.

- Harry? - Ouvi uma voz no fundo do cérebro e senti algo me cutucando. - Ei Potter. - Me chamou de novo.

Foi quando a visão que eu tinha sobre Voldemort foi escurecendo e aos poucos fui tomando a consciência.

- Malfoy? - Expressei assim que vi um garoto de cabelo loiros agachado na frente da cama me cutucando.

- Você estava resmungando e se remexendo, quando fui ver o que estava acontecendo você estava até suando. - Ele disse se levantando e pegando algo na escrivaninha e colocando numa coruja preta, suspeitei que talvez pudesse ser algo da família dele. - Você bem?

- . - Eu disse me levantando e colocando os óculos que estava na cabeceira.

- Seus sonhos são bem intensos hein, ou era pesadelo? - Ele disse fingindo preocupação.

- Nada pra se importar. - Disse notando que pela a hora deve ser cedo para ele já está perfeitamente arrumado e pelo cheiro do seu perfume parecia ter acabado de sair do banho. - Que horas são?

- Nove e meia - Ele disse vendo a coruja voar pela janela com seja lá o que estava carregando.

Nove e meia da manhã e ele estava usando uma camisa e calça preta? Não é possível que alguém se vista assim para o cotidiano.

Me levantei e fui até o banheiro e em seguida fui tomar café, pela casa estar do mesmo jeito que a deixei quando fui dormir concluir que meus tios não aviam chegado. Um fio bem lá no fundo começou a se preocupar até, com Draco aqui ou não, eles nunca iriam seder a casa para gente porque não gosta de bruxos.

Mas pelo prato sujo na pia notei que Malfoy ja havia descido para tomar café, o que é incrível saber que ele se virou provavelmente pela primeira vez sem ter alguém pra servir um prato pra ele.

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