Meu Supremo

Novo Lar-Parte 2

Isabella Fox

Acordo e sinto o meu corpo todo dolorido, por ser metade humana, sou mais fraca que os demais lobos e me curo mais lentamente.
Às lembranças aparecem na minha mente como uma enxurrada e levanto da cama, me olho atentamente e vejo que estou apenas com uma camisola curta de seda branca.

Procuro minha mochila pelo quarto e não a encontro, procuro algo que eu possa usar como arma e encontro uma tesoura no banheiro.

Começo a descer com cuidado as escadas, tentando sentir algum cheiro ou ouvir algum barulho, mas não escuto nada, quando chego ao primeiro andar continuo andando,  até que me deparo com uma mesa com 3 homens conversando.

Até que o homem que está sentado ao lado direito me avista e volta a xícara que estava em sua boca e o homem do lado esquerdo vendo sua reação direciona seus olhos para mim e assobia.

-Que bela visão, logo pela manhã!- Vejo seus  olhos passearem sobre meu corpo e mesmo constrangida mantenho em posição de ataque.

Então o homem que até então estava de costas se vira e captura meus olhos, sinto meu colar queimar sobre o peito.
Minha tia explicou que quando chegasse a hora e meu colar queimasse era para eu arrancar fora o colar, para que o mundo soubesse que era chegada a hora.

Lembrando do que ela me disse e tendo os 3 homens olhando pra mim arranquei o meu colar e senti pela primeira vez, que tudo ao meu redor era mais intenso, como cheiros e as cores, então a dor avassaladora me tomou.

Cai ao chão e um dos homens tentou se aproximar e um rosnado alto foi ouvido. Então não aguentei e gritei, o homem mais alto, me pegou em seus braços e meu corpo se acalmou, ele correu comigo até a mata a dor estava me consumindo e ele sussurrou, no meu ouvido.

-Apenas aceite a dor, não lute contra. Você consegue.

Suas palavras foram como brasas em minha alma, tudo escureceu novamente, quando eu abri meus olhos, a dor já havia passado, mas eu me sentia diferente, estava com fome, porém queria algo cru?

Me levantei e olhei para os meus pés e no lugar vi patas brancas. Opa eu virei uma loba de verdade. Isso de certa forma me alegrou por dentro. Após caça e comer, achei um riacho e pulei afim de limpar do sangue. Quando estava na água senti meu corpo se transformar e voltar a forma humana.

Continuei nadando e sentindo pela primeira vez uma paz, que nunca havia sentido, até ouvir um barulho e lembrar, que eu estava em um território desconhecido.

-Quem está aí?

Então um lobo negro sai de sobre as árvores e me olha fixamente, ali senti nossas almas conectadas e já não estava mais com medo.

-Quem é você?

Ele se aproxima e entra no lago, ainda me olhando, mesmo eu estando nua, não consigo sentir medo dele.

-Meu nome é Aron sou o Supremo rei Alfa e seu companheiro.

Ele se transforma em humano e noto sobre a luz da lua que o homem de agora era o de mais cedo na casa.
Seus músculos eram definidos, seus rosto era bonito e marcado pela uma bela mandíbula, seus olhos eram de azul como o mar.

Por um segundo prendi a respiração e quando ele iria me tocar.

- Não quer dizer que somos companheiros, que seremos amantes.-Nado até a borda e antes de levantar lembro que estou nua, sinto seus olhos queimarem as minhas costas. Bom todos os lobos devem estar acostumados com a nudez serei apenas mais uma.

Sai do lago e Aron rosnou, fazendo meus pelos arrepiarem, sem olhar para trás continuei andando na direção das luzes das casas.

Nem 10 passos eu dei quando Aron me puxou para seu corpo.

-Ai seu bruto! O que pensa que está fazendo?

-O que eu estou fazendo?- Ele me perguntou irônico e com certa raiva no olhar. Ele pega um roupão que estava sobre uma árvore e veste, amarrando-o em um nó apertado.

-Escute bem! Minha mulher não vai sair desfilando nua sobre a alcatéia, para todos os lobos verem, entendeu?- ele fala segurando meu rosto,firme mais não aponto de machucar. Ele solta e como não tenho amor a vida tiro o roupão e com petulância digo.

- Que bom que eu não sou sua mulher.

Vejo seus olhos ficarem vermelhos e ele me pega e joga sobre o seu ombro, grito e esperneio, ele joga o roupão sobre o meu corpo, tampando qualquer visão que alguém possa ter e bate na minha bunda.

-Calada!

Chegando na sua casa ele me lança sobre a cama e ainda pelada ele avança sobre mim, seu cheiro chega as minhas narinas e inibriante.

-Nunca mais repita que não é minha mulher.- Então como um touro ele avançou mais e me beijou, levando praticamente todo o ar do meu pulmão.

Já havia beijado outros garotos, mas nada como isso, ele me jogou sobre a cama e subiu sobre mim, nunca havia sentindo tanta vontade de fazer sexo na minha vida. Mas agora quando ele estava prestes a me tomar para si, eu o parei.

-Espera, é eu.... Por favor seja cuidadoso. - disse por fim me redendo a ele. Ele apenas afirmou.

E de fato consumamos o nosso companheirismo e descobri que ali era o meu novo lar.