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Adrien andava de um lado para o outro, possuindo um belo sorriso no rosto, exibindo as duas adoráveis covinhas que possuí em cada lado de sua bochecha. Fazia um belo dia primaveril, sendo possível ouvir até mesmo o som dos passarinhos cantando ao adentrar a floricultura. O sol estava radiante no céu, que por sua vez, não possuía nenhuma nuvem que demonstrasse um possível risco de chuva para o começo da noite.
Por ser o mais forte dentre todos que trabalham em tal dia, ajudava de bom grado suas colegas de trabalho no descarregamento das várias flores que estavam sendo entregues. Leva consigo as caixas mais pesadas, que exibem para todos os curiosos e clientes, rosas belíssimas e grandes, com pétalas magnificas, que com certeza fariam um buquê esplêndido.
Passou boa parte do dia assim, somente parando para atender um cliente aqui e outro ali. Quando se deu conta, já eram quase seis horas da tarde.
Como todas as sextas-feiras, era o seu dia de fechar a loja. Suas colegas de trabalho saíram animadas segurando seus sobretudos, na qual trouxeram graças a manhã fria que fizera. Ele se despede delas, com um aceno feliz, antes de fechar a porta do estabelecimento e suspirar.
Ainda tinha muito trabalho.
Em passos lentos, andou até o estoque, onde as mais diversas caixas e vasos repletos por flores estão desorganizados pelo chão. Não estavam ao menos separadas por cores ou espécies, apenas abandonadas como plantas quaisquer, coisa que não deixava sua joaninha feliz.
E foi com tal pensamento em mente que ouviu a porta dos fundos sendo aberta, e um sorriso surgiu em seu rosto. Ah, sua adorável joaninha havia chegado para lhe ajudar como em todas as sextas. Isso fazia seu coração bater mais forte no seu peito.
— Adrien? — Sua voz saiu calma, como uma suave melodia, ele virou o rosto, vendo-a escondida entre as prateleiras. Talvez achando que houvesse alguém mais ali.
— Pode sair, todo mundo já foi. — Ele disse, com um tom leve e um sorriso no rosto. Mentalmente, a joaninha pensou em como era bom não ter câmeras ali, mesmo que fosse estranho. Não sabia porque motivos os Agrestes deixariam uma floricultura desprotegida. Tampouco sabia porque haviam investido em uma.
Ladybug saiu detrás da grande prateleira, com cuidado para não derrubar nada. Perambulou por entre as flores, e por fim, parou na frente do garoto. Ele a olhou, como o completo bobo apaixonado que era. Quando havia se perdido totalmente por aquela garota? Não se lembrava, mas não se arrependia.
Por mais que parecesse uma heroína completamente séria, ela era, por dentro, uma pessoa muitíssimo gentil e brincalhona quando estava com ele. Não era a primeira vez que se encontravam na floricultura. Certa vez, ela havia o ajudado a chegar ali sem atrasos, sem saber que era somente uma desculpa. Ele precisava se transformar e havia dito que ali era onde trabalhava durante um ataque de akuma. Ladybug havia o deixado ali, falando que depois voltaria para ver se ele estava bem.
Ele, de fato, achou que ela esqueceria aquilo, mas fora surpreendido quando Ladybug apareceu na janela de seu quarto, querendo se certificar que ele estava bem. Passaram um tempo conversando e sem imaginar que daquela conversa sairia uma bela amizade, que se tornara um belo romance, digno de um livro.
Conheceu-a por completo, porém, somente das formas figurativas. Eram tímidos demais para tentarem algo. As visitas da mulhe ficaram frequentes, mas foram interrompidas quando fora filmada por um amador, o que acabara no tão famoso Ladyblog, e fizera com que o Agreste fizesse ainda mais sucesso por bons dias na faculdade, algo que lhe irritara profundamente.
Fora pego de surpresa, quando em um certo dia achara um bilhete deveras discreto sobre sua cama, em um envelope branco com uma assinatura em vermelho. Sorrira, sabia de quem era, mas ficara confuso quando a carta lhe mandava começar a trabalhar naquela mesma floricultura, com o propósito desconhecido. Apenas dizia que lhe explicaria depois que ele fizesse isso. Ficara pensativo, mas... estava apaixonado demais para dizer não, e assim fizera.
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Flowers
FanfictionFlores Era tudo o que ele exigia em um emprego, para que pudesse aceita-lo, afinal, flores atraem insetos. Não seria diferente com certa joaninha.