Attention, please! [Verkwan]

one

Entediado.

Era o adjetivo perfeito para definir o estado de Seungkwan naquele momento.

Deitado sobre a cama grande e (agora) meio bagunçada, com vários HQs em mãos, e uma preguiça enorme de sair para fazer qualquer coisa, o Boo só queria uma coisinha de nada: que seu namorado lhe desse só um pouquinho de atenção.

Ele nem estava exigindo muito, só queria um pouco de carinho, poxa!

E por falar no mesmo, Hansol (ou Vernon como também era conhecido), estava com a cara na frente do computador há horas, nem mesmo prestava atenção no que o mais velho dizia, totalmente concentrado naquele jogo, tinha que fazer sua parte como membro da equipe.

E isso deixava Seungkwan irritado, aquele americano metido a gamer havia lhe chamado ali há algumas horas só para fazê-lo morrer de tédio, sem nem ganhar um beijinho nem nada?

Ele tinha que fazer algo a respeito, mas nenhuma ideia lhe vinha em mente.

Até que, como se uma lâmpada se acendesse acima de sua cabeça, lhe veio uma ideia brilhante (ou nem tanto).

Se aproximou devagar onde Hansol estava, se sentando logo em seu colo, mas com a maior parte de seu corpo do lado direito.

— Hansol-ya, me dá atenção um pouco... — Com um bico enorme nos lábios bonitos, o americano olhou para si rapidamente, sorrindo, mas no mesmo minuto voltando sua atenção para o jogo.

— Me desculpa, Kwannie, eu prometo que essa é a última partida e logo eu te dou atenção, tá bem? — Logo seus dedos se moviam com rapidez naquele teclado, se esquecendo totalmente do garoto emburrado em seu colo.

— Porque eu inventei de namorar um nerd que só pensa em jogar, hein? — Bufou alto ao sair do colo alheio, agora precisava de outra ideia.

E quando mais uma ideia iluminou sua mente, foi tentar mais uma vez. Até porque, quem não arrisca não petisca.

Preparou-se mentalmente para a cena como o bom ator que era, sentia-se até estreando uma peça de teatro.

— Ahhhhh, Hansol, socorro! — Começou a gritar desesperado, como se tivesse encarando um monstro terrível. — Tem uma barata enorme ali, socorro!

— Tem uma lata de veneno 'pra baratas no banheiro, você sabe onde está. — Nem ao menos se preocupou em olhar para o Boo, totalmente absorto no jogo e gritando ordens para seus colegas de time.

— Meu Deus, Hansol, a barata trouxe a amiga dela, tem uma cobra ali, socorro! — Começou a gritar mais uma vez, de cima da cama, meio exagerado para dois bichos que nem existiam ali.

Pensou ter finalmente acertado no plano quando o Chwe virou-se na cadeira para o olhar.

— Cadê a cobra, hein? — Cruzou os braços, olhando com graça para o mais baixo em pé encima de sua cama, parecendo surpreso.

— Tem uma dentro da minha cueca, quer ver? — Hansol riu alto, ele realmente não tinha filtros quando estava perto si. — Eu quero atenção, seu projeto de pró-player do Paraguai!

— Você é uma graça, Boo. Prometo que já estou terminando, é minha última vida no jogo. — E lhe deu as costas novamente, o mais velho se jogou na cama mais uma vez, bufando alto e pedindo muita paciência ao universo para não sair dali e ir atrás de seu vizinho bonitão que sempre conversava consigo.

— Universo, quando eu falei "quero um namoradinho bonito 'pra me dar carinho e outras coisas a mais", vocês provavelmente esqueceram da parte "dar carinho pro Seungkwan", tá difícil, viu? — Reclamou olhando para o teto, ele era uma pessoa carente, precisava sempre de um carinho e uma frase boiolinha tipo "amorzinho, comprei lanche 'pra nós dois".

Tanto pensou que acabou realmente adormecendo no mesmo lugar, entre os ursos de pelúcia e os HQs do homem-aranha do mais novo.

— Droga! Essa foi minha última vida... — Resmungou o americano, tirando os fones de ouvido, finalmente desligando o aparelho, lembrando antes de se despedir de seus amigos. - Estranho, pensei que o Seungkwan ia desligar o computador de novo só 'pra eu parar de jogar.

Levantou da cadeira, curioso com aquele silêncio, mas então quase morreu de amores quando encontrou seu baixinho dormindo abraçado com sua pelúcia do Snorlax.

Não resistiu e tirou uma foto para eternizar aquele momento de fofura extrema.

— Hey, Boo... — Balançou de leve o corpo adormecendo para que ele despertasse. — Acorda, meu bem, eu já posso te dar toda a atenção que você queria.

Seungkwan abriu os olhos devagar, mas logo se lembrou do motivo que estava irritado e virou-se de costas para o americano.

— Vai dar atenção 'pro seu joguinho, vai! O Honey me dá muito mais atenção e me ouve melhor que você.

— Quem é "Honey"?

— Ora, não 'tá vendo? Ele está bem aqui comigo. — Mostrou a pelúcia do Snorlax para o outro. — Ele é um amor, devia aprender um pouco com ele.

Hansol estava achando adorável toda aquela cena por causa de um joguinho, adorava ver o Boo irritado.

— Poxa, não fica bravo com seu Hansol, meu amor. — Puxou as mãos do mais velho para o fazer se sentar na cama. — Nenhum jogo pode substituir o garoto mais incrível e inteligente que eu conheço, prefiro mil vezes ficar aqui com você.

— É sério? Quer dizer, é claro que eu sei mas é sempre bom ouvir de novo, não é? — Desviou o olhar para qualquer canto do quarto, envergonhado.

— Sim, é sério. Eu, Chwe Hansol, sou muito apaixonado por um baixinho lindo que gosta de atenção o tempo todo. — Fazia cócegas na barriguinha do Boo, que nem tentava esconder o quanto adorava aquilo.

— Eu sei, eu também me amo muito. — Riu quando o mais novo o encarou com uma expressão de "Fiz um textinho todo fofo e boiola 'pra você me responder isso??". — E eu também sou muito, e põe muito nisso, apaixonado por um garoto nerd que acha que é streamer de games.

— Agora sim, merece até um beijinho. - Empurrou o corpo menor para que se deitasse novamente, ficando por cima de si. — Bom, talvez não só um, mas vários beijinhos.

Começou pelo pescoço, deixando uma mordida próxima do seu queixo, logo encontrando os lábios que mais amava no mundo, sendo extremamente delicado e carinhoso com aquele contato que, para o casal, significava muito.

Era como se tudo o que sentissem fosse transmitido ali, tudo o que não conseguiam dizer em palavras.

E Seungkwan amava aqueles momentos de carinho, sentia milhares de borboletas fazerem festa em seu estômago. Era tão único, tão eles.

— Agora, eu 'tô com uma fome... — Confessou depois que Vernon se deitou ao seu lado, fazendo carinho nos seus fios castanhos.

— Não se preocupa, amorzinho, comprei lanche para nós dois. Imaginei que você ia ficar faminto depois de tantos planos infalíveis. — Vernon riu de leve, ele conhecia extremamente bem o seu namorado.

— Ya! Meu príncipe salvador! — Falou de forma dramática, se levantando para ir atrás do seu "prêmio".

E Hansol apenas sorria bobo de ver seu garoto tão feliz.

E faria questão de pagar quantos lanches fossem necessários para ver aquele sorriso que iluminava sua vida e aquecia seu coração.

Mesmo que tivesse que aguentar os planos infalíveis que ele sempre vivia aprontando.

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Em pleno ano novo e eu escrevendo coisa boiola kk

Espero que tenham gostado desse mimo de fim de ano :)

Vejo vocês numa próxima estória, bye🌻.