Azaya
Rhysand tentava a todo o custo me manter naquele quarto.
— São muitos guardas. -ele disse.
— Acha que eu não estou preparada? —inclinei a cabeça— cinquenta anos e você esqueceu quem é a sua esposa?
Ele tomou meus lábios.
— Eu te amo. -ele disse.
Meu coração errou suas batidas naquele momento, eu senti o ar me faltar.
— Eu também te amo, Rhys, te amo muito. -sussurrei.
Ele me abraçou forte.
— Eu estou indo. -sussurrei.
Ele me encarou de cima a baixo.
— Os machos vão querer avançar em você. -ele disse.
Eu dei de ombros.
— Não é como se nunca tivesse acontecido nesses malditos anos que se passaram. —sacudi a cabeça, um rosnado— eu sei me cuidar.
Eu beijei os seus lábios novamente, abrindo a porta.
— Nos vemos logo. -murmurei cobrindo meu rosto e meus cabelos.
— Eu a amo, Azaya.
— Eu também o amo, Rhys.
E eu saí, me esgueirando nas sombras dos corredores.
Seguindo onde o meu poder mandava eu ir, as areias me envolveram, e eu atravessei, surgindo em um corredor de celas, vendo logo a frente a mesma humana ser arrastada pelos guardas, indo cumprir a sua última tarefa.
Eu me escondi nas sombras, e quando eles sumiram... Eu surgi, procurando nas celas até achar ele...
— Pai! -chamei na janelinha da cela.
O grão-senhor ergueu o olhar, fraco demais, tão fraco que senti meus joelhos fraquejarem.
— Papai. -murmurei em um soluço.
— Azaya. -um sussurro.
— Ei! Você!!
— Fuja, filha, fuja. -ele disse.
Eu me virei, meu poder retumbando, dez guardas vieram em minha direção, eles pararam de imediato, vendo a areia me circundar, moldando, tomando forma.
Se tornando estacas afiadas.
— Merda. -xingaram.
— O deserto manda lembranças. -falei.
E o meu poder se lançou, eles tentaram fugir, mas não houve escapatória, as estacas de areia perfuraram os seus corpos, os matando, eles foram ao chão, a areia amortecendo a queda, impedindo de fazer barulho.
— Se afaste da porta. -eu disse.
Meu pai se arrastou e a porta explodiu, se dissolvendo em areia.
— Papai. -corri até ele, me agachando.
— Minha filha, minha princesa. -ele sussurrou.
Eu deixei lágrimas caírem.
— O que fizeram com você? -sussurrei.
Ele estava pálido, quase sem vida.
— Vamos sair daqui. -pus seu braço por cima do meu ombro, o ajudando a levantar.
— Não devia estar aqui meu anjo, é perigoso demais. -ele sussurrou.
— Não importa. —falei— vou tirar você, o Rhys, tirarei todos daqui.
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Corte de Areia e Desertos
FantasyE se Rhysand tivesse alguém por quem voltar depois de sob a montanha? e se ele não fosse o parceiro da Feyre e do outro lado daquele pesadelo alguém estivesse esperando por ele?? Uma nova corte que se ergueu, uma corte de areias e deserto. Uma princ...