I'm falling

Prólogo

( Só uma coisa aqui antes de começar a bagaça toda, queria falar pra vocês que essa é minha primeira fanfic, então se estiver uma merda já sabem o porquê, e é isso aí e tmj )

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   ━ Você deveria desistir. ━ Lá estava ele, uma simples criança de 4 anos ouvindo aquelas cruéis palavras proferidas pelo médico que havia o examinado. Como ainda não havia despertado sua individualidade, sua mãe ficou preocupada e o levou a um médico, e lá só foi lhe dito isso.

   Aquelas palavras o atingiram de forma brutal, ele realmente estava confiante quando havia chegado naquele hospital, mas ao sair, qualquer um notava os olhos sem vida no garoto de apenas 4 anos, que tentava assimilar as coisas, tentava entender porque ele, no meio de tantas pessoas, foi nascer em uma individualidade.

   Foi colocado no carro pela sua gentil mãe, que por sua vez se sentou no banco do motorista e foi guiando o carro pelas ruas asfaltadas, enquanto só podia desviar o olhar do retrovisor, que refletia a imagem de seu pequeno filho, ainda abalado com seu rosto sardento sendo molhado incansavelmente por suas lágrimas.

   O pequeno esverdeado não sabia como deveria reagir àquilo, apenas sentia a forte brisa batendo contra seu rosto já inchado de tanto chorar.

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   ━ Ele é..um herói tão legal...  Eu também..posso ser um herói? ━ O pobre garoto de cabelos esverdeados perguntava a sua mãe, apontando tremendo para a tela do computador, que passada a imagem de seu herói favorito, seu ídolo, o herói número 1, o grande, musculoso e poderoso All Might, onde Izuku já estava com os olhos já embaçados por segurar tanto sua lágrimas. Mas tudo que pôde ouvir de sua mãe foi "Desculpe Izuku, desculpe" repetidas vezes enquanto o abraçava.

   Diante dessa situação o garoto só pôde deixar que as lágrimas que tanto insistiam em derramar perante seu rosto sardento seguissem, assim molhando, ou melhor dizendo, encharcando o rosto e até as roupas do pobre esverdeado, não era isso que ele queria ouvir.

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   ━ Mesmo sem individualidade, ainda quer bancar o herói, Deku? ━ Dizia um garoto de cabelos loiros espetados com olhos vermelhos, que criava uma explosão em sua mão. Ele era um "amigo" de infância de Midoriya, se é que podemos o chamar assim.

   ━ K-Kacchan! ━ Dizia o esverdeado, já trêmulo com a fala do amigo, Midoriya ficou assustado, recuando um pouco, mesmo que estivesse tentando proteger um colega, ainda tinha medo do garoto a sua frente, este que se chamava Katsuki Bakugou.

   Naquele dia, Katsuki "espancou" Midoriya junto de seus amigos/comparsas, o esverdeado estava no chão, sujo, com leves queimaduras e sangrando um pouco, pode parecer pouco, mas lembre-se que estamos falando de uma criança de 4 anos.

5 anos depois...

P.O.V.: Izuku Midoriya (Atualmente com 9-10 anos)

(Sim, o início se passa um pouco antes do que no anime, mas eu preciso disso para desenvolver melhor o Midoriya)

   Já estava no fim do horário de aula, e eu estava calmamente guardando minhas coisas para ir pra casa, eu precisava chegar a tempo em casa, porque depois daquele fatídico ocorrido no médico, quando eu descobri que não tinha individualidade, minha mãe desenvolveu depressão profunda, e acabou ficando incapacitada de fazer as coisas básicas que ela, como o adulto da casa deveria.

   Então já tinha quase quase 3 anos que eu agia como o adulto da casa, com quase 10 anos, eu varria, lavava, cozinhava e fazia as compras da casa totalmente sozinho. Como eu arranjo dinheiro pra isso? eu fazia trabalhos pros meus vizinhos, isso ia desde cortar a grama do jardim e passear com cães, até a ser usado como "brinquedo sexual".

   As vezes dói, mas é o mínimo que posso fazer, eu deixei minha mãe daquele jeito, é meu dever cuidar dela como fosse possível, eu até queria denunciar para alguns heróis, mas perderia minha fonte de renda, e querendo ou não, dava um dinheiro considerável. O suficiente para pagar os remédios da minha mãe, comida e roupas.

   Eu geralmente deixava a maior parte da comida pra minha mãe, o que me fez emagrecer muito, eu também a dava banho e cuidava de tudo que ela precisava, ela era tudo pra mim, e não ia deixar que ela morresse por minha culpa.

   Eu estava atrasado pra minhas "sessões" de trabalho, então tinha que correr se quisesse por comida na mesa, mas quando ia sair da sala de aula, fui empurrado contra o chão por Bakugou, meu "amigo" de infância.

   ━ Aonde pensa que vai, Deku? ━ Dizia ele me puxando pela gola da camisa.

   ━ K-Kacchan, p-por favor, eu preciso i━ Fui cortado no meio da frase com um forte chute no estômago, me fazendo me encolher no chão..já estava chorando.

   ━ Qual é Deku, não aguenta nem um chutezinho desses? ━ quando o loiro disse isso, olhei de canto, e vi que tinham chegado dois dos amigos dele, então eu já esperava o que ia acontecer.

   Como imaginei, eles me espancaram, haviam queimaduras pelo nos meus ombros e pernas, além do sangue e marcas roxas pelo meu corpo, e algumas eu tinha certeza que não tinham sido causadas pelos meus colegas de sala.

   Um dos amigos do Kacchan tinha uma individualidade que o permitia esticar seus dedos como fitas ( uma individualidade bem interessante por sinal ) ele usou aquilo em mim pela primeira vez nesse dia, ele enfiou aqueles dedos na minha garganta, parecia que estava perfurando tudo que tinha ali, e quando não conseguiu mais descer, Kacchan fez uma explosão na minha nuca, me forçando pra frente, fazendo com que os dedos do amigo dele fossem mais fundo.

   ━ Eca, acho que peguei em alguma coisa ━ dizia ele tirando os dedos da minha garganta, e nesse exato momento eu vomitei sangue nele, que não gostou nem um pouco disso, e pegou meu rosto e afundou no meu próprio vômito de sangue que estava no chão.

   Após isso, só Kacchan ficou naquela sala comigo caído no chão sangrando, chorando e com possivelmente uma hemorragia interna. Como crianças de 9 anos podem ser tão cruéis? Eu nunca entendi isso.

   Kacchan chegou no meu ouvido e falou:
   ━ Se quer tanto assim ser um herói, tem um jeito fácil, se jogue da janela e torça para que nasça com uma individualidade na próxima vida.

   Essas palavras...

   Não tive tempo pra raciocinar, ele já havia me "explodido" contra a parede e ido embora.

   "Se jogue da janela e torça para que nasça com uma individualidade na próxima vida" essas palavras martelavam em minha cabeça enquanto chorava no chão daquela sala de aula.

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   Acho que ficou meio arrastado demais essas informações, dava pra ter explorado melhor o passado do Deku, mas depois eu explico melhor, o importante aqui é que os acontecimentos se passam quando ele tinha 9-10 anos, e não 14-15.

   Eu me empolguei um pouco na hora de escrever, acho que não era pra um "prólogo" ser tão grande, mas é isso, qualquer coisa depois dou um jeito, com o tempo eu vou aprendendo. Obrigada por ler até aqui!