Capítulo 2

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Acordo cedo e vejo que Silvana já está fazendo o café da manhã.

Eu contratei ela para cuidar da casa, e também é ela quem cuida das crianças quando eu preciso sair. Ela era melhor amiga da minha mãe e me ajudou muito quando eu precisei, por isso sei que posso confiar nela.

— Bom dia, Silvana — digo.

— Bom dia senhorita.

Olho o horário e vejo que já está na hora de acordar as crianças para a escola.
Primeiro passo no quarto de Maya e a acordo gentilmente.

— Ei princesa, já está na hora de arrumar para ir para a escola.

Ela abre aqueles lindos olhinhos e levanta, ainda com cara de sono.

— Bom dia mamãe.

Aquele lindo rostinho faz todos os momentos de dificuldade valerem a pena, foi difícil - na verdade ainda é - mas não me arrependo de ter tido ela.

Pego ela no colo e vou até o quarto do Lucas para poder acordar ele. Eu sempre aproveito toda oportunidade que tenho para carregar a Maya, eu sempre fazia isso com o Lucas também, mas agora ele está com 8 anos e não quer mais deixar eu carregar ele. Ele acha que está velho demais para isso.

— Bom dia Luquinhas, hora de acordar para ir para a escola. — Digo.

Ele apenas resmunga alguma coisa e cobre os olhos com a coberta.

— Maya, acorda o Luquinhas para a mamãe. — Sussurro no ouvido dela e coloco ela na cama do Lucas.

Ela começa a pular na cama tentando fazer ele levantar.

— Vamos Luquinhas! Acorda, acorda, acorda... — Maya diz enquanto pula na cama.

Lucas finalmente cede e levanta da cama.

— Não quero ir pra aula hoje — fala mal humorado.

— Uma pena querido, pois você vai sim, agora vai lá tomar banho.

Resmungando ele vai para o banheiro.
Levo Maya até o banheiro, dou um banho nela e lavo seu cabelo.
Ajudo ela a colocar seu uniforme e deixo o uniforme do Lucas no quarto dele, para ele colocar assim que sair do banho.

— Prontinho querida, vai lá na cozinha tomar café enquanto eu tomo um banho. — digo a Maya e ela logo sai correndo para a cozinha.

Faço minhas necessidades e tomo um banho.
Quando eu termino de trocar de roupa, ouço meu radinho chamando.

— Patroa tem um cara aqui querendo subir, ele disse que veio morar com o irmão dele e que vai ser o novo professor lá da escola, é pra deixar ele passar? — ouço o TG dizer.

— Calma aí, vou só passar na escola e logo em seguida eu passo aí pra ver quem é o novo morador.

Termino de me arrumar e vou para a cozinha. Vejo que os dois já estão prontos e estão terminando de tomar café. Dou um beijo na testa dos dois e tomo meu café da manhã rapidamente.

— Vão escovar os dentes, preciso resolver uns negócios depois que eu deixar os dois na escola.

Os dois rapidamente sobem para escovar os dentes e eu fico esperando.

— Silvana, semana que vem eu vou precisar sair de noite, provavelmente vou chegar tarde. Tem como você cuidar das crianças para mim? — falo.

— Claro, sem problemas.

Assim que as crianças descem eu coloco os dois no carro e levo eles para a escola.

— Lembrem-se: Não saiam da escola com nenhum desconhecido, nem mesmo se a pessoa disser que eu mandei buscar, se eu precisar que alguém busque vocês eu vou ligar para o celular do Lucas, ok? Se acontecer qualquer coisa estranha, me liguem imediatamente. Amo vocês. — digo novamente as mesmas coisas que digo para eles todos os dias e abraço os dois.

— Também te amo. — os dois dizem ao mesmo tempo e cada um vai para sua sala.

Sempre deixo dois vapores de confiança para ficar de olho aqui perto da escola.
Sei que talvez eu esteja sendo muito super protetora, mas tenho muito medo de algo acontecer com eles. Tenho muitos inimigos, então todo cuidado é pouco.

Depois de alguns minutos, chego na entrada do morro para ver quem é o novo morador.

A dono do morro Onde histórias criam vida. Descubra agora