Capítulo 46

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ALERTA GATILHO

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Era a primeira aula de DADA que Lyra teria aquele ano e ela estava ansiosa. Era uma matéria que ela ia relativamente bem. Assim que entrou na sala, Lyra viu que tinha um espaço vazio ao lado de Draco e outro ao lado de Harry. Mesmo que Potter a tivesse magoado, era infinitamente melhor ficar perto dele.

Lyra cautelosamente se sentou, sem encostar no jovem.

- Seu cheiro de puta me enjoa, sabia? – Ele disse olhando para frente.

- Se quiser, posso te fazer parar de respirar para sempre. – A jovem disse sem mover um músculo na direção de Potter.

Antes que Potter replicasse, Umbridge entrou na sala, ela distribuiu uns livros de defesa que Lyra achou patético, mas Potter não conseguia calar a boca. Ele insultava os métodos da nova professora e arrastou Lyra para o problema.

- A senhora quer que me defenda com isso? – Ele disse indignado. – Quando a uma vadia aqui sentada ao meu lado que trabalha para Voldemort!

- Senhor Potter! – A mulher gritou. – Detenção. Já você, senhorita?

- Black, senhora, Lyra Black.

- Detenção por insinuar mentiras.

- Que mentira? – Lyra explodiu

- Que aquele-que-não-deve-ser-nomeado voltou e que a senhorita trabalha para ele.

No fim da aula, Lyra e Potter se encaminharam até a sala de Dolores, para a detenção.

A sala da mulher era pavorosa, gatos, papeis de paredes rosas, se Narcisa visse essa decoração, com certeza daria uma aula a mulher de sutileza e bom gosto.

- Sentem-se crianças. – Ela disse com uma falsa voz doce. – Vocês irão escrever linhas para mim.

Conforme Lyra e Potter tiravam suas penas da mochila a mulher deu uma risada fina e aguda.

- Não será necessário, podem usar as minhas.

- Não tem tinta. – Lyra disse.

- Não precisa, ela é... mágica.

Quando Lyra encostou a pena no pergaminho ela sentiu uma pressão nas costas da mão esquerda.

- Não use essa pena Potter. – Lyra disse alto. – É uma pena de sangue.

- Se não usar, querida, farei coisas muito piores com você, nem seu padrinho tem como interferir agora.

- Você segue Voldemort e tem medo disso? – Potter disse friamente. – Espero que te marque muito mais do que a mim. O que devemos escrever madame?

- Senhor Potter escreverá, "não devo contar mentiras". Já a senhorita, como Potter bem colocou, a senhorita se acha muito, então escreverá "não devo ser exibida".

- Quantas vezes? – Lyra disse.

- Até penetrar.

Lyra escreveu mais de 50 linhas e o dorso de sua mão estava em carne viva. Quando Dolores ficou satisfeita liberou os jovens. Lyra seguiu para o dormitório de monitores chefes, mas não reparou que Potter a seguia.

- Black! – Ele a chamou.

Quando Lyra se virou, Potter deu um tapa em sua cara, com toda a força que ele podia, deixando a bochecha da jovem marcada com seus dedos.

- Isso é por ser uma comensal da morte. - Ele se virou e deu outro tapa na outra bochecha da menina. - Isso é por não confessar ser uma comensal da morte. Um dia, você vai estar sozinha, sem noivo, sem amigos e sem padrinhos, e então eu vou fazer o que eu quiser com você. - Ele se aproximava da jovem que já tinha os olhos cheios de lágrimas. - Quando seu mestre cair, eu vou ter você na frente do Malfoy, depois vou matar ele e te manter comigo. Vai ser a minha vadia para o resto da sua existência miserável.

Potter a largou e com medo, Lyra murmurou a senha e entrou correndo na comunal que dividia com Draco, lá ela se permitiu chorar. Chorar de dor pela mão e os tapas, e chorar de medo, medo de Potter e do que ele queria com ela.

- Lyra! – Draco gritou, vendo o rosto e a mão da menina. – O que fizeram com você?

- Você se importa? – Ela disse olhando para ele. – Potter apenas me tratou como a vadia que você acha que eu sou. Boa noite.

Draco sabia que isso era culpa de Sirius, e eleia pagar.

Pra sempre Lyra BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora