Amanda
Hoje eu e o Arthur vamos fazer 2 meses de namoro, tinha como acordar desanimada? Não tinha!
Ainda mais depois da noite que tivemos, quem diria que eu iria gostar tanto de uma coisa que eu sempre evitar falar e até mesmo pensar.
Me levantei da cama dele com todo cuidado do mundo, já que ele ainda dormia como um anjo, digo na suavidade mesmo, porque ele dorme com a boca aberta, não totalmente arreganhada né, só um pouquinho aberta.
Fui direto pro banheiro, tomei um banho, vesti uma roupa confortável e desci pra cozinha.
Preparei meu café da manhã e enquanto eu comia, pensava em qual presente da pro Arthur, um tênis não seria nada mal, né?!
Quando eu fui fazer o café da manhã dele, pra levar na cama do mesmo, aquelas coisas fofas e tals , recebi uma ligação, era a minha mãe.
Todas as ligações da minha mãe me traz alegria, mas a de hoje trouxe dor.
Minhas aulas presenciais voltaram, mas a dor não foi por isso, não nesse sentido. A dor veio por eu ter que ir embora e bom,eu teria que voltar o mais rápido possível, no caso hoje.
Bem hoje, no nosso dia.
Como ele reagiria? Essa pergunta rodou tanto na minha mente que eu fiquei com medo da reação dele, sendo assim, saí daquela mansão o mais rápido possível.
Eu precisava colocar meus pensamentos em ordens, tudo dependia só de mim.
Andava pelo condomínio sem nem saber da onde eu estava e pra onde eu voltaria.
Minha única salvação tinha nome e sobrenome, Heloísa.
Liguei pra mesma que já estava por dentro de tudo, ela sentia o mesmo que eu, afinal não foi só eu que me apeguei ao povo daqui do Brasil, sendo mais específica, Heloísa também tinha seu contatinho daqui, também tinha sentimentos por alguém.
A gente vacilou, a gente sabia que estávamos aqui no Brasil só de passagem, o nosso lar não é aqui, nossa família não é daqui.
Ouvir a minha melhor amiga desabar em lágrimas na ligação, eu sendo uma menina sentimental, também chorei, não aguentei e coloquei tudo pra fora.
Heloísa pediu pra que eu voltasse pra casa do meu irmão, pra evitar o pessoal da Loud enquanto vou formulando na mente o que falar pra cada um, principalmente pra ele.
Cheguei na casa do Bruno que por sorte não estava, nem ele e nem a minha cunhada. Fui direto pro meu antigo quarto e aí sim me permitir a chorar o quanto era preciso.
Heloísa depois de um tempo também chegou, se deitou ao meu lado e ficou em silêncio.
Amanda:E agora? - pergunto sem rumo algum
Heloísa: Nessa vida pra tudo tem um jeito, basta saber o que vc quer. - olho confusa pra mesma que respira fundo se sentando na minha cama - Nesse meio tempo andei pensando, não é todos que vão poder voltar pra faculdade, não é mesmo?! - concordo com a cabeça - E por que logo a gente que estamos aqui no Brasil, com esse presidente de merda, devemos voltar? - eu ainda não tinha entendido, acho que eu andei muito com a Voltan ou com o Coringa, tanto faz, ambos são lerdos. - Aí Amanda vc não é tão lerda assim, me ajuda!
Amanda:Não é mais fácil vc ser direta? Não enrola, vai. - ela revira os olhos e eu me sento na cama, ficando de frente pra ela
Heloísa:É só a gente falar que estamos aqui e que preferimos estudar online, por mais que esteja sendo uma merda e que a gente quase não entende! Mas aí é que tá, a gente realmente quer ficar aqui? Tipo, é a nossa faculdade, sabe?!
Amanda:Eu já me acostumei a morar aqui, a gente ficou mais do que o esperado por causa desse vírus - ela balança a cabeça concordando - Só que os nossos pais estão lá, nossa faculdade,os poucos amigos que temos, minhas danças, minhas coisas, minha vida é lá. Aqui eu também tenho isso, de outra forma mais tenho. É confuso, eu não quero deixar o Arthur, afinal começamos praticamente agora - me jogo na cama novamente e encaro o telhado pedindo pra Deus me ajudar nos meus pensamentos
Sempre quando acontece algo na minha vida dessa forma,eu deixo nas mãos de Deus, afinal não a ninguém melhor que o senhor pra saber qual caminho devo seguir, Deus sempre esteve comigo e eu sei que não será agora que ele virará as costas pra sua filha.
Sou acostumada a sentir muito e isso pode ser considerado um drama,mas juro que não é!
Logo hoje eu teria que escolher entre a minha antiga vida e agora essa minha nova vida, a única pergunta era, eu estava mesmo pronta pra tudo isso de novo?
Heloísa:Hoje vcs fazem dois meses, já tem o presente dele em mãos? - muda o assunto e eu nego com a cabeça desanimada - Então vai tomar banho, tirar essa cara de morta da cara que a gente está indo ao shopping comprar presentes - ela nem espera a minha resposta e já pro antigo quarto que ela usava
Estamos aqui no Brasil há um bom tempo, talvez já era pra eu e o Arthur estar fazendo sei lá quantos meses, mas ambos estavam com medo de assumir que gostava um do outro e agora estamos aqui, fazendo apenas dois meses de namoro.
Fomos lerdos e perdemos muito tempo por causa disso, vou ter que confessar.
Mas tá tudo bem, Deus sabe de todas as coisas...
Me arrumei rápido e fui pro shopping junto com a Heloísa que tentava me animar e animar a ela ao mesmo tempo. Mas foi tudo em vão, eu precisava ver o Arthur.
Comprei dois tênis pra ele, já que eu fiquei em dúvida entre eles e o meu pensamento hoje já não estava tão bom pra ficar pensando em presentes.
Almocei forcada mas almocei, isso que importa.
Não via a hora de chegar em casa e conversar com o Bruno e depois com o Arthur, mas Heloísa insistia em ficar rodando pelo shopping todo.
Até o meu irmão me ligar, dizendo que precisava conversar comigo urgentemente lá na mansão dos influênces, achei meio estranho mas também não disse nada, hoje eu queria evitar qualquer coisa que não fosse sobre o Arthur.
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Os opostos se atraem
FanfictionMe apaixonar já é uma grande loucura, agora me apaixonar por uma pessoa que é totalmente o meu oposto ja é macumba - Crusher Capa feita por @wavbicht