02 | Eu a conheço?

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Acordei as 10 da manhã; No sofá da sala com a televisão ligada e um incômodo imenso nas minhas costas. Sinceramente não faço ideia de como eu fui parar lá. Depois da noite longa que tive, acho que simplesmente levantei liguei a televisão e coloquei toda minha atenção em qualquer coisa que não fosse eu, o meu passado ou motivo de estar aqui.

Depois de uma bolsa sangue, um banho demorado e uma tentativa falha de afastar meus pensamentos. Decido que não posso mais adiar minha visita, aos meus queridos irmãos.

Cento e setenta e três anos, sem ouvir a voz irritante do Damon. Não sei se tô psicologicamente preparada para voltar para os dramas e problemas dos Salvatore. Espera? O que, não, eu definitivamente não vou voltar para nada, irei resolver o problema e seguir com minha eternidade sozinha.

Passo andando pelo corredor e vou em direção a cozinha na esperança de achar café, e é claro que não tinha a porcaria do café. Terei que me contentar com whisky.

Ao abrir o armário da mini adega, percebo que não tinha nenhuma bebida álcoolica. Como eu vou sobreviver aqui sem álcool? A resposta é, que eu não vou.

Passei rapidamente os olhos pela a bancada de mármore branco na minha cozinha, e logo achei as chaves do carro. Peguei as chaves sem fazer cerimônia e fui para garagem.

Antes de entrar no carro parei um pouco pra admirá a minha Mercedes-Benz vermelha, esse foi definitivamente o carro mais bonito que eu já tive. De fato combina comigo. Além de ser um conversível, que por si só já ganha mil pontos comigo.

Mas agora vamos focar no mais importante, ir ao Mystic Grill tomar um copo de whisky e ir ao encontro dos meus irmãos. Certo, eu sei que falei que não iria adiar, mas quando você não ver seus irmãos a mais de um século, é de ser esperar que eu esteja com raiva... Talvez até nervosa. E acredite, a mistura da raiva com o nervosismo pode fazer com que você faça coisas no impulso, e quando eu digo no impulso, eu me refiro a matar pessoas. Não me leve a mal, não é como se eu não gostasse de matar pessoas alheias, na maioria das vezes é até mesmo divertido. Entretanto, até mesmo eu consigo reconhecer que tem um certo tempo para algumas coisas. E é como eu disse, não possoa matá-los hoje, mas não falei nada sobre amanhã.

Enquanto eu dirigia para o Mistyc Grill, um único nome insistia a permanecer na minha mente Elena Gilbert. Ouvi sobre a duplicada Petrova e admito que realmente estou intrigada para conhecer a garota.

Ao estacionar o carro logo notei uma presença marcante dentro do Mistyc Grill, Uma garota com cabelos loiros e longos. Ela vestia uma calças Jens e usava uma regata branca de alça com alguns detalhes em renda. A loira estava virada para o balcão conversando algo com o garçom.

Sentei-me ao lado da garota, já que ela não parecia estar acompanhada. Logo senti seus olhos sobre mim.

— Whisky, puro. — pedi ao garçom, que logo pegou um copo de boca e bojo largos, porém baixo e sem haste. Colocou gelo e finalmente despejou o whisky em meu copo.

— Por favor, me deixe pagar por sua bebida. — a garota pediu. — Eu conheço você? — perguntou como se procurasse meu rosto em suas memórias.

Sorri com a pergunta da garota — Bem, eu não sei, conhece?

— Rebekah Mikaelson, é um prazer. — Disse ainda me olhando de maneira esquisita.

Normalmente eu causo esse efeito nas pessoas por ser muito alta ou até mesmo por ter o cabelo curto "além da conta". Mas o jeito que ela me olhava era diferente.

Ela disse Mikaelson?

Os Mikaelson são os primeiros vampiros, os vampiros originais. Sempre ouvi historias das atrocidades que a família Mikaelson fez ao longo dos séculos e para ser sincera eu admiro eles um pouco por isso.

O lado bom de estar morta | Klaus Mikaelson (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora