Capítulo Um

20 4 0
                                        







Busan.

Park Jimin, 5 anos.


— Vovó! Venha aqui, venha ver isso!

Eu precisava que minha vozinha visse aquilo. Não sabia ao certo o que era, mas ela teria as respostas. Ela sempre tem.

— O que foi Jimin-ssi?

Meus olhinhos estavam abertos em puro êxtase, enquanto sentia a brisa leve balançar os fios do meu cabelo numa dança sincronizada e natural.

Não pude deixar de notar a aparição de vovó ao meu lado, ela veio muito rápido, como o herói "The Flash".

— Veja como esses bichinhos são fofos. — Apontei para que ela entendesse o motivo da minha felicidade repentina.

Acho que entendeu, porque assim que olhou para a direção em que eu apontava, abriu um grande sorriso, e beijou minha bochechinha.

— Aqueles bichinhos são borboletas, pequeno Jimin.

Eu sabia que ela teria as respostas.

— Borboletas? — Perguntei apoiando uma de minhas mãos na minha cintura. — Nunca ouvi falar delas, vovó.

Ouvi uma risadinha fraca da minha vó, que levantou do meu lado indo em direção às... Borboletas? Acho que é assim que se fala.

Ah, que nome engraçado.

— Isso mesmo, pequeno. Você nunca ouviu falar delas, mas estão aqui a muito, muito tempo. — Senti minhas sobrancelhas arqueando em admiração. — Venha aqui, Jimin, chegue perto delas.

Puxa vida... Eu acabei de conhecê-las, talvez não seja bom para as borboletas que um desconhecido chegue perto delas, assim, dessa forma.

— Chegar... Perto delas? Não quero vovó, acho que... Acho que estou com medo.

Vozinha deu outro sorriso.

— Pequeno, elas são inofensivas, não irão te machucar, e se tentarem, eu te protejo. — Então ela estendeu o dedinho mindinho pra mim. — Eu prometo.

Talvez... Não tenha problema, não é? Vozinha prometeu que as borboletas não irão me machucar.

— Então está bem, vó. — Estendi meu dedinho, e juntei com o dela, confirmando o juramento. — Eu confio em você.

Confiava nela, com todas as forças de meu ser, porém mesmo confiando imensamente em vovó, ainda podia sentir o medo fluindo pelo meu corpinho. Talvez esses sejam os impactos de novas descobertas em pessoas, nós sentimos medo, mesmo em meio a admiração.

Cheguei devagarinho perto dos bichinhos, e com o tempo, percebi que pareciam tão inofensivas quanto eu, logo me acalmei.

— Venha, me dê seu dedinho. — Ela pediu, então obedeci.

Logo, um dos bichinhos pousou em mim, dei um pulinho de susto, mas consegui acalmar meu coração. Comecei a sentir cosquinhas, e rindo baixinho pra não assustar elas, escondi meu rosto na minha outra mão gordinha.

— Está vendo, Jimin? — Vovó ainda segurava meu dedinho. — Elas são bem inofensivas.

Meus olhinhos fitavam a borboleta pousada em meu dedo, direcionando minha atenção, em outra coisa. Na cor.

Fiquei paralisado enquanto admirava a cor das asas delicadas daquele bichinho. Elas balançavam calmamente, e a cada movimento sentia-me em uma nova descoberta.

TODAS AS CORES DO MUNDO • jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora