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"Gosto de te ver assim." - Bucky Barnes.
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Assim que voltou para o apartamento com o remédio em mãos esperando que o mais velho não desconfiasse das suas verdadeiras intenções com aquela saída, o encontrou com uma careta não muito animada a esperando sentado no sofá.
"Você demorou quase uma hora para ir na farmácia Amélia! O que aconteceu? Fiquei preocupado." Exclamou.
"Me desculpa James, não achei o remédio que queria na farmácia aqui perto e tive que ir em outra para encontrar. Está cada vez mais difícil de encontrar um remédio que realmente me faça conseguir dormir..." Concluiu, não estava mentindo completamente, de fato os pesadelos que vinha tendo desde que tudo aconteceu estavam atrapalhando muito seu sono, e como não podia se dar o privilegio de não dormir devido as aulas da faculdade que tinha pela manhã começou a fazer uso de medicamentos que induzissem seu sono e o deixasse pesado o suficiente para não ser atrapalhada por sonhos ruins.
"Eu entendo boneca, mas você poderia pelo menos ter me avisado, achei que algo tinha acontecido, você saiu praticamente correndo."
"Me desculpa, eu realmente me esqueci de avisar."
"Sem problemas, agora vamos se não podemos perder o voo, é sempre bom chegar antes."
(...)
O clima era friorento, já estava no final da tarde havia chovido durante todo o dia, mas naquele horário as gotas de agua já haviam cessado, apenas a grama molhada e a brisa fresca entregavam a tempestade de algumas horas atrás, que Sam havia comentado durante todo o caminho do aeroporto para casa. James estava encostado no batente da porta bebendo algum chá que Sarah tinha oferecido e observando Amélia sentada na mesa de madeira ainda úmida há alguns metros, conversava com as duas crianças enquanto soltava gargalhadas altas a cada minuto, fazia tempo que o moreno não via a garota tão leve e feliz.
"Essas duas pestes não paravam de perguntar dela, ela faz muita falta." Comentou Sam se colocando ao lado do outro.
"Ela também sente muita falta, fazia um bom tempo que eu não via ela tão feliz, as coisas tem sido complicadas."
"Sarah me contou, que ela teve alguns pesadelos desde que tudo aconteceu, eu sinto muito que isso esteja acontecendo, sei o quanto esse tipo de coisa é difícil de superar, atendi muitos ex soldados traumatizados no passado." Lembrou passando as mãos pelo rosto e respirando fundo.
"Não queria que ela tivesse se envolvido nisso, até hoje não entendi direito o porque da Karli ter ligado para ela aquele dia..."
"Acho que Karli se identificou de alguma forma com Amélia, e sabia que a garota tinha certa influência sobre nós dois, talvez quisesse usar ela apenas para nos desestabilizar ou esperava que Amélia realmente a ajudasse de alguma maneira, não tem como sabermos, não mais" Disse levemente triste. "Mas Amy quase conseguiu resolver tudo, quase conseguiu fazer ela se render, não gosto de dizer isso porque respeito o trabalho da Sheron, mas talvez aquele tiro realmente não fosse necessário."
"Bom o que importa é que já passou e nada de pior aconteceu."
"Você está certo." Concordou.
Encerraram a conversa ao ver as três pessoas correndo em direção a casa quando a tempestade voltou com toda a força em um piscar de olhos.
"Eu falei que esse tempo estava maluco, essa chuva vai e volta, as vezes parece que vai derrubar a casa de tão forte, era sobre isso que eu estava falando." Reclamou Sam entrando dentro da casa com os outros e fechando todas as janelas.
"Samuel é a decima quinta vez que você fala da chuva, nos já entendemos." Falou a loira enquanto revirava os olhos implicante.
"Abusada." Resmungou dando um tapinha na sua cabeça.
{...}
As janelas ainda estavam fechadas devido ao temporal que estava tendo do lado de fora, Sarah havia cozinhado uma sopa quente que combinava perfeitamente com o clima, Mary estava no colo de James durante todo o jantar, ao que parece a gatinha havia realmente sentido falto do seu dono original. todos comiam tranquilos enquanto entravam em conversas paralelas sobre o tempo em que ficaram longe.
"E o livro, já tem previsão para lançar Amy?" Perguntou com um olhar animado, as últimas noticias que haviam recebido da mesma há um mês atrás era de que já estava tudo encaminhado.
"Graças a minha professora da universidade que enviou uma carta de recomendação para uma das principais editoras de Nova York aceitaram lançar o meu livro, mas ainda vai demorar alguns meses, pelo menos já está tudo certo." Disse com as bochechas vermelhas, estava muito feliz de ter tido aquela conquista no meio de todo o caos que estava a sua cabeça nos últimos meses.
"Isso é incrível, de verdade, estamos orgulhosos de você Amy." Disse Sam piscando um olho.
James riu do constrangimento da mais nova colocando a sua mão em sua perna para confortá-la, era engraçado pensar no quanto a garota tinha evoluído no pouco tempo, talvez nem todas as mudanças radicais na sua vida tenham sido ruins, afinal.
{...}
James e Amélia se encontravam sozinhos na cozinha enquanto secavam e guardavam as louças, a garota ria das besteiras que o mais velho falava, não conseguia explicar o quanto aquelas poucas horas com as crianças, Sarah e Sam haviam feito bem a ela, se sentia mais leve, quase não pensava nas coisas ruins que ocupavam a sua mente há poucas horas atrás.
"Gosto de te ver assim." Comentou com aquele aquele olhar apaixonado que carregava sempre que direcionava os olhos para a garota.
"Lavando louça? Achei isso bem machista, Barnes." Brincou colocando os braços em volta do pescoço do mesmo que soltou uma risada.
"Gosto de te ver assim, feliz e rindo." Sussurrou, já que estavam próximos o suficiente. "tenho medo de não ser o suficient-" Foi interrompido pela garota, ela já sabia onde aquilo iria parar.
"Para com isso James, você sabe que não é sua culpa tudo que está acontecendo, é só a minha cabeça que está uma bagunça, é só... eu." Sussurrou com os olhos já marejados. "O único momento que eu não fui feliz com você, foi quando eu não te tinha mais, não é sua culpa, eu estava perdida antes de você chegar, e você só tem me ajudado a me encontrar, não teria coragem de fazer nada disso sem você do meu lado." Completou e foi puxada imediatamente contra o corpo do outro em um abraço apertado, tão forte que quase tirou todo o seu ar, mas não reclamou.
