CAPITULO 4

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Maju

Acordo cedo, hoje eu iria até a boca pedir ao "Lucifer", dono do morro, que prorrogasse por mais tempo essa 1 semana que ele deu pra pagar a dívida do meu pai.

Eu recebo menos que um salário mínimo, e nunca que em uma semana iria conseguir pagar esse valor. A não ser que eu fechasse com um agiota, ai sim eu iria conseguir, aproveitaria e pediria que ele desse uma surra no meu pai pra ver se ele vira gente.

Termino de me arrumar e desço as escadas, mamãe havia saído mais cedo então a casa está vazia. Como uma maça e tomo um iogurte, única coisa que no momento da pra comprar porque é barato.

Saio de casa me sentindo nervosa, meu estômago está revirando e sinto que vai acontecer alguma coisa. Eu normalmente tenho essas sensações, mas nunca comento nada com ninguém. É um agulho sinistro, me da um nervoso, começo a soar frio.

Chego na entrada da boca e fico parada a uns 3 minutos tentando tomar coragem pra entrar. Respiro fundo e quando vou dar um passo bato de frente com o mesmo carinha que foi atrás de mim me dar a notícia da dívida.

Xxx: Qualé morena, o que tu quer aqui? -Diz ajeitando sua pistola na cintura.

Maju: Hmm.. eu.. Vim falar com seu chefe sobre a dívida do meu pai. -Digo gaguejando e desviando o olhar.

Ele fica me encarando uns 5 minutos com cara de desconfiança e finalmente me leva pra dentro daquele lugar. Eu nunca tinha entrado aqui, pra ser sincera nunca nem passei perto da entrada aqui.

Aqui dentro tem um cheiro forte de maconha, misericórdia. Fique doida só por tabela.

Bato na porta e escuto um "Entra".

Adentrei a salinha a minha frente e a mesma também tinha um cheiro enorme de maconha, tudo desorganizado, papel pra todo lado, chão sujo, uma nojeira só.

Percebo que Lucifer está me observando de cima abaixo com cara de interrogação, e como fosse me comer com os olhos.

Meço ele também, e poxa vida, um gatinho que da pro gasto, pena que é envolvido e deve ser o maior galinha.

Lúcifer: Fala tu mina, quer o que aqui?

Desvio dos meus pensamentos com ele falando comigo.

Maju: Oi, boa tarde. - Digo irônica, cara sem educação.

O mesmo arqueia a sobrancelha e coloca a mão na arma, me encolho na hora. Já não basta apanhar em casa imagina apanhar aqui, e pelos boatos que correm por esses becos e vielas ele não é parcial, mata sem dó ou piedade mesmo.

Maju: Bom.. Eu gostaria de pedir para prorrogar o prazo da dívida do meu pai. Não temos todo esse dinheiro, mas eu estou trabalhando e vou juntar pra te pagar tudo, se você poder parcelar também..

Lúcifer: Tá me achando com cara de banco fia? Aqui não funciona assim não, se teu pai não pagar no prazo que EU dei, ele vai pra vala. E tu não deveria se meter nesse assunto, você tem nada haver.

Maju: Mas ele é meu pai.. preciso ajudar.

Lúcifer: Pai? Tamo falando do mesmo velho? O que te bate? O drogado que não pensa duas vezes antes de pegar o dinheiro que tu e tua coroa ganha e vai gastar com droga?

Maju: Isso não é da sua conta. -Digo com lágrimas nos olhos e respirando fundo pra não chorar.

Lúcifer: O prazo tá dado, e teu pai tá avisado. Não faço acordos.

Saio de lá batendo a porta e xingando até a próxima geração desse idiota. Tomara que seja preso em um desses assaltos que ele vive fazendo por ai.

Chego em casa e vou logo tomar um banho frio pra me acalmar. Vou pra cozinha e vejo que minha mãe fez almoço, como, lavo o que eu sujei e subo direto pro meu quarto.

Acabo passado o resto do dia estudando e vendo as redes sociais.

Minha mãe chegou, fiquei conversando com ela e fomos dormir. Graças a Deus pelo o que tudo indica, o meu pai não vem pra casa hoje, ou seja: paz.

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⏰ Última atualização: May 17, 2022 ⏰

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