Pov: Hazel, nos metemos em uma enrrascada (parte 1)

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24 horas antes do capítulo anterior...

Frank e eu estávamos treinando alguns campistas novos num sábado de manhã. Foi um dia bem tranquilo. Na verdade, todos os dias têm sido assim. Fizemos uma mini faxina em todo Acampamento Júpiter e depois pensamos em descansar. Ressalto o "pensamos em" porque, na verdade, nem pudemos fazer isso.

Depois de um dia maravilhoso, reparamos que, no final da tarde, a maioria dos campistas desapareceu do nada. Em um instante eles estavam treinando com suas espadas e todos juntos, no outro eles não estavam mais onde deveriam. Frank e eu achamos que eles foram descansar. Passaram o dia dr sábado inteiro treinando. Esperamos um tempo e aproveitamos para beber bastante água (sim, até para semideuses é importante beber água).
O dia passou a escurecer. Não era mais dia. Estávamos entrando na noite. Frank e eu ficamos realmente preocupados e fomos procurar nossos campistas. Olhamos em todas as coortes e não achamos um sequer. A situação começou a ficar realmente séria. Saímos do Acampamento e demos um volta por Nova Roma. Talvez eles tenha saído para passear, não é mesmo?

Fomos na Universidade de Nova Roma. Imaginei que encontraria meu amigo Percy Jackson e Annabeth Chase, a namorada dele. Mas eles não estavam lá. Acho que porque é final de semana. Também não encontramos os campistas.
Voltamos ao Acampamento, eu estava desesperada.
  - Frank, e agora? O que vamos fazer? É a nossa responsabilidade manter os campistas seguros e dentro do Acampamento, claro.
  - Não sei o que podemos fazer, Hazel - diz ele com uma pequena pausa. Sabia que ele continuaria a falar.
  - Sabe... - começa ele - acho que deveríamos mandar uma mensagem de Íris para os deuses. Sei que você vai achar isso uma má ideia, mas é o que podemos fazer agora.
Ponderei sobre a proposta dele. Frank tinha razão. Falar com os deuses poderia ajudar. Já sabemos que não foi algo aleatório o que aconteceu aqui. Muito provavelmente foi alguma coisa muito séria.
  - Tá, por incrível que pareça, preciso concordar com você dessa vez, Frank. A melhor opção é falar com os deuses.
  - Que bom que concorda, Hazel. Para quem você quer mandar mensagem? Quer mandar para Plutão, seu pai?
Não. Definitivamente não posso aceitar essa sugestão do Frank. Meu pai não liga para nada que acontece com os semideuses. Certeza que falar com ele é a mesma coisa de não falar. Teria que ser alguém mais presente.
  - Frank, não acho uma boa ideia contactarmos com Plutão - falo, sutilmente - ele quase nunca se importa com o que acontece com os campistas. Além disso ele deve ter muito trabalho e essas coisas que o impedem de me visitar.
Certamente, ele não me visita porque não quer. Mas ainda estou muito confusa quanto a isso.
  - Hum, beleza. Vamos chamar Júpiter? - sugere Frank.
  - Gostei da ideia. Não é a melhor pessoa do mundo (na verdade, está bem longe disso), mas é o melhor que podemos fazer.
Fomos à quinta coorte. Nossa tão amada (e muitas vezes subestimada coorte. Mandamos a mensagem de Íris para Júpiter. Isso me fez ficar saudosa. Lembro do meu antigo colega, Jason Grace. Ele... bem, ele se foi. Morreu com um verdadeiro guerreiro. Meu irmão, Nico, ficou tão abalado com a morte do Jason. Acho que eles eram melhores amigos. Jason foi a primeira pessoa que Nico confiava de verdade. Uma vez, em um episódio com o Cupido (inclusive, quero ressaltar meu ódio com esse deus), Nico deve que admitir seu crush no Percy. Ele escondeu isso por tantos anos, mas teve que contar para cumprir a missão que tínhamos na época. E Jason foi seu primeiro grande amigo desde então. Ele sentiu muito quando Grace se foi.

Assim que terminamos de mandar a mensagem. Vimos algo diferente. De repente todos os campistas voltaram e ficaram onde estavam. Alguma coisa estava muito errada. Eles não estavam agindo estranho. Corremos e fomos até um deles.
  - Ei, como você está? O que houve aqui? - perguntei preocupada.
  - Saudações, Hazel Levesque - "saudações"? Qual campista de 12/13 anos usa esse vocabulário?
  - Não me reconhece, querida? - insiste o campista.
  - Claro que conheço! Você é Jack, meu campista mais novo - falei com clareza.
  - Errado, tente de novo.
Olhei para Frank a espera de uma resposta. Nada. Algo estava muito errado. Pensamos em liberar os campistas mais cedo. Talvez, eles tenham ficado cansados e bastante exaustos, o que deve ter afetado mentalmente. É uma possibilidade pequena, mas não queríamos pensar que tivesse sido outra coisa pior.
  - Atenção, campistas! Como passamos muito tempo treinando hoje, vamos liberá-los mais cedo.
  - Tem certeza que você não me conhece, Hazel Levesque? - fala aquele mesmo campista, gritando muito alto dessa vez.
Ignorei a pergunta. Muito provavelmente é só um delírio depois de um dia de sol.
Todos fomos para nossas coortes.

Durante a noite, Jack, o campista mais estranho hoje, saiu da primeira coorte e iniciou guerras de espadas com todos os campistas. Frank e eu estávamos dormindo (separadamente, óbvio) e fomos avisados do que aconteceu. Quando chegamos ao centro da confusão, fomos atacados de supresa e só acordamos de manhã.
Quando acordei, para minha surpresa, Percy Jackson estava na minha frente.

What If... Percy JacksonOnde histórias criam vida. Descubra agora