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"Eu te disse para nunca usar alquimia sem minha permissão! Como você ousa ignorar minha ordem? Sua habilidade, as roupas que veste, a comida que come, até mesmo seu corpo, tudo pertence a mim. "

'Então por essa lógica seu corpo pertence ao Conde anterior?'

Valletta ergueu os olhos para Conde Delight, tentando engolir as palavras que estavam presas em sua garganta.

"Eu sinto muito. Mas tive a sensação de que o escravo ia morrer ontem, então usei minha alquimia nele. Ele foi um presente de aniversário que o pai me deu, eu não poderia deixá-lo morrer. "

"..."

Valletta escolheu deliberadamente palavras que fariam Conde Delight feliz.

Ele franziu a testa, estreitando os olhos mas por um momento ficou em silêncio, como se estivesse satisfeito com a falsa resposta de Valletta.

"Mesmo assim, é pecado usar sua habilidade sem minha permissão."

'Então todo mundo é pecaminoso.'

Enquanto grunhia interiormente, Valletta abaixou a cabeça fingindo estar arrependida.

"Sim, desculpa..."

Valletta achava que a ideia de um filho ser propriedade dos pais só porque eles tinham dado à luz a eles era abominável.

"Você está proibida de sair do quarto hoje. Não haverá refeições, use esse tempo para refletir. "

"Sim, pai."

Valletta acenou obedientemente e Conde Delight se virou, parecendo mais relaxado do que quando entrou. As cortinas foram fechadas e a porta também. O quarto ficou escuro em um piscar de olhos, com apenas o som da porta sendo trancada.

"Eu gostaria de ter um dia em paz."

Ela não podia nem usar a habilidade dela livremente. Valletta engoliu em seco. De qualquer forma, o garoto deve estar se sentindo melhor hoje. Ele tinha que tomar a poção amanhã, então ela lhe diria para fugir no dia seguinte. Se ela lhe devolvesse a joia e fizesse uma rota de fuga, ele poderia fugir.

Enquanto pensava no plano, ela se deitou na cama novamente. Não havia nada que ela pudesse fazer hoje de qualquer maneira. Mesmo no quarto onde a escuridão caiu, ela não podia abrir as cortinas sem permissão. Valletta se encolheu como um camarão e abraçou o travesseiro.


***


"Mestra, já é de manhã."

"Sim... Só mais 5 minutos..."

"Os cinco minutos da Mestra parecem durar uma hora. Não vamos esquecer como o pobre escravo se sente quando tem que ouvir mais 'cinco minutos' umas vinte vezes. "

O rosto de Valletta se contraiu ao som da voz petulante ecoando em seus ouvidos.

"Ugh."

Lentamente, Valletta abriu os olhos e descobriu que Reinhardt estava bem perto de seu rosto.

"Você está aqui novamente..."

"Fico magoado com seu tom brusco, Mestra."

Valletta empurrou Reinhardt para fora do caminho. Ele não pareceu notar que seus olhos não estavam sorrindo, embora ele tentasse soar gentil. Além disso, toda vez que ele tentava seduzi-la, ele freqüentemente se aproximava dela. Mesmo quando ele ia acordá-la, ele sempre colocava seu rosto perto do dela assim.

'Acho que ele está tentando me seduzir porque quero me livrar dele. Se você gostar dele, você morre, Valletta.'

Ela praguejou por hábito antes de se virar para encará-lo com firmeza.

Failed To Abandon The Villain PT-BROnde histórias criam vida. Descubra agora