Josh e Any namoravam desde os catorze anos. Quando Josh recebe uma proposta de estudar na Escola de Direito da Harvard, ele tem que se mudar para Cambridge, Massachusetts. A cidade fica a 41 horas de distância de sua casa, em Edmonton, Canadá. Ao ac...
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Any estava sentada na cadeira de couro branco de sua sala enquanto esperava a próxima pessoa entrar para fazer uma consulta. A garota agora tinha 28 anos, e estava bem de vida. Formada em medicina geral e especializada em Ginecologia e Obstetrícia.
O que ela mais ama é ver seus pacientes saindo da sala com uma boa notícia e o que mais odeia é ver seus pacientes saindo com uma aparência abatida por ter dado más notícias, porém, é parte do trabalho, e ela tem que lidar com isso.
A porta da sala se abre e o Senhor Wang entra na sala. Um senhor de setenta e dois anos, pai de um homem de 31 anos. Toda sua família nasceu na China, incluindo seu filho, que nasceu na China mais foi criado em solo americano. Apesar da idade, e do fato de ter que andar com uma bengala, -pois havia sofrido um acidente a alguns anos e o nervo nunca se curou, trazendo problemas de locomoção- ele é um senhor que está sempre com um sorriso no rosto, e mesmo nos piores dias, não se deixa abalar, ou sequer reclamar de dor. Após a morte dos pais de Any, o Senhor Wang a acolheu como uma filha, mesmo eles tendo se visto apenas uma vez antes da situação, o Senhor Wang confiava na garota, e a tornou parte da família.
Any- Senhor Wang! Bem-vindo, como tem passado? -diz ao se levantar para ajudar o senhor a se sentar-
Sr. Wang- Estou bem minha filha, como você tem passado? E eu já me disse para chamar de Nanjun. Somos família
Any- Claro, é apenas costume de manter o profissionalismo -ela dá um sorriso aberto pra ele- Como passou a última semana?
Nanjun- Passei bem, apenas algumas náuseas e tonturas
Any- Ainda está vomitando sangue?
Nanjun- Você sabe com vem e volta isso. Mas de resto, está tudo bem. Acho que consegui até ganhar uns quilos -brinca e solta uma risada seca, seguida de uma tosse-
A morena se levanta e com o estetoscópio vermelho, ela escuta a respiração do mais velho e respira fundo antes de se sentar novamente
Any- O senhor está piorando. Eu preciso de alguns exames, mas eu tenho uma suspeita que na última semana o senhor desenvolveu sopro. Eu preciso do exame para ver, então não vou te confirmar nem negar nada. -diz e pega um pequeno papel de requerimento de exames- O Krys veio com você?
Nanjun- Já viu aquele garoto me deixar vir sozinho? É impossível
Any- E ele está certo! Imagine se acontece algo na rua, quem vai te socorrer? -diz se levantando até a porta da sala e a abrindo chamando por Krys- Oi Krys -deixa um beijo na bochecha dele-
Krys- Boa tarde Any -retribui o beijo- Como meu pai está?
Any- Sente-se -o mesmo o faz- Eu vou preparar vocês -ela cruza as mãos sobre a mesa- Eu escutei a respiração do seu pai, e suspeito que ele esteja com sopro
Krys- O que é isso?
Any- É um ruído cardíaco que pode ser escutado durante os exames clínicos, que é produzido pela passagem do fluxo de sangue pelas estruturas do coração. O sopro no coração acontece quando o sangue precisa passar por um orifício que está menor do que deveria, como se enfrentasse maior dificuldade para fazer a travessia, a passagem do sangue acaba por emitir o som. Há dois tipos de sopro: o funcional ou fisiológico, que é chamado também de sopro inocente, e o sopro patológico, que pode ser resultado de problemas no coração, como alterações nas valvas cardíacas
