Começou como um murmúrio. Muitas palavras sendo repetidas, várias e várias vezes. Edward estava em seu quarto quando ouviu os primeiros decantos daquela voz. Eram pensamentos.
Tarde. Estava polindo o último disco de Berlioz, a essa altura da noite. O temporal avisava que iria chover, soprava o vento de um lado para o outro e o vampiro só pensava em uma coisa: Ver Isabella Swan dormindo ao grande pico da madrugada. Daqui á algumas horas.
Mas foi interrompido, seus planos ganharam uma nova retomada, quando aquela sinistra voz adentrou sua mente. Ele ignorou os pensamentos dos presentes na casa e tentou entender, mas não absorvia nada, ele não compreendia como.
Era como uma língua morta, muito bela de se ouvir, mas incompreensível. Edward se sentiu como uma cão farejador ao tentar descobrir a origem daquele pensamento tão confuso.
Um confuso, doce e baixo som, que ele poderia jurar que o estava enlouquecendo. Prendendo sua atenção tão fixadamente, hipnótica.
Como uma droga. O burburinho poderia facilmente o deixar tonto, com vontade de querer buscá-lo. Como o sangue de Bela. Que o deixava excitado a bebê-lo até sua última gota.
Edward imaginou Bela sobre meus braços e sua boca pendida no pescoço da menina pálida, de lábios roxos, sua presas conectadas com suas glândulas, sugando toda sua força vital.
O vampirou balançou a cabeça alarmado.
Mas o que é isso afinal? Isso nunca aconteceu com ele antes. Parecia que tornou-se humano novamente e estava sob efeitos das ervas muito antigas e poderosas, remetidas aquelas que os outros garotos usávam durante sua adolescência.
O murmúrio se intensificou cada vez mais. A cada passo que seus pés davam, ele sentiam aumentar.
Era como se aquele murmurar hipnótico deixasse livre seu pior desejo, seu monstro que anseia por fazer o que sua moral impede.
O vampiro caminhou pela casa, calmo, aparentemente, embora suas emoções estivessem em altos e baixos picos. Assimilando o murmúrio, tentando resolver de onde vinha. Distante ele ouviu o sons dos passos de Rosalie, com seu salto fino, caro e escarlate, baterem no chão liso e frio da sala.
Ele ouviu seus pensamentos, aleatoriamente, sem compreender, afinal algo o chamava mais atenção.
Malditas chaves, onde coloquei. Emmet deve ter... O que agora, Edward está fazendo?
– Edward. - Ela o chamou. Ele a ignorou facilmente.
Tentativo, ele caminhou preciso pelo chão da sala, como se tivesse uma presa, bem ali, atrás da porta.
As vozes começaram a se alinhar, lentamente, de acordo com a proximidade que Edward ganhava com a porta.
aselr e tondosi lr deenau rkpare.
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O moreno inclinou sua cabeça assim que chegou a enorme porta marrom, com o instinto o comandando.
Similar a luz do dia nos primeiros raios da manhã. Passou por sua mente, ocorrendo-lhe, que talvez tivesse entendido o que lhe era de má compreensão e o deixava tonto de curiosidade.
Inseguro do que ouviu. O vampiro abriu a porta um pouco brusco. Nervoso, provavelmente ansioso demais. A ansiedade comia as borboletas mortas de seu estômago com azeite.
Seus olhos bateram de imediato no loiro muito claro reunido em um coque, iluminadissimo para quem se estava apenas pela luz do luar. e depois na mala marrom velha no chão.
A menina se virou lentamente com um sorriso perigoso nos lábios e os olhos escuros de borrados de maquiagem preta. Olhos vermelhos. Presas. Olhar diabólico.
– Bella? - Uma expressão de descrença bordava o rosto de Edward.
A menina sorriu.
Ela deu passo até estar próxima o suficiente para se cumprimentarem e estendeu a pálida mão, sorrindo.
– Não, querido. Eu sou Lauren Parker.
Um trovão estourou no céu atrás de si, na imensidão escura que jasia em cima da floresta verde e molhada de Forks. Uma grossa e irritada camada de chuva os presenteou de surpresa. A previsão seria de uma noite com chuva leve.
Para o espanto de Edward, de perto a loira parecia muito mais com Bella. Ele piscou, era inacreditável.
– Irmão? O que foi? - Rosalie se postou atrás de Edward e não soube esconder sua expressão de espanto com a visita inusitada. Assim que bateu seu olhar na loira, estremeceu.
Lauren demorou seus olhos de Edward para Rose, que estava a essa altura com a boca entreaberta. Se fosse viva teria desmaiado naquele mesmo lugar.
Rosalie se virou sem rodeios e saiu batendo os saltos finos no chão com presa.
– Carlisle! - Ela gritou do fim da escada. Apertou o suporte com tanta pressão que o vidro se estourou por todo lado.
– Rose? O que houve? - Emmett desceu com Esme, ambos confusos.
– Onde está o Carlisle?
– No plantão. O que está acontecendo? Edward? - Esme olhou para o filho mais velho que ainda estava estático na porta.
– E Alice? - Rose indagou sem piscar, atordoada.
– Com Jasper, caçando no sul. – Disse Emmett.
– Não! Estamos aqui! - Alice entrou pela porta da cozinha completamente molhada, Jasper enxarcado ao seu lado. Ambos com expressões de preocupação.
– Bem, então o que houve? - Perguntou Esme começando a querer rir da situação. Um riso de ansiedade e desespero, apesar disso cruzou seus braços e enrugou a testa.
– Acontece que temos mais uma nova visitante, mamãe. - Disse Rose sarcástica.
– E quem é?
– Lauren Parker. - Disse Alice.
A versão loira de Bella Swan adentrou a casa de vidro com um sorriso morto nos lábios.
– É um prazer conhecê-los pessoalmente. - Ela disse com a simpatia que beirava o amargor.
– Ó meu Deus. - Esme murmurou.
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Waning Moon. - Crepúsculo.
FanfictionRecém chegada na cidade. Lauren Parker é indentica a Bella Swan. Ela é uma versão mais ousada e rebelde de Bella, que chega abalando o coração de Edward Cullen e todos que entram em seu caminho. Edward quer entender como é possível existir uma versã...