Papel branco imaculado se deita
e se entrega inteiro
sem conhecer os deslizes
que marcham sobre si
A tinta preta
Inclemente
Aperta, machuca com seus "is" decididos
e sinais, às vezes, desorientados
Quem é o perverso
que atormenta
o papel e a tinta?
Que mescla preto no branco
a sua alma aos prantos?
Prefiro sua calma
quando me acalma
Desenhando os encantos
serenos e gratos da alma.
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Parto Poético
PoetryColetânea de poesias da autora Helena Neves. A autora retrata toda sua vida por meio de poesias, desde sua infância, adolescência e vida adulta. Como em sua poesia Sertão Vivo, a qual passou em Canudos, na Bahia em meados dos anos 80. As poesias a...