Capítulo 24

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Sarah Pov's

Entrei no carro de Mari, eu realmente precisava conversar com ela, ainda não tinha aceitado o fato dela estar com Victoria.

— Que é Sarah? Para de me encarar tô ficando nervosa. – Ela falou sem desviar o olhar do trânsito.

— Ainda não aceitei você e Victoria.

— Se você não tivesse tão boiola pela Freire iria achar que estava com ciúmes.

— Não estou boiola pela Freire. – Falei e Mari enfim desviou a atenção do trânsito para mim, ela me jogou um olhar de diversão e focou a visão no trânsito novamente.

— Nem você acredita nisso Sarah. Mas se quer tanto saber, me interessei pela Victoria, ela é magnífica.

— Se você machucar ela, vai se ver comigo.

— Tá, isso não me assustou, mas não se preocupe.

Passei o resto do trajeto até a garagem calada pensando um pouco em tudo, minha vida deu um salto mortal eu mexia apenas com pequenos roubos e vivia uma vida considerada normal, agora estou fodidamente apaixonada por uma maldita delegada e mexendo com gangues pesadas.

Quando chegamos a garagem, já era umas 8 horas da manhã, eu estava exausta.

— Sua namorada me estressa Sarah. – Bianca falou assim que desceu com mal humor.

— Ela não é minha namorada.

— Iihhh Mari, parece que nossa garota teve problemas no paraíso, Freire ficou pistola que tu deu uma volta no carro dela? – Bianca falou com diversão.

— Freire brava fica parecendo um pinscher, cuidado pra ela não morder sua canela Sarah. – Mari falou e começou a rir acompanhada de Bianca, não aguentei e comecei a rir também.

— Deixem ela suas filhas da puta, ela é sexy brava.

— Modéstia parte ela é sexy de qualquer forma Sarah, vale a pena dormir com o inimigo. – Bianca falou e deu duas tapinhas nas minhas costas e entrou na garagem com Mari.

Entrei também e a primeira coisa que vi foi Gil em frente a um computador como sempre, me peguei olhando melhor para ele, eu não fazia ideia de como Gil foi parar na rua, quando eu conheci ele, ele já era todo trabalhado na tecnologia, tinha uns 14 anos.

— Gil qual seu sobrenome? – Falei parando atrás dele.

— Nogueira. – Ele respondeu sem dar importância.

— Não estou falando do sobrenome que você falsificou nos documentos Gil, seu sobrenome de verdade.

— Eu não sei Sarah.

— Como você foi parar na rua? O que aconteceu com seus pais?

— Não lembro bem, eu tinha apenas 4 anos, eu me perdi deles. Porque está interessada nisso agora? – Ele falou e enfim se virou para mim.

— Apenas fiquei curiosa. Você não lembra o nome deles? Ou se tinha irmã? Irmão?

— Não, não lembro, também não me importo mais com isso, e eu acredito que eles também não, já faz mais de 15 anos que isso aconteceu, talvez nem lembrem mais de mim.

— Gil porque você nunca foi em alguma delegacia? Você pode estar naquelas listas de criança desaparecidas.

— Quando eu me perdi um casal me adotou, eu era muito criança não fazia ideia de nada disso, eles me deram comida, pagaram professora particular para me dar aulas, brinquedos, e uma vida legal, além de uma família, com um tempo eu nem lembrava mais que tinha me pedido da minha família, até que o casal que me adotou morreram, a casa pegou fogo e eu consegui sair pela janela do meu quarto era primeiro andar, eu passei pela janela e fugi pelo telhado, eu não tinha nada que comprovasse que eu era filho deles, então eu fui pra rua novamente, até encontrar você.

A DELEGADA (G!P) SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora