A sentença
Sob o manto silencioso da noite, iluminados apenas pelo brilho da lua e das estrelas, dois homens se encontravam. Um deles, envolto em uma capa verde que ocultava seu corpo e parte do rosto, deixava à mostra uma tatuagem vermelha marcante. Em seus braços, repousava uma pequena criança, adormecida em sono profundo.
Ao seu lado, um senhor trajava o branco uniforme da Marinha, adornado por um sobretudo que caía sobre seus ombros. Os olhares entre os dois eram intensos, carregados de uma tensão palpável. Se olhares pudessem matar, ambos já estariam a sete palmos do chão.
— Cuide dele, Garp — disse o homem de tatuagem no rosto, depositando um beijo suave na testa do pequeno antes de entregá-lo ao outro.
O marinheiro acenou com a cabeça e, sem pronunciar uma palavra, partiu com o neto nos braços. O homem de capa verde observou, com o coração pesado, a única pessoa que lhe era importante se afastar. Embora não desejasse tal separação, compreendia que sacrifícios eram necessários.
Esperava, do fundo da alma, que um dia o pequeno pudesse perdoá-lo. A vida de um Monkey não era fácil; perseguidos por lutarem pela liberdade, carregavam o "D" da determinação. Mas antes de alcançarem seus objetivos, seus caminhos eram manchados por destruição e perdas.
— Adeus, meu pequeno filho. Surpreenda o mundo à sua maneira — murmurou, desaparecendo na escuridão.
Desde aquele dia, o homem temido e conhecido como Monkey D. Dragon nunca mais foi visto. Era como se tivesse se tornado um fantasma, uma lenda sussurrada entre os ventos.
Cinco anos depois
Monkey vivia em um pequeno chalé, onde adorava brincar, correr, caçar e interagir com os animais. O menino acabara de completar cinco anos de idade.
Estava brincando com seu cachorro chamado Merry, quando seu avô chegou fardado, com o rosto sério. Olhou para o menor e disse:
— A partir de hoje, você não terá mais essa vida. As coisas mudaram. Lembra quando falei que um dia você se tornaria um soldado?
O menor acenou. Os três — Garp, Luffy e Merry — entraram no carro e partiram.
Luffy olhava em direção ao chalé que se distanciava a cada segundo que o carro se movia. Aquela seria a última vez que veria o local onde passou seus cinco anos.
— Pra onde vamos?
— Lutar pelo país, Luffy.
Foram seis horas de viagem, o caminho todo em silêncio. Ao chegarem ao local, viram uma base grande, com homens armados até os dentes e rostos cobertos.
Entraram em um corredor grande e
branco, com diversas fotos de capitães e almirantes da Marinha. Aquele lugar passava uma aura estranha e assustadora, que dava medo no menor. Porém, ele não demonstrou; resolveu apenas ignorar e seguir em frente junto de Garp.
Ao entrarem em uma sala, depararam-se com dois homens grandes, que arrepiavam até os cabelos de áreas restritas. Olhavam para o garotinho como se fosse um pedaço de lixo prestes a ser esmagado.
Garp e Luffy sentaram-se em um sofá em frente a um homem grande. O homem à sua frente era feio que doía, pensava Luffy.
— Então você trouxe a encomenda, Garp — disse, levantando-se e indo para frente do menor, que o olhou de cima a baixo, imitando-o da mesma forma.
— Ele não se parece com o pai nem um pouco, mas tem o sangue podre — disse um homem bizarro, que falava como um tiozão.
— Do que vocês estão falando? — perguntou o garotinho, confuso, pois falavam dele como se não estivesse ali.

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Redenção
Fanfic- O mantenha seguro Garp - diz o homem que tinha uma tatuagem e seu rosto, dá um beijo no pequeno que estava em seus braços e em seguida entrega o bebê ao homem a sua frente.