A Biblioteca da esquina

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Já li todos os livros que tinha em minhas prateleiras, tantos os que ganhei de presente quantos os que comprei em minhas idas e vindas nas livrarias e sebos da região

Apesar do meu tédio tenho que ir trabalhar

Meu dia se passa em um piscar de olhos, minhas costas doem e não sei se aguento mais uma palavra de alguém, saio de meu minúsculo cubículo com um olhar monótono

- só quero o meu lugar calmo - falo baixo como se desejasse desaparecer

O caminho para casa se torna silencioso assim que saio da rua principal, o sol se põe e logo penso em ligar a luz do meu celular para me ajudar, mas antes de desbloqueado um poste solitário acende a minha frente e em sequencia os outros da rua acendem quase que formando um caminho pela calçada e no final algo que desperta a minha curiosidade.

Uma placa em formato de um livro aberto feito de metal que brilha levemente a luz clara da lâmpada na esquina daquela rua escura, mesmo não me recordando de ter visto este lugar antes me parece familiar, quase que em um estado de trance me dirijo à porta de madeira robusta, ao adentra o cheiro reconfortante de livros me alentam e me vejo em meu próprio céu, prateleiras repletas de livros, apesar de tudo ter uma camada fina de poeira, uma luz fraca que cada sombra parece que se estende por todas as rachaduras e estantes da biblioteca.

Adentro o lugar, meus olhos correm por todas as prateleiras.

- é errado ficar tão feliz em achar um lugar tão assustador como esse - penso em voz alta como um pequeno sorriso


Uma voz atrás de mim fala de forma calma

- claro que não, não a nada de errado em achar algo que te faz feliz - diz um senhor já de idade com uma blusa de lã azul marinho com uma casaco de frio por cima preto, uma barba um pouco grande e com fios saindo levemente do formato afunilado no final e com a escuridão do ambiente faz com que ele pareça com mais uma parte das prateleiras da pequena biblioteca.

Ele está cachimbando livros e logo em seguida escrevendo em uma caneta tinteiro de cor vermelhar que com a pouca luz fica escura quase chegando à cor de um sangue seco.

- vamos pode entra e ler, nenhum deles vai te morder - ele fala me olhando com seus olhos azuis claros que chegam perto de um branco, ao olha-los me dá uma imensa tristeza e após alguns segundos me olhando como se espera-se uma reação ele levanta sua mão direita já velha com uma tonalidade pálida, dá para ver com facilidade os ossos se sobrepondo a pele fina de suas mão e fala com um tom mais serio - apenas siga as regras

Na parede ao se lado fora do meu de vista para que vê de fora encontra-se uma placa de madeira que tem em letras cursivas algumas regras que já se esperam em bibliotecas

- Respeite os outros leitores e faça silencio

- Se não for levar devolva no lugar que pegou

- Mantenha organizada a mesa

- Apague a luz da luminária assim que terminar de usar

E logo a baixo com uma letra um pouco maior com detalhes nas curvas de cada uma das letras:

PARA OS LEITORES DESAVISADOS

- 1 não pode levar qualquer livro que tenha o seu nome

- 2 não escreva nos livro, até mesmo o de cadastro

- 3 se encontrar com o bibliotecário NUNCA olhe para os livros no carrinho

olho com espanto para as ultimas 3 regras e novamente para o bibliotecário

- ele sumiu - falo com um cala frio percorrendo meu corpo ao ver a cadeira vazia e a caneta em sua posição de descanso

Apenas algo se sobre sai sobre a mesa

Um livro de capa preta o titulo é "O começo"

Minha curiosidade toma conta de mim e pego com minhas mão tremulas com anseio e ansiedade e assim que abro  ...

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